Hoje é dia de falar de Seventh Son of Seventh son, 7º álbum do Iron Maiden.
Baseado no livro de mesmo nome, o disco produzido por Martin Birch, foi e sempre será um dos maiores
presentes do Iron Maiden para todos nós.
Bruce Dickinson estava no seu auge
vocal, Adrian Smith e Dave Murray destrincharam lindamente suas guitarras e
claro, as inconfundíveis linhas de baixo de Steve Harris, foram como cereja do
bolo.
Sou muito suspeita para falar desse álbum, pois eu o considero no
topo da minha lista de preferências, e penso que em 1988, há exatos 30 anos
atrás, a banda estava coesa e forte, com elementos técnicos, artísticos e de
produção em nível elevadíssimo.
A história abordada pelo álbum, basicamente refere-se à um garoto
que cresce e se defronta com o bem e com o mal. Nada melhor para explicar a
natureza humana, já que segundo o Budismo, temos 10 estágios de vida entre “inferno”
e o “estado de Buda”; mas não vamos falar de dezenas. Vamos falar do simbolismo
do número 7.
Há muito tempo o número 7 vem sido usado como referência
mitológica ou mística para definir coisas em nossa vida.
- · 7 virtudes: Caridade, Esperança, Fé, Força, Justiça, Prudência e Temperança.
- · 7 pecados capitais: Avareza, Gula, Inveja, Ira, Luxúria, Preguiça e Soberba.
- · 7 sacramentos da Igreja Católica: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Matrimônio, Ordem Penitência e Unção dos Enfermos.
- · 7 notas musicais divididas em 7 escalas, 7 pausas e 7 valores.
- · 7 cores do arco-íris.
- · 7 arcanjos: Ezequiel, Gabriel, Jofiel, Miguel, Rafael, Samuel e Uriel.
- · 7 dons do Espírito Santo: Ciência, Conselho, Entendimento, Força, Piedade, Piedade, Sabedoria e Temor a Deus.
- · 7 glândulas endócrinas nos seres humanos: Hipófise, Pâncreas, Paratireoides, Sexuais, Supra-renais, Timo e Tireóide.
- · 7 chacras: Básico, Cardíaco, Coronário, Esplênico, Frontal, Laríngeo e Umbilical.
- · 7 Leis Universais: Amor, Correspondência, Evolução, Harmonia, Manifestação, Natureza e Polaridade.
Bruce Dickinson e Steve Harris são campeões em levar a literatura
e o misticismo tão admirados pelos ingleses à tona. É assim quando você chega
em Londres, e percebe que isso claramente na cultura deles.
O livro original que deu origem ao tema do disco, “Seventh Son” (1987) é um romance fictício do autor Orson
Scott Card. É o primeiro livro da série Os Contos de Alvin Maker, e trata de
Alvin Miller, o sétimo filho de um sétimo filho. O livro ganhou um Locus Award
e foi indicada para os prêmios Hugo e World Fantasy Awards em 1988. O sétimo
filho tem fortes "habilidades" (habilidades mágicas específicas), e o
sétimo filho do sétimo filho é extraordinariamente raro e poderoso.
Isso é amplamente inspirador para o tema deste álbum.
Conhece as músicas?
Moonchild – A melodia desta canção de introdução nos leva para o
começo de uma longa viagem aos anos 80, numa autenticidade impressionante do
estilo “Maiden”. O número 7 está em evidência logo no ínicio. Destaque:
“The twins they are exhausted, seven is this night” – Onde “twins”
ou gêmeos, descrevem a dualidade do ser humano.
Infinite Dreams – Ai, ai....Ela chega a ser até “romântica” de
tanto delicada e gostosa de ouvir.
“But wouldn´t you like to
know the truth” – O garoto está querendo saber sobre a verdade que está em
dualidade dentro de si. O bem e o mal...
Nesta música vou destacar a bateria e as guitarras de base.
Can I play with madness?
P.Q.P. para essa música com o perdão do trocadilho.
Quem nunca enlouqueceu
com essa canção e saiu por ai cantando o refrão?
Não tenho um trecho para destacar. O próprio título
ressalta se podemos brincar com a loucura, na busca por um sentido de tudo, que quase
se torna insano!
The Evil That Men Do
É Interessante quando nesta letra ele se confronta com o lado “mal”
das coisas e como “balançamos” para este lado. Acho que essa parte me faz
balançar de verdade:
“Living on the razor´s edge, balancing on the ledge” – Mas balançar
a cabeça! ;)
Seventh son of seventh son tem uma entrada épica, e com uma
espécie de coro celestial de fundo (Já repararam?) e é o tema do disco.
O dilema do “escolhido” que sabe nos dar a melhor direção entre o bem
e o mal, tão difundido nos aspectos religiosos, e a busca do equilíbrio; só
pode ser atribuído à um personagem poderoso demais, para percorrer todos estes
mundos.
“The good and evil which path will he take both of them trying to
manipulate”
Guitarras ESPETACULARES nesta música.
The Prophecy
Esta canção já remete ao poder mágico do sétimo filho, e ele já
poderoso demais pela sua capacidade de magia, informa à todos sobre as
consequências de alguns atos, e mete mais um número 7, na história: As 7
trombetas do apocalipse.
“Heard the call of the seven whistlers again”
The Clairvoyant
Pelo amor de Deus, o baixo mais lindo que eu já ouvi na vida. É
mesmo uma música para se cair de joelhos. Ela realmente me arrepia!
“There´s a time to live but isn´t it strange, that as soon as
you´re born you´re dying”
“Existe um tempo para viver, mas num é estranho que quando se
nasce, você está caminhando para a morte?”
Ah, Steve Harris...
Only The Good Die Young
Uma empolgante canção, que diz uma das grandes frases da
humanidade: “só os bons morrem jovens”
Então o que aconteceu com o Iron Maiden, que descobriu uma
longevidade inexplicável?
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