Por Val Oliveira.
No dia 24 de agosto de 1996 o Iron Maiden retornava pela terceira vez ao Brasil, sendo a primeira vez com Blaze Bayley nos vocais. Na sequência, após o show no Phillips Monsters Of Rock, em São Paulo, ainda seriam feitos shows em Curitiba (25 de agosto) e no Rio de Janeiro (26 de agosto).
No dia 24 de agosto, o evento, realizado no estádio do Pacaembu, ainda contou com Héroes del Silencio, Mercyful Fate, King Diamond, Helloween, Raimundos, Biohazard, Motörhead e Skid Row.
O Iron Maiden estava nas ultimas datas da X-Factour, que tinha começado em 1995, com o lançamento do The X-Factor, com um ano de atraso, devido ao acidente de moto que tinha ocorrido com Blaze.
Como praticamente a internet no Brasil estava começando a passos de tartaruga, as poucas informações que chegavam para os fãs brasileiros eram através de publicações impressas, no caso a Rock Brigade. Existiam outras revistas dedicadas ao gênero na época, mas que não tinham a mesma seriedade, chegando algumas a copiar matérias de revistas como a Kerrang, RockHard, Metal Hammer entre outras e não darem crédito, e muitas vezes publicando como se fosse de autoria própria.
Dessa forma, aos poucos foram chegando reviews dos shows da donzela de ferro, e as resenhas se dividiam em relação ao novo vocalista e seu desempenho ao vivo. A esse fato, devemos falar que existem vídeos que comprovam que Blaze estava em forma, cantando bem e agitando no inicio da tour, mas como ele nunca tinha feito longas tours com o Wolfsbane sua voz e performance foi se deteriorando ao vivo ao longo das datas.
Lógico que sua voz e desempenho não eram uma unanimidade, e geraram fortes críticas, inclusive a Kerrang fez reviews que enfureceram Steve Harris, e o fizeram invadir a redação para tirar satisfações. A essas críticas, a banda, ainda em 1996, compôs e lançou a inédita “Vírus”, que fazia parte de sua primeira coletânea - Best of the Beast – e lançada com single em diferentes versões.
Iron Maiden no Brasil!
Lógico que os fãs brasileiros estavam ansiosos para ver novamente a banda, mas com uma pulga atrás da orelha em relação ao novo vocalista.
Aos poucos fomos tendo acesso a bootlegs onde podia-se conferir a sua voz ao vivo. Alguns bootlegs se tornaram populares como o “The Eternal Flame” e o “Sentrum”. A picareta revista Metalhead publicou não só o tour book, onde apagaram digitalmente o logo da Rock Brigade estampado na camisa de Dave Murray, mas diversos posters e revistas especiais com a nova formação.
A Rock Brigade publicava resenhas dos shows que aconteciam no exterior e deixavam todos ansiosos para a apresentação no Brasil. Quem não pode ir aos shows, se contentou em assistir pela rede CNT, a apresentação de São Paulo, que foi dividida em dois dias de apresentação na TV, semanas depois.
Os comentários e opiniões se dividiram ainda mais, alguns aprovaram, outros odiaram o novo vocalista, e clamavam pela volta de Bruce Dickinson.
Abaixo, algumas publicações de revistas da época a respeito do festival.
Bela matéria. Parabéns!
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