Iron Maiden passa mensagem desafiadora de solidariedade e "válvula de escape" (resenha)
Tradução: Verônica Mourão
Após o ataque terrorista da última segunda-feira em Manchester, a
segurança no O2 Arena foi compreensivelmente intensificada para o penúltimo
show da turnê do Iron Maiden no Reino Unido. Os fãs entraram através de detectores
de metal , estilo aeroporto ; enquanto a polícia armada patrulhava em
abundância.
O estilo de heavy metal britânico
de Iron Maiden (distribuído em 16 álbuns
de estúdio desde 1980) pode estar distante do pop adolescente de Ariana Grande.
Mas, tanto no desempenho como na
atmosfera, este show foi um grito de solidariedade.
Quando o cantor Bruce Dickinson agradeceu 20.000 pessoas por vir e
"mostrando um rosto ousado para aqueles que nos destruíram", o
concerto se tornou uma exibição de firme unidade após uma das semanas mais
escuras para a música ao vivo.
Solidariedade, sim. Mas também uma “válvula de escape”. Encenado em um
templo Maia destruído pela selva, o show era tanto teatro quanto rock.
Tivemos um borbulhante caldeirão e pirotecnia. Tivemos um Eddie totalmente
Zumbi de quase 5 metros (mascote da
banda) , correndo pelo templo; pintado para a guerra. E tínhamos seis homens -
cinco dos quais estavam na casa dos sessenta - tocando de doer os ouvidos,
galopando metal pesado para uma arena de fãs. Tal é a longevidade de Maiden que nada disso
pareceu ridículo. É apenas Maiden. É o que eles fazem. E foi brilhante.
Os shows do Iron Maiden têm seus momentos de marca registrada.
O baixista Steve Harris esteve presente com as munhequeiras do West Ham,
agachado sobre seu amplificador e metralhando na platéia com seu Baixo? Confere.
O guitarrista Janick Gers foi flagrado como um arlequim demoníaco? Confere. O Baterista
Nicko McBrain, bem, esteve totalmente invisível atrás de um set de bateria
enorme, com uma única indicação de sua presença, tocando rapidamente o caracteriza
a maioria das canções? Absolutamente.
Seis das 15 faixas do set foram do álbum recente The Book of Souls, o
que significa que clássicos como Aces High estão desaparecidos. Mas tal era a
convicção vocal e a energia de Dickinson - sua exagerada mímica que consegue
ser sério e ao mesmo tempo brincalhão, de forma que as novas faixas não aborrecem.
Para a The Trooper de 1983, ele vestiu
sua roupa tradicional da Guerra da Criméia e acenou a bandeira destruída ,do
Reino Unido
Após a nova faixa The Great Unknown, Dickinson falou sobre Manchester.
"É fantástico por diversas razões,
ver tantas pessoas aqui hoje à noite.
Nós todos sabemos a coisa
terrível que aconteceu noutro dia!
Ele parou e contou a disposição das bandeiras na audiência.
"Eu só gostaria de ressaltar
que esta noite nós temos pessoas de 20 países aqui, até onde eu posso ver.
Quando estamos todos juntos assim, enviamos uma mensagem de amor, de paz, de
alegria. Nós não importamos de que cor você é, de que religião você é, que
raça, que sexo. Nós não tamos nem aí. "
E então um gigante Eddie entrou no palco e teve uma interação com a
banda.
Dickinson através da mímica, arrancou o coração dele e jogou na
platéia.
Eles terminaram com o refresco favorito : Wasted Years.
À medida que
a multidão se saía, tocava a música Always Look On The Bright Side Of Life do Monty Python,
como sempre se faz no final de cada show do Maiden .
Centenas de
fãs - que segundos antes estavam dando socos no ar para acompanhar os solos de
guitarra formaram um círculo, abraçaram-se e cantaram junto, como costumam
fazer.
À luz dos
acontecimentos recentes, o ritual pós-concerto tornou-se outra coisa intermitente:
um manifesto de sutil provocação.
Fonte: http://www.telegraph.co.uk/music/concerts/iron-maiden-deliver-defiant-message-solidarity-escapism-review/
Somos ou não somos privilegiados em viver na mesma geração que esses MITOS da música pesada ?
ResponderExcluirCom certeza Norberto! A gente tem perpetuado algo que nasceu nos anos 80 mesmo diante de tanta contrariedade artistica no mundo! abs
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