"Bruce Dickinson, uma autobiografia: Para Que Serve Esse Botão" é o primeiro livro em que o consagrado vocalista do Iron Maiden resgata momentos importantes de sua vida musical, deixando de lado esposas, filhos, divórcios e atividades empresariais. Ou seja, o livro de 315 páginas foi pensado para os fãs da música, que querem saber bastidores do Maiden., a escalada para o sucesso com o Samson, a descoberta de sua voz icônica, a paixão pelos aviões, as influências como o Deep Purple e o Jethro Tull e muitas outras curiosidades de uma vida corrida tanto em solo quanto nas alturas. Confira abaixo alguns momentos da obra.
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UM ELOGIO E UM VÔMITO:
Ian Gillan fazia a cabeça do jovem Bruce. As notas agudas e o vocal rasgado do britânico em "Speed King" transformaram a vida do garoto, que viu no vocalista do Deep Purple um herói. Quando estava na faculdade, Bruce trabalhava no centro de eventos, organizando shows aqui e acolá. Com telefone e tempo disponíveis, ele ligou inúmeras vezes para o empresário de Gillan para ver se conseguiria conhecer o ídolo. Anos depois, quando estava no Samson, Bruce e a banda fizeram uma pequena turnê ao lado de Gillan, naquela época em carreira solo. Não foi o esperado. O eterno vocalista do Purple estava cantando mal, se arrastando no palco e a imagem de um herói foi se apagando.
A gravação do segundo disco do Samson foi feito justamente no estúdio de Gillan. Após a banda gravar alguns takes, o dono do local chegou e deu uma ouvida no material. "Vocal bacana. Ótimos gritos", disse o experiente músico sem muito entusiasmo. Subitamente, Bruce sentiu uma vontade urgente de vomitar e saiu correndo direto para o banheiro. Muita emoção ao ser elogiado? Que nada, ele tinha fumado um baseado que não caiu muito bem, ainda mais depois de matar quatro cervejas no pub. Ele garante que toda a vez se encontra com Gillan é zoado pelo parceiro de profissão.
1º VEZ NO BRASIL:
No livro, o vocalista do Iron Maiden separa um capítulo inteiro para explicar a loucura do Rock In Rio I, em 1985, em que a banda tocou na mesma noite que o Queen. Bruce destaca que aquela apresentação foi um divisor de águas para o grupo de Heavy Metal, abrindo diversas portas no mercado da América Latina. "Na chegada ao Rio, nossas roupas quase foram rasgadas por fãs histéricos. Fomos perseguidos a caminho do hotel na praia de Copacabana, e o prédio era cercado 24 horas por centenas de tietes", lembra o cantor na autobiografia.
Bruce garante que o público de 300 mil pessoas foi o maior de sua carreira. Mas algumas coisas não deram muito certo. Ele quebrou o pau com o responsável pela mesa de som, chegando até a abrir a cabeça com a guitarra em um momento de raiva. "Ajeita a porra desse som, não fica ai parado feito um peixinho dourado. Ajeita isso!", bradou o cantor durante a apresentação. Por fim, ele voltou ao hotel nas primeiras horas do dia seguinte e foi curtir a praia carioca. Ao seu lado, ninguém menos que Brian May, o guitarrista do Queen, aproveitava o sol.
NICKO É UM "CAGÃO":
Nicko McBrain substituiu Clive Burr como baterista do Iron Maiden em 1982. O britânico gente fina sempre gostou de aprontar as suas, e é um dos palhaços da banda. Mas uma das situações foi impagável. O dono das baquetas e o produtor Martin Birch mandavam bem no golf, tanto que tiveram a oportunidade de jogar em Wentworth (famoso campo para os milionários ingleses). Nicko adorava usar roupas chamativas, o que não agradava os esportistas mais tradicionais.
Em um belo dia, enquanto Martin mirava para dar uma tacada perfeita, seu companheiro de empreitada soltou um "violento peido, com direito a ar estufando o tecido da calça", lembra Bruce. Resumo da situação: "Nicko McBrain havia cagado nas calças no sagrado gramado de Wentworth". Incrédulo, Martin sugeriu que ele enterasse o "presentinho". Dito e feito.
A MAIOR TURNÊ DO HEAVY METAL QUE NÃO EXSTIU:
Imagina ir a um show com Ronnie James Dio, Rob Halford e Bruce Dickinson? O lineup dos sonhos foi planejado em 2002, e Bruce contou alguns detalhes sobre o caso. Primeiro ele exigiu que Dio integrasse a turnê, afinal, era um fã incondicional do Rainbow. A expectativa dos empresários era uma turnê de sucesso, com casas de shows lotadas e dinheiro no bolso garantido. O vocalista tinha até escrito um single para o trio, em que adaptou as três bruxas de "Macbeth" para dividir entre os integrantes.
O fiel escudeiro de Bruce no Maiden, Rod Smallwood, sugeriu Geoff Tate (Queensrÿche), já que seria difícil conseguir Dio por causa de sua esposa, a empresária Wendy Dio. Bruce não foi com a cara do "novato" e nem poupa críticas ao lembrar da história. "Um encontro com ele selou o destino do projeto. Não nos entendemos quanto a absolutamente nada. Para começo de conversa, eu nunca o quis no trio".
FODA-SE O CÂNCER:
Em dezembro de 2014, após finalizar as gravações do álbum "The Book Of Souls", Bruce Dickinson foi diagnosticado com câncer de pescoço e de cabeça, resultado de uma HPV. "Eu permanecia no hospital por seis horas por dia, com uma sonda. Depois, tomava um coquetel de remédios para não vomitar e por último a cisplatina em si. Ficava doidão", descreve o vocalista. Foi uma dura luta por oito meses, com uma tentativa de cantar que o colocou com um pé atrás quanto a voltar a exercer sua profissão novamente.
"Ia no pub. Um dia meu peito começou a coçar. Dei uma olhada. Minha barba estava caindo. Fui ao banheiro e cutuquei a parte de baixo do meu queixo e os pelos simplesmente saíram na minha mão", lembra Bruce. Ele perdeu 9 quilos e recebeu altas doses de radiação por 45 dias. No fim, deu tudo certo. O vocalista do Iron Maiden também explica que o HPV é normal, e que muitos ainda são preconceituosos com a doença.
Fonte: Biografia Oficial Bruce Dickinson
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