A edição desse mês da revista Rockaxis trás uma entrevista
com guitarrista Adrian Smith.
“The Book Of Souls”
foi recebido pela imprensa e pelos fãs como um dos melhores discos da Donzela
de Ferro em sua historia. Não é pra menos: A energia ganhada em seus shows ao
vivo, de enormes convocatórias ao redor
do mundo, foi estampada ao longo destas musicas que resumem o virtuosismo da
banda, mantendo os atributos que os caracterizaram : Poder e musicas épicas, no
álbum mais extenso e ambicioso dos britânicos em sua carreira.
Quando anunciou a saída de “The Book Of Souls” por volta do
mês de Julho, supôs que este trabalho seria uma espécie de carta de despedida
ao câncer que Bruce Dickinson havia experimentado e que hoje, pode dizer que
deixou para trás. O decimo sexto trabalho na carreira dos britânicos, embora fosse
gravado apenas o conjunto depois do fim da turnê, nos meados de 2014,
aproveitando a influencia e a inspiração de seus shows. Tudo foi feito em
segredo, enquanto o cartão de natal que o Iron Maiden enviou aos seus fãs no
fim do ano passado e mostravam um sinal: Eddie saindo do estúdio e um letreiro
que dizia: “RUOTNO 15”(On Tour 15) que apontava a uma suposta turnê durante
este ano.
Ninguém esperava que “The Books Of Souls” continuaria ampliando os
limites do Iron Maiden: Por uma parte, esse é primeiro disco duplo da banda,
também contem o tema mais extenso que já compuseram, ‘Empire Of Clouds’, que levante-se
nos 18 minutos, e, assim mesmo soma as primeiras composições do vocalista desde
o álbum “No Prayer For The Dying” de 1990,o mencionado ‘Empire Of The Clouds’ e
a musica de abertura, ‘If Eternity Should Fail’, somando a primeira colaboração compositiva entre
Adrian Smith e a voz da donzela desde “Brave New World”(1999), em ‘Speed Of
Light’ e ‘Death Or Glory’.
O plano da turnê foi adiado para 2016- começando em
fevereiro nos Estados Unidos, passando pela América Central e chegando a América
do Sul em Março, a bordo do Ed Force One para que Bruce Dickinson tenha tempo
necessário para sua recuperação total do
câncer de língua que foi detectado no fim de 2014. Mas nada em “The Book Of
Souls” nota-se um momento de fraqueza.
Nem os fãs puderam acreditar: Iron
Maiden segue sendo mais épico e mais poderoso. De tudo isso conversamos com
Adrian Smith.
Antes de qualquer
coisa nos conte primeiro qual a sensação que tem sobre “The Book Of Soul”
olhando um pouco para trás.
Voltamos ao mesmo estúdio onde gravamos “Brave New World”
[Guillaume Tell Studios, en París], e
atmosfera foi muito criativa. Não chegamos lá com musicas prontas, estávamos
gravando a medida que íamos compondo e isso foi muito estimulante para dizer a
verdade. Assim a forma que trabalhamos
foi muito refrescante, muito espontâneo. Não ensaiamos nada antes, é a primeira
vez que fizemos isso.
Como foi trabalhar
sob pressão?
Sim, teve muita, mas foi
boa, porque te obriga a atuar. Antes de entrar ao estúdio como um mês
antes, eu gosto de ir ao meu estúdio e trabalhar em demos e ideias. Mas esta
forma de trabalhar foi boa. Te motiva. Eu gostei muito.
Por que escolheram
‘Speed Of Light’ como single?
É uma das musicas mais curta do disco... como é um álbum
duplo, existem temas bem mais extensos...mas ‘Speed Of Light’ é muito direto,
igual como ‘Death Or Glory’. Também estão os temas épicos, como ‘Empire Of
Clouds’, acredito que tenha para todos os gostos neste disco.
Sua guitarra tem
grande presença em ‘Speed Of Ligth’.
Sim, estive um tempo escutando muitos guitarristas, como
Eric Johnson e pessoas assim. Prestando atenção na escala. Faz-se muito bem,
notas que soam muito bem e ao ponto. Estive praticando um pouco com essa ideia,
tirei uma variação e um riff a partir dessa escala.
Ao escutar o álbum,
da à ideia de que vocês passaram muito bem gravando e trabalhando nessas
musicas. Foi muito assim?
Sim, porque terminamos a turnê e fomos de imediato ao
estúdio. Acredito que a energia dos fãs e dos shows marcou sua presença nas
musicas do disco, mas acredito que o que mais gosto é que segue sendo Iron
Maiden, com um bom som. Adoro como soa o disco. É muito poderoso.
Grande parte das
musicas foram escritas por você e Steve, mas desta vez mantendo essa energia ao
vivo, como mencionou, vindo diretamente da turnê. Por que se inclinaram por
esse enfoque na composição?
Sempre tratamos de fazer algo diferente, ou seja, Bruce e eu
ou só Bruce não havíamos escrito musicas faz muito tempo. Pegamos como
referencia o tema dos oitenta ‘Two Minutes To Midnigth’. Foi assim como apareceu em ‘Speed Of Ligth’ e
‘Death Or Glory’, as musicas mais curtas do álbum. Mas, como eu estava te
dizendo, é um cruzamento de estilos. Bruce trouxe esta musica de 18 minutos,
‘Empire Of Cluds’, que é uma peça de trabalho incrível... Acredito que quando
terminamos esse track nos demos conta que devíamos fazer um álbum duplo.
Bruce também compôs
‘If Eternity Shouls Fail’ Isto foi parte de uma decisão mais consciente como
permitir que houvesse mais frescor no álbum?
Acredito que não foi tanto assim. O que aconteceu com ‘If Eternity Should Fail’ foi que Bruce
trouxe uma demo que soava muito bem e para nós foi quase como uma opção obvia
para incluir no álbum. Acredito que depende mais do que consideramos que é
apropriado para o álbum, não é uma decisão consciente.
Quando estavam no
estúdio, pensaram como soariam estas musicas ao vivo?
Sim, talvez quando estávamos escrevendo. Mas você não quer
se limitar, você não quer ficar louco
gravando. Sabíamos que teríamos que
toca-las ao vivo, mas acredito que ‘Speed Of Light’ e ‘Death or Glory’ são as
que mais vão funcionar melhor no contexto de um show. Não sei se tocaremos ‘Empire of the Clouds’ completa.
Quão desafiante foi
registrar e fazer coesiva e coerente uma musica como ‘Empire Of Clouds’, sem
que se tornasse em algo autocomplacente?
Sim, Bruce esteve trabalhando nessa musica por um tempo.
Escutamos alguns trechinhos do tema, sabíamos que era algo especial. Bruce
estava totalmente consumido pelo tema, esteve semanas dedicadas a isso, quase
por si só. Foi difícil de gravar, porque existem tantas partes, é como um mini
musical. Ele nos mostrou por fragmentos,
e obviamente sabíamos que iria se converter em algo bem único. O que fizemos
foi que Bruce gravasse o piano do inicia ao fim. Todos os dias no estúdio estávamos
tocando e Bruce estava na cabine tocando piano. Era como Beethoven com seu
ouvido no piano, armando essa peça maestra. Acredito que escreveu cada nota da
musica. Depois gravou a banda sobre esse indicio, mas em seções. Fizemos varias
vezes, para ter a vibe que necessita em cada seção. Kevin e Bruce estavam na
sala de controle e diziam “Soam muito blusero.” Podem fazer um pouco mais
clássica?. Depois colocaram toda a orquestra. Senti-me muito bem tocando este
tem.
Considerando todas
essas mudanças de composição e gravação de que maneira contribuiu o produtor Kevin
Shirley a essas variações?
É muito orgânico na forma que trabalha. Ele gosta de tirar
as melhores interpretações da banda, tratando de capturar o melhor momento. A
parte, ele gosta de trabalhar rápido, que pode ser bom ou mal. As vezes temos desacordos , mas no fim se
converte em um sétimo membro do grupo no estúdio.
Bruce foi
diagnosticado com câncer pouco tempo depois que terminaram as sessões de gravação. Como reagiu nesse momento?
Estava em choque. De todas as pessoas que conheço, Bruce
seria a ultima que pensaria que adoeceria. Ele cuida muito da sua saúde e é
muito forte mentalmente e fisicamente. Mas ao mesmo tempo pensei que, como ele
é tão forte, ele venceria o câncer. Mas, sim, me afetou muito.
Pensaram em algum
momento o que iriam fazer com o disco depois desse diagnostico? Consideraram na
ideia de não sair em tour?
Não pensamos nisso no principio, sendo honesto. Só estava em
choque e esperando que melhorasse. Tratamos de ser muito positivos, não penso
no Bruce sem que cante no Iron Maiden, enfrentando a banda no palco. De repente
tinha esses pensamentos em que não via
um futuro muito claro, mas depois tratava de voltar a estar 100% positivo, e todos fomos assim.
Mudando de assunto, ”
The Book Of Souls” está disponível em diversos formatos, vinil, CD, streaming.
Vocês se importam como os fãs escutam a musica de vocês ou na realidade
importam-se que escutem?
Eu gostaria que os fãs comprassem o álbum e escutassem.
Acredito que a forma em que escuta a musica a pessoa hoje em dia é só por
tracks e não é a maneia de abordar “Book
Of Souls”. Acredito que tem que escutar como uma peça inteira e tomara que
disfrutem do inicio ao fim. Ou ao menos que escutem um lado inteiro. Houve uma
quantidade substancial de trabalho neste disco, tem musicas longas, assim que
eu espero que as pessoas tomem seu tempo, em meio deste ambiente de
gratificação instantânea.
Vocês vão começar a turnê no próximo ano. O que
consideraram em mostrar o desempenho de vocês desta vez?
Não sabemos ainda. Para
“A Matter of Life or Death” pensamos em tocar o disco inteiro, mas não acredito
que possamos fazer isso agora, seria uma loucura. Acredito que escolheremos as
musicas que soam melhores ao vivo, mas seguramente o show seguirá ao redor do
mundo, e provavelmente o palco reflete o que é “Book of Souls”, com a arte e coisas assim.
Vai ser divertido, temos muita vontade de tocar esses temas ao vivo.
Já anunciaram as
datas da próxima turnê, de fato estarão tocando no Chile em Março. Como você se
sente cada vez que visita Santiago?
É fantástico, não? (ri) É incrível tocar no estádio em
Santiago. O publico é muito afetuoso. Tratamos de ficar no hotel por vários
dias para poder fazer coisas diferentes. Amamos Chile.
Fonte:http://rockaxis.com
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