Todos os fãs do Iron Maiden que
eu conheço têm uma coisa em comum: A paixão. Por algum motivo que ainda não
sei, as músicas desta banda tocam tão fundo, que são capazes tornar as pessoas
corajosas, guerreiras ou se sentirem livres.
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O Iron Maiden foi criado a partir
da jovem cabeça setentista do baixista Steve Harris, depois de um momento em
que sua cabeça vivia o sonho de ser jogador do West Ham ao mesmo tempo que ele
era incentivado ao amor à música, pelas suas irmãs beatlemaniacas.
Com um lar perfumado de tanto
mulher, cheio de música, alegria e uma vovó que cedia a garagem para eles
ensaiarem, o franzino Arry, tinha o solo fecundo para fazer de um sonho, um
tremendo golpe de sorte que iria trazer um novo estilo de música, conhecido
como “New Wave of The British Heavy Metal”. Este estilo nascia como uma flor de
Lótus na Londres nacionalista, também berço do orgulho pela RAF, e um momento
em que os anos 70 fervilhava de uma moda peculiar e de alguma forma hippie,
tropicalista ou colorida, podemos dizer assim e no West London, os Punks e os
Hooligans enchiam as ruas com seus movimentos revolucionários, que dariam a
origem à todo movimento reformista da juventude europeia pós guerra, uma vez
que o país só se recuperou de suas consequências 10 anos depois, em 55 e os
garotos do Maiden são descendentes do renascimento de uma Londres carente de
novas idéias e projetos de cultura e arte.
Steve escolheu a data de Natal
para montar uma banda de rock, como outra qualquer mas tudo já estava sendo
arquitetado antes. Desde então personagens entraram e saíram, e hoje é considerado o lugar de
nascimento o “Cart and Horses” na região leste londrina, em Stratford.
Paul Day, Terry Rance, Dave Sullivan, Ron Matthews, Dennis Wilcock, Bob Sawyer, Terry Wapram, Barry Purkis,Tony Moore, Doug Sampson, Paul Di'Anno, Paul Cairns, Paul Todd, Tony
Parsons, Dennis Stratton, Clive Burr e Blaze Bayley são nomes de ex integrantes
famosos ou não, e são parte de tudo que formou esta banda.
Os caras lançaram em 1980, 5 anos
depois da formação oficial, o seu primeiro disco com o mesmo titulo da banda.
Nos vocais, o espetacular Paul Dianno, muito respeitado pelos caras que curtem
Iron Maiden e os que simplesmente admiram-no como artista de Heavy Metal, com
fortes influências do Punk. Paul sem dúvida nenhuma se tornou um ícone de Bad Boy, o que recheou
a atitude do Iron Maiden na transgressão suficiente para se tornar uma das
feridas culturais mais importantes do movimento juvenil de Londres.
Em seguida, 1981 já entrava um
álbum muito mais robusto e respeitado pela crítica: Killers, com uma qualidade
de gravação superior e uma proposta bem mais elaborada; no entanto ainda presa
aos conceitos setentistas com influencias diversas como em bandas progressivas
da época.
Mas foi em 1982, com a entrada
magistral do vocalista do Samson, Bruce Dickinson que as coisas tomaram uma
proporção grandiosa. O lançamento de The
Number of the Beast ia entrar como um furacão no mundo da música e na América,
sofreu até mesmo represálias religiosas, que tomaram aquele nome e capa feita
pelo incrível Derek Riggs como apologia ao demônio, e isso rende até hoje,
dúvidas em muitas pessoas. Pessoas estas que ainda não perceberam que o que
eles fazem vai muito além de provocações religiosas e comportamentais. Eles são
acima do bem e do mal, e reafirmam a potência de algo que vinga, sem bloqueios
existencialistas, perdas, ganhos, e se perpetuam como algo único e eternamente
inovador, ainda que isso seja inimaginável para muitos. Afinal, tantas bandas
perderam força, e não se adaptaram à mudança dos tempos.
Os caras saíram do anonimato definitivo, e
até hoje deleitam riqueza, poder e competência. Ainda sim, são geniais, são “simples”
e nunca buscaram os holofotes do Mass Media. Eram e ainda são contra, a
publicação ostensiva dos meios de comunicação de massa e se tornaram o que são
com a competência das suas composições e os concertos energicamente incríveis.
Nos anos seguintes foram lançados
discos de ano em ano, praticamente. Veja quais são: (não cito os EPS,
compilações, lançamentos ao vivo, coletâneas, singles, etc...)
1983- Piece of Mind
1984 - Powerslave
1986 – Somewhere in Time
1988 – Seventh son of seventh son
1990 – No prayer for dying
1992 – Fear of the Dark
Este período acima foi
considerado o ápice da história estrutural da banda, uma vez que permeou uma
fase que durou mais de uma década de extenso e exaustivo trabalho por parte de
todos os membros, com tours consecutivas e cheias de expansão, fama e uma
evangelização impressionante de fãs, seguidores e compradores de discos e
ingressos. Os Golden Years...
Após a decisão definitiva de
Bruce Dickinson em seguir sua carreira solo, já iniciada em 1990; tendo seu
último show na banda realizado no Raising Hell, um concerto promovido pela MTV
em 1993; um novo recomeço faria com que Steve (que também estava separando de
sua mulher), tomasse força suficiente para continuar. E depois de um tempo de
escolhas que até envolveu o vocalista brasileiro André Mattos, finalmente o
vocalista do Wolfsbane, Blaze Bayley de Birmingham fora escolhido.
Lançaram:
1995 – The X Factor
1998 – Virtual XI
Esta fase acima abraçou boa parte
da década de 90 e se encontrou num momento em que a MTV estava no auge, o que
direta ou indiretamente, popularizou ainda mais o Iron Maiden. Blaze Bayley teve
uma importante participação na permanência da banda, e durou tempo suficiente
para fazer o carro andar. O vocalista ainda está em plena atividade e ainda faz
uma importante carreira solo!
Como se não fosse possível, o
funil de possibilidades do Iron Maiden e de Bruce Dickinson em sua carreira
solo findaram-se no mesmo momento e lugar (Embora Bruce ainda lançaria discos).
E Bruce, foi convidado à voltar para a banda. Aquele seria uma nova fase, um
novo mundo em que definitivamente a tecnologia bridava sua introdução no mundo,
ainda que timidamente começada nos anos 90.
Os CDS começavam a decair, mas
ainda se vendia. O mundo tecnológico invadia a música, e os MP3 chegariam à
toda força para mudar a forma como o mundo iria consumir música. Um novo e
admirável mundo surgia para novas mentes e corações. O Iron Maiden agora tinha
Bruce Dickinson de volta. De cabelos curtos e mais maduro, parecia que todos
estavam preparados e seguros para o novo momento da banda. Lançaram:
2000 – Brave New World
2003 – Dance of Death
2006 – A Matter of Life and Death
2010 – The Final Frontier
2015 – The Book of Souls.
Não sabemos para onde a banda
vai, mas eles ainda fazem tantos planos! Novos discos, novas tours, lançamentos
individuais e paralelos. Uma grande faixa de seres humanos vestem as camisas de
seu ícone principal, o EDDIE que é parte de todos nós, representados de tantas
formas, de tantas fantasias que há em nossas cabeças. Civilizações, Situações
Psicológicas, Emoções, Histórias que viajam por campos que nem imaginamos.
O que podemos aprender com esse
legado é que algumas coisas realmente dão certo com persistência e sorte. E seu legado é algo como uma vida que também
deve ter seus sacrifícios e tanta experiência que faz parte de uma escolha de
vida pela música, que é uma das melhores coisas que há. O Maiden trouxe para
seus fãs, junto com outras grandes bandas de metal, a possibilidade de se
adequar às mudanças dos tempos, e hoje; ainda que haja o tempo dos Streamings e
músicas gratuitas à todo lado, permanece no mercado. E ainda assim, consegue
fazer parte de grandes coleções, fãs e adoradores. O Brasil é um desses grandes
exemplos em que ser fã é algo que vale a pena. A paixão combina conosco.
A notícias boa é que os velhos
rapazes ou jovem senhores ainda estão em plena atividade e podem estar em
atividade ainda mais anos, visto que bandas como Rolling Stones ou vocalistas
como Robert Plant ainda seguem lançando discos e participando de tournês. Desejamos
ao Maiden um Feliz Aniversário. Um Natal de possibilidades que parecem nunca
acabar. Enquanto isso, fiquem ligados no Iron Maiden Brasil (facebook e site) e
nas notícias do Iron Maiden Brasil Notícias. Para você fã, a eternidade de
ouvir várias vezes a mesma música e sempre se sentirem bem.
46 anos de Iron Maiden. Uma vida longa, uma vida extraordinária, e eles sempre nos contaram suas histórias, eles sempre nos transportaram para lá.
Uma vida longa. Não só conheceram como dominaram o mundo e trouxeram para nós as histórias dos mundos. Do mundo da fantasia, do mundo real, do mundo que existe apenas no nosso consciente, do infinito universo ao microcosmo.
O fizeram através de algo que até parece simples, mas que mexe com nossa existência. Fizeram isso através das cordas de aço, das cordas vocais, bumbos, pratos, amplificadores e a genialidade da mente.
Entre nesse carrossel de imagens e faça uma viagem no tempo. Tire essa final de semana para celebrar através de sua vitrola, celular ou aparelho de som os 46 anos da maior banda de heavy metal deste planeta.
Vida longa aos reis. Deuses existem e são seis.
Up The Irons!
Mas uma ótima matéria parabéns Verônica
ResponderExcluirSó um detalhe... Na verdade os chamados “Golden Years” se referem exclusivamente a década de 80...
ResponderExcluirE o último lançamento dessa fase foi o álbum “Seventh Son Of A Seventh Son”!
Apesar de um vocalista medíocre, os dois primeiros álbuns são excelentes.
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