[ IRON MAIDEN ] - Como "Somewhere In Time" rejuvenesceu a banda parte II


Gravado no Compass Point Studios em Nassau e no lendário estúdio Wisseloord na Holanda, "Somewhere In Time" marcou uma nova fase para o Iron Maiden, em que a banda apresentava o uso de guitarras sintetizadas, algo até então distintamente inovador, algo que raramente tinha sido uma característica no Heavy Metal antes desse ponto. Canções de Adrian Smith certamente trouxeram uma sensação arejada e um certo ar de glamour do rádio ao álbum também, complementando perfeitamente com composições do Steve como "Heaven Can Wait" e a grandiosa "Alexander The Great".

Pode ter sido o mais polêmico álbum do Iron Maiden até à data, mas "Somewhere In Time", com sua arte de Derek Riggs magnificamente inspirado e detalhada com Eddie em um modo ciborgue, continuou a deliciar os fãs obstinados, garantindo que a dinâmica da banda estava de maneira nenhuma diminuída por uma ligeira mudança de direção musical. Lançado em setembro de 1986, "Somewhere In Time" foi outro grande sucesso para o Iron Maiden em ambos os lados do Atlântico. Apesar de ter chegado perto de um colapso coletivo no final da World Slavery Tour, não havia nenhum sinal de que Steve Harris ou Rod Smallwood fossem permitir que a banda tirasse o pé do acelerador, e então eles embarcaram imediatamente outra colossal turnê mundial para divulgar o novo álbum.

"Somewhere In Time veio depois da World Slavery Tour, que foi muito cruel para Bruce em especial por ter sido longa," diz Rod. "Quero dizer, foi uma longa turnê. Cada álbum e turnê, tornava-mos um pouco maiores. Era o meu trabalho torná-los tão grandes quanto possível em todos os lugares do mundo. Esta ideia turnês mundiais duas vezes, provavelmente, em retrospectiva, não foi a melhor ideia que já tive. Então, esta [Somewhere In Time Tour] teve apenas 157 shows."

Começando com vinte e quatro datas consecutivas no Reino Unido que concluiu com seis shows com ingressos esgotados no Hammersmith Odeon em Londres, a turnê de "Somewhere In Time" levou o Iron Maiden para um novo nível de audácia em apresentações. A vibe de ficção científica da arte da icônica capa do álbum fornecia o cenário perfeito para a imaginação da banda, resultando em um show que era visualmente explosivo e assumidamente extravagante, de acordo com a reputação da época do Iron Maiden como a maior banda de rock ao vivo na terra. Em retrospecto, no entanto, a turnê também marcou o ponto onde propensão da banda para o espetacular arrastou-os firmemente aos reinos da falta de bom senso.

"Esta foi a turnê do 'Grande Eddie inflável'. Dave Lights ainda estava fazendo nossa iluminação e ele estava bem em coisas infláveis," Bruce lembra-se. "Ele tinha um pouco de uma megalomania inflável, na verdade. Ele construiu infláveis que eram tão grandes que eles realmente não se encaixam dentro dos palcos algumas vezes! Tivemos duas grandes mãos hidráulicas, que levantavam – com o grande Eddie e sua garra nas mãos que inflavam... "

"Eu e Bruce ficávamos nas palmas das mãos infláveis," disse Steve. "Em uma noite, uma lâmpada estava perto demais e fez um buraco nela. Consequentemente era como um balão esvaziando-se. Mas não foi só isso! A melhor coisa sobre esse caso, foi o próximo show que fizemos, eles tinham remendado o buraco. Eles amarraram os dedos de tal forma que a mão saiu com o dedo médio para cima.. que foi muito hilário!"



"De repente haviam roadies freneticamente saindo e indo [Bruce imita um bombeamento] como espécie infladores de mãos aliens!" Bruce ri. "Nós tivemos o kit de bateria crescente  que aparecia em cima de macacos hidráulicos levando Nicko à alturas estratosféricas e, claro, a cabeça de Eddie que inflava por baixo. Foi ótimo, exceto quando a pressão começava a ir e ele parecia um pouco desconfortável. Ha ha ha! "

Continua...

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Alexandre Temoteo

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