Por Fabricio Fernandes para o Iron Maiden Brasil
A noite do último domingo, dia 12 de abril, foi mais uma daquelas para eu guardar com carinho na minha galeria de shows de Rock/Metal.
Já havia assistido ao Paul antes, no próprio Circo Voador, mas dessa vez foi como se eu estivesse com um amigo de vários anos ouvindo um som pesado e bebendo umas cervejas. Não que eu conheça o Paul, muito pelo contrário.
Tirei uma foto com ele no backstage antes do show, e só. Mas, durante a performance, em que ele teve que cantar sentado devido a um problema no joelho, o cara simplesmente conversava com o público entre as músicas de modo intimista como poucas vezes vi em um show de Rock.
Nos chamava de família e perguntava que músicas gostaríamos de ouvir, sem perder a irreverência e a acidez dos comentários, sobretudo quando dirigidos ao atual regime político brasileiro, e à crise econômica que estamos vivendo. Algum mané pediu "The Trooper", e foi a deixa pra ele dar uma esculachada com toda fineza que lhe é peculiar. As músicas? Cara, todos os principais clássicos dos dois primeiros álbuns rolaram, com destaque, na minha opinião, para Phantom of The Opera, Killers, Running Free e Charlotte the Harlot. A banda estava impecável(inclusive quando tocaram as instrumentais Ides of March, Transylvania e Genghis Khan).
Paul a todo momento dizia que estava triste e deprimido por estar se apresentando sentado e sentindo muita dor, mas que nunca nos deixaria na mão, pois somos a sua família: "Brazil is my family"! Mas aí ele dava mais um gole no Jack Daniels ou na cerveja que ficavam na mesinha a sua frente(o que deu ainda mais a impressão de estarmos em um buteco qualquer com nosso "velho amigo" Paul Di'Anno) e detonava! A voz um pouco mais rouca e grave do que na época dos dois primeiros álbuns, mas com a mesma agressividade e carisma de sempre.
No final, covers de Ramones(com a participação do baixista da banda carioca AC/DCover, Monstro) e Sex Pistols pra não perder a alma Punk que ele sempre teve. Só tenho a agradecer a esse cara por todo carinho e disposição, e por poder cantar junto tantos clássicos do Iron Maiden, de uma era inesquecível da maior banda de todos os tempos. Thank you, Paul! Come back soon, please!
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