Em Goiânia, Paul Di’Anno sóbrio e à vontade entrega o melhor show da turnê até agora
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Ex-vocalista do Iron Maiden se beneficia de vários fatores, sobretudo da própria conduta, e apresentação no Bolshoi Pub chega perto do ideal possível.
Após um início de turnê claudicante, marcado pela desconfiança e uma enxurrada de críticas logo na primeira data, em Fortaleza, Paul Di’Anno está conseguindo virar o jogo. Em Goiânia, na noite de quarta-feira (1º), essa percepção foi construída ao longo de toda a apresentação e se confirmou como unanimidade entre os integrantes da banda e gente da produção: o ex-vocalista do Iron Maiden entregou no Bolshoi Pub o melhor show da tour “The Beast is Back” até agora. “Hoje ele realmente cantou”, avaliou um dos músicos.
Em sua quinta aparição em Goiânia (2005, 2010, 2011, 2013 e agora) e a quarta no Bolshoi, Di’Anno se beneficiou de um conjunto de fatores que lhe possibilitou ter bom desempenho. Além de já conhecer a casa, o vocalista contou com horários cumpridos à risca, som impecável, um melhor entrosamento da banda e ótima resposta do público. Até o clima ameno na cidade, não tão abafado no dia, ajudou.
Para um senhor de 64 anos, diabético, com sobrepeso e fumante inveterado, esses são fatores que minimizam contratempos como os dos primeiros shows, que chegaram a atrasar três horas. Segundo relatos, no entanto, o grande diferencial em Goiânia foi a conduta do próprio Paul.
Pessoas ouvidas pela reportagem contam que, ao contrário de Brasília, por exemplo, ele não bebeu antes do show, seja no hotel ou no camarim. Sóbrio, se mostrou mais confiante e à vontade no palco. Longe do Paul irritadiço de outros momentos dessa mesma turnê. Entre um gole e outro na água de coco posicionada estrategicamente ao lado de sua cadeira de rodas, o único “excesso” em Goiânia foi um cigarrinho aceso durante a instrumental “Genghis Khan”.
Sóbrio e a Vontade
Antes dela, o vocalista já havia ganhado o público com clássicos como “Wrathchild” e “Sanctuary”, que abriram a apresentação, e a cultuada “Purgatory”, sempre muito bem recebida pelos fãs mais antenados no, digamos, “lado B” do Iron Maiden. “Drifter”, por sua vez, teve uma recepção morna.
Prevista no setlist inicial da turnê, “Strange World” foi limada a pedido do próprio Paul e já nem consta mais entre as músicas que vêm sendo ensaiadas pela banda. Coube a “Remember Tomorrow” ser a única “balada” e o primeiro momento mais tenso do show: “será que ele vai conseguir cantar essa?” Como bom malandro, o vocalista joga pra galera nas partes em que sabe que não. Mas, no geral, o resultado é aceitável.
Acompanhando de perto por fisioterapeuta, enfermeira e outros cuidadores, Paul é constantemente amparado no palco. Seja para se se acomodar melhor na cadeira de rodas ou alcançar qualquer sorte de objeto. Todo esse aparato, porém, não elimina sua condição debilitada e é nítido que o vocalista convive com dores, especialmente na perna. Em um dado momento, soltou um “f#ck you” para uma delas e balbuciou algo como: “melhor cortar logo essa m#rda”.
Escorregão no fim
Ao anunciar “Transylvania”, a segunda instrumental da noite, Paul Di’Anno brincou: “sempre me falam que eu canto muito bem nessa”. Depois vieram os dois pontos altos da apresentação, “Phantom of the Opera” e “Running Free”, e uma espécie de presente aos fãs de Goiânia: “Prowler”, executada pela primeira vez na turnê.
Até por esse ineditismo, acabaram errando na parte intermediária da música, o que tirou o vocalista do sério. Ele esbravejou de forma veemente contra o guitarrista Nolas, do Electric Gypsy. Mas foi o único atrito ao longo de todo o set e vale ressaltar que os músicos parecem cada vez mais entrosados, mesmo ensaiando só na estrada (e sem Paul, que tem se recusado). Além de Nolas, a formação conta com Leo Mancini (guitarrra), Saulo Xakol (baixo) e Henrique Pucci (bateria), os três do Noturnall, banda de abertura que levou um bom número de fãs ao Bolshoi.
Prevista para encerrar o show, “Iron Maiden” não foi executada. Até agora ela não deu as caras na turnê, mas os músicos apostam que ainda irão “convencer” Paul a tocá-la. Ao menos se tudo continuar dando certo como em Goiânia, que chegou perto do possível ideal, considerando as circunstâncias. Um dos integrantes da banda declarou:
“Foi o melhor show da turnê até agora. Só que o Paul tem recaídas. Às vezes, bate uma deprê, e ele mesmo se questiona muito pra gente: ‘eu sou um m#rda’. Mas hoje ele estava feliz.”
Fonte: https://igormiranda.com.br/2023/02/paul-dianno-show-goiania-2023-resenha/?fbclid=PAAaY2gIX1tghQD-uSgUe293exC5a4ODKRZmPmqzuTybxZjH-80QnpflOmRSw
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