SEMANA PAUL DIANNO
KILLERS & MAIDEN JAPAN
QUANDO O HEAVY METAL ATRAVESSA FRONTEIRAS
Depois das relações criadas com os fãs, com a mídia jornalistica e o gosto popular na gravação do primeiro disco, o produtor Rod Smallwood e o baixista Steve Harris perceberam que o produto em mãos era potente o suficiente para ser distribuído pelo mundo e tornar-se para sempre o emprego deles. Os outros membros ainda estavam simplesmente seguindo em frente e para Paul era como jogar fogo no combustível ou lenha na fogueira, e aquilo tudo podia ser inflamável como o inferno, pois ele adorava estar lá. Era o palco de toda sua energia inigualável e indiscutível.
As pessoas precisam entender que não havia nada de errado com o artista que o Paul era. Doido, impulsivo, perfeito e imperfeito. O que mais marca este periodo internamente, eram as exigências que começaram a aumentar, para deixar de ser so mais uma banda de cabeludos, para ser uma trabalho sério e que necessitava uma dedicação extraordinária.
Uma dedicação que cada um daqueles jovens rapazes receberia de uma forma. Steve e Rod como "Diretor" e "Gerente Geral" da empresa que ali nascia. o resto, ainda empregados com horas pesadas de trabalho. Não era fãcil simplesmente ser um operário e moldar seu instinto por intensao à longo prazo. Era confiar no escuro, afinal outras tantas bandas também tentavam vencer os desafios. Destino? Karma? Missão? Só podemos confirmar que o álbum Killers foi a transição entre o feijão com arroz gostoso da mamãe, para um fase absolutamente determinante para tudo que o Iron Maiden seria para sempre: Um banquete Masterchef.
Com o sucesso nos PUBS da Inglaterra, o Iron Maiden começa a sonhar alto e muito mais alto do que os top of the pops. Eles todos estão jovens e disponiveis para viajar e viver este momento. Assim inicia-se a fase do Killers, um disco fabuloso com a produção do inigualável do Martin Birch. Gravado no Battery Studios, com toda essência de composição de Harris e algumas gotas da irreverencia de Paul.
Killers é altamente diversificado e uma porrada na discografia mundial de metal. Como se não bastasse a entrada de Adrian Smith, que traz à banda um diamante polido na execução instrumental, um conjunto favorável e concreto fortalece as bases do Maiden.
Paul e algum tempo depois, Clive, suportaram a vida de rock star no limiar de suas capacidades. Paul já não era capaz de aguentar a pressao de 131 apresentações pelo mundo, especialmente as fabulosas experiencias nos Estados Unidos (um dos lugares de sonho de qualquer artista) e o Japão (berço do disco Maiden Japan e uma das maiores plateias do segmento no mundo).
Pérola da história do Metal, Killers foi o primeiro album a chegar no Brasil. Também foi a primeira camisa do Maiden que vi, quando tinha 9 anos, quando meu irmão a vestia orgulhoso com o icônico Eddie com uma arma. Para mim Killers encanta pela composicao, mas as guitarras é que me deixam com a certeza que os amigos Dave e Adrian, são um dos melhores do mundo no segmento. E é por isso que juntos, construíram um legado incomparável, que assim como a música clássica atravessa seculos. O Iron Maiden também assim o será.
PERSONAS INICIO DA DECADA DE 80
- Paul - Artista espetacular e dono de uma alma naturalmente anárquica
- Steve - O visionário e estudioso. Como alguém que prepara um mestrado ou doutorado em medicina e não se importa em dedicar 100% na conclusão de um sonho. O grande cérebro e articulador.
- Dave e Adrian - Sementes de uma arvores imensa e frondosa, formou laços profundos na estrutura da banda
- Clive - O garoto no parque de diversões, mas não se engane, ele sabia muito bem o que estava fazendo.
- Rod - Todo produto precisa ser vendido. Todo serviço tem que ser usado. Alguém precisa estar nos bastidores cuidando do dinheiro enquanto eles limpam o suor.
- Martin Birtch - O mago. Com as canções de Harris, Birtch tinha a genialidade para lapidar pedras brutas e torná-las joias no mundo da musica.
Parabéns pelo excelente trabalho, Verônica Mourão
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