Avaliar o inicio da carreira solo
de Bruce Dickinson é abrir uma mesa com jogo de búzios e ir catando um a um as “conchas”
daquele que poderia ser um grande feitio e também uma tremenda ousadia, de quem
já era bem conhecido como um dos maiores vocalista de Heavy Metal do mundo.
Mas
Bruce nunca se importou em arriscar. Mesmo que nem sempre os resultados foram os
melhores. No conjunto da obra é bom pinçar
a incrível e famosa, “Tears of dragon” que atravessou FM´s do mundo inteiro e
virou HIT insuportável de roqueiros românticos. No entanto, no auge do seu
antagonismo eu lhes pergunto: Quem suporta o álbum Skunkworks?
Não obstante, o que poderíamos melhor definir
a carreira de Bruce dentro e fora do Iron Maiden foi a sua capacidade
irrevogável de transgressão.
Qualidade que pode significar profundo declínio ou total ascensão, quando não usado
em doses de equilíbrio e parcimônia.
O fato é que nosso estimável vocalista
foi se tornando um homem empreendedor com altas doses de marketing pessoal
(numa época em que o termo nem existia), e teve consistência inovadora capaz de
se adaptar à época e à década, mas corrompendo totalmente a imagem desenhada
nos tempos de Samson e no próprio Maiden.
Ao que me parece, alguém com
tamanha pluralidade funcional, pode abranger várias coisas a ponto de criar
novos universos e Bruce sem dúvida não teve o menor pudor em percorrer caminhos
esquisitos, obscuros e até polêmicos para divulgar suas ideias malucas dentro de
sua cabeça genial...Uma espécie de “Professor Pardal” da música, capaz de fazer
experiências tão exóticas que agradou e desagradou de todas as maneiras. Mas
nada o suficiente para diminuir seu brilho e respeito. Mas aquela semente começou a ser
germinada pela rejeição.
Já é sabido que Bruce não
participou com suas composições no álbum Somewhere in Time, e sinceramente isso
o magoou. Indo agora para a ótica da banda entre 1986 e 1989, no auge do
sucesso de Somewhere in Time; Bruce sentiu o enorme vazio de não poder criar.
Para um menino inquieto, isso era praticamente impossível.
As músicas foram
essencialmente de Adrian Smith e Steve Harris, com uma ajudinha de Dave Murray
em “Dejavu”. Bruce já estava meio
cansado e não ter suas músicas nesse álbum o deixou certamente desanimado. Foi
então que as sementes que Bruce plantou para si mesmo, se germinaram em 8 de
maio de 1990, com o lançamento de “Tattoed
Millionarie” pela EMI, o primeiro disco solo de sua carreira.
Vamos analisar o ano de 1990. Bruce no auge dos seus 31 anos.
Aquela idade que você dá um passo
para fora da “gandaia”, da vida boêmia dos 20 anos, e começa a avançar para uma
idade a mais em que há sentimentos mais concisos e buscas mais sérias. Não é
atoa que na própria década de 90, vieram os filhos de Bruce, e sabemos bem o
que acontece nessa fase. A grana fica mais curta (tem que trabalhar mais), o
tempo para dedicar à família se torna primordial (tem que ajudar em casa), mas
ainda se é um bocado ingênuo, extremamente visionário e determinado; meio com
aquela certeza de estar a fazer o melhor para si. E essa foi a “desculpa” em
1993: Cuidar mais da família. Sabemos que acima disso tudo, Harris bateu de
frente com o protagonismo de Dickinson e essa história dá o que falar.
Contudo, ainda unidos...em 1 outubro
de 1990 também era o ano de lançamento do No Prayer for Dying, oitavo álbum do Maiden. O inicio dos anos 90
certamente foi uma época de grande impacto. Enquanto o Maiden retirava os
teclados e sintetizadores adquiridos em Seventh Son e Somewhere, Bruce abraçava
um novo estilo de tocar, que fugia do Metal para algo como hard rock (para
alguns com pegada de country). Ou seja, No Prayer for Dying brindava um novo
estilo e perdera Adrian Smith, enquanto Janick Gers estreiava e abraçava ambos
projetos.
Tatooed Millionarie era um estilo o tanto quanto pessoal,
particular e provou que Bruce era muito mais, que mais um membro do Iron
Maiden. Tinha vida própria e expressiva. Além de sorte e competência. Obviamente
esses primeiros passos sozinhos iam começar a mexer nas estruturas da banda, e
o big boss não ia gostar muito da dupla dedicação de Bruce, que a princípio
parecia, inofensiva.
Para sorte de Dickinson, Harris estava perto e
o grande hit do álbum No Prayer portanto fora a polêmica e expressiva Bring
your daughter to the slaughter, feita sob encomenda para um filme de
terror. Uma canção adorada por Harris, e feita por Bruce. Uma espécie de
consideração? Algum arrependimento? Não sabemos...
VOCÊ SABIA?
Vocês sabem quem é o considerado o 7 º membro da banda,
que acompanhou a banda em vários álbuns como tecladista
e ainda é o único responsável em cuidar do
BAIXO de Steve Harris?
Acertou quem disse: Michael Kenney
Materia fantastica, parabens Veronica! Quero maisss!! kkkkk
ResponderExcluirOlá Jimes Roney! Agradeço demais seu carinho e consideração. Fique ligado na página! um abração
ResponderExcluirParabéns! Ficou demais.
ResponderExcluirMuito obrigada Michel Santos! Abração
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