Em entrevista à Forbes, o guitarrista Adrian Smith, que divulga sua biografia "Monsters of River and Rock", falou sobre o diagnóstico de câncer de Bruce Dickinson. O músico disse que sentiu receio pela condição do vocalista, mas que ficou feliz após saber da plena recuperação - e emocionado com o retorno do Maiden aos palcos, em 2016.
O guitarrista especula que Bruce Dickinson estava com o problema de saúde há algum tempo, ainda nas gravações do álbum "The Final Frontier", lançado em 2010. No disco seguinte, "The Book of Souls" (2015), Bruce já estava recuperado.
"Eu penso que ele já tinha isso quando estávamos fazendo 'The Final Frontier'. Eu estava lá quando ele estava gravando o vocal. Dava para ouvir aquilo na voz dele às vezes, não soava muito bem. Porém, descobrimos que era tratável", disse.
Adrian exaltou o amigo por ter vencido o câncer. "Foi incrível. Ele tem uma força muito grande. Nunca fica pessimista com nada, sempre é muito positivo. Do tipo: 'se eu botar na cabeça que consigo, eu consigo'. E geralmente ele consegue", afirmou.
Inicialmente, Smith comentou que "nada pode preparar" alguém para algo como um câncer. "Foi um período muito obscuro. Acho que meu pensamento imediato foi de que ele iria vencer o câncer, pois ele é esse tipo de pessoa. Também buscamos saber dos fatos de seu câncer. Em qual estágio estava? Era importante. Descobrimos que era tratável e estava em um estágio inicial", afirmou.
Apesar disso, havia insegurança por parte da sequência das atividades do Iron Maiden. Por sorte, tudo deu certo e a banda conseguiu retomar suas atividades com o lançamento de "The Book of Souls", em 2015, e sua turnê subsequente, iniciada em 2016.
O primeiro show após Bruce Dickinson vencer o câncer foi realizado no dia 24 de fevereiro de 2016, na cidade de Sunrise, nos Estados Unidos. Era a abertura da "The Book of Souls Tour", que começou na América do Norte.
"A introdução do show foi tão incrível, a forma como ele cantou a introdução para a música 'If Eternity Should Fail'. Quando ele a cantou pela primeira vez, eu estava em prantos. Fiquei completamente emocionado. Não sabia de onde saía aquilo, mas lá estava ele", afirmou Adrian Smith.
O músico lembrou que teve reação semelhante ao assistir a um show do Iron Maiden sem ele, no festival Monsters of Rock, na Inglaterra, em 1992. Na época, a vaga de Adrian era ocupada por Janick Gers.
"Tive a mesma reação quando vi o Maiden após sair e fui a Donington. Estava ao lado do palco, Steve (Harris, baixista) disse: 'desça para nos ver e toque com a gente'. Foi uma forma legal para manter as coisas tranquilas. Quando eu os assistia, porém, a mesma coisa aconteceu: fui tomado pela emoção. Havia bebido um pouco de uísque. Subi ao palco e me senti bem", disse.
Fonte: Whiplash.net / Forbes.com
Tem que se emocionar mesmo... Foi uma grande vitoria!
ResponderExcluir