O primeiro Frontman dos álbuns do
Iron Maiden faz aniversário
PARTE I
Eu tenho um irmão de quase 50 anos que sempre foi o chamado “Ovelha Negra” da família. Ele sempre foi o transgressor da família. Passeou pelo Rock, Metal, Punk e as mais incríveis lembranças que eu tenho dele na infância eram os discos de metal que ele ouvia nos anos 80, enquanto eu brincava de boneca à porta de seu quarto. Ele sabia o quanto eu era atraída por aquele som pesado, sujo e barulhento. Mas eu ainda estava meio apegada ao meu disco do MENUDO,(uma banda pop de jovens dançarinos da época).
Foi então, que um certo dia, ele chegou em casa e quebrou o
disco do Menudo sem que eu visse , colocou um do KISS no lugar.
Quando descobri, fui furiosa até ele e quando o vi, ele
estava radiante, com uma camisa preta com desenho em branco do KILLERS (segundo
álbum do Maiden). A imagem do meu irmão ouvindo Iron Maiden tão feliz e com
aquela camisa linda, me fez parar um instante e tentar entender porque ele
queria que eu soubesse que aquilo era mesmo música de verdade.
Já estávamos mais ou menos no meio da década de 80 e
ouvíamos Poweslave, mas ele veio me falar de Paul Dianno. Fiquei meio sem
entender, e então ele falou comigo de Sex Pistols e sobre os punks, e sobre
como Dianno pertencia à esse clã, de alguma forma. Mas eu era criança demais
para entender, no entanto, eu jamais me esqueceria. Então ele desceu do sótão,
que guardava como um esconderijo para a mamãe não ver, muitos vinis e fitas
cassete de preciosidades do Rock e Metal: Dio, Black Sabbath, WASP, Uriah heep,
Van Hallen, Judas Priest, Accept, e outros e ficamos ali ouvindo e vendo
encartes. Como era gostoso o cheiro do disco, dos encartes e retirar o plástico...
Fiquei completamente apaixonada pelo Maiden. Ele também era.
Mas eu sei que o que ele mais gostava no Maiden, era o tal DIANNO. Ele dizia
que a voz dele tinha um grito sujo, a postura dele era de um cara de
anarquista, então meu irmão falou dos Punks, dos Hooligans e sobre a
Inglaterra. Ele dizia que essas coisas boas vinham de lá...o Punk e o Metal.
Mas falou também que em Belo Horizonte, uns caras já faziam metal...O Sepultura,
o Mutilator, Sarcófago, o SexTrash, e outras bandas da época.
Cresci vendo o meu irmão ser anarquista de toda sua vida. Um
ser inimaginavelmente transgressor. Maluco até demais, com sua bateria, com sua
tatuagem, com sua postura. Infelizmente ele teve alguns problemas que ficaram à
ganhar mais espaço e hoje ele recebe cuidados. Mas ele sempre foi meu melhor
amigo na infância e adolescência.
E lembro quando ele veio falar de Blaze Bayley comigo, disse
que era o novo vocalista do Iron Maiden, depois de Bruce Dickinson. Isso era
isso em meio aos anos 90. Mas ele disse: “Nunca vai ter alguém como Paul
Dianno” Minhas memórias sempre fervilham, quando me lembro dele falando como
era importante para uma banda, um cantor que tivesse a postura do Dianno..,
Ele continuou:
“ O verdadeiro rock n roll não é agradável para as pessoas. Ele mexe com as pessoas. Sua mãe e
seu pai não vão gostar. Mas você vai se sentir em contato com aquilo. E o Paul
Dianno era assim. Fez o Punk inacreditavelmente, se transformar em metal!
O tempo passou, e hoje eu posso dizer ao meu irmão, que tive
a chance de entrevistar o Paul Dianno que hoje faz 60 anos. Minha homenagem ao
meu influenciador, irmão e amigo. Querem ver o que Paul, me contou? LEIA A PRÓXIMA PUBLICAÇÃO
Sensacional! Paul é mesmo a mistura perfeita de duas coisas que amo - o punk e o metal, tanto na sonoridade quanto na atitude. Adorei essa matéria e estou super ansiosa pela segunda parte! Parabéns ao nosso frontpunk!
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