ADRIAN SMITH: Sem tour para a nova coletânea From Fear to Eternity


Adrian Smith diz que a ampliação dos fãs em todo mundo motiva Iron Maiden
Por Pedro Brandt / Correio Braziliense


No Iron Maiden, Dave Murray é o guitarrista mais intuitivo, com solos mais improvisados e espontâneos. Adrian Smith é mais cerebral, seus solos são simples e programados. Combinadas, as duas guitarras se tornaram uma das marcas sonoras do Iron Maiden. A tranquilidade segura com que Adrian toca seu instrumento é a mesma com que ele conversou com o Correio Braziliense, minutos antes de subir ao palco para uma apresentação da banda na Cidade do México (no último dia 18). Casado com Nathalie Dufresne, pai de Dylan e das gêmeas Natasha e Brittany, este fã de pesca não pensa em aposentadoria. Ele tem 54 anos: “Estamos sempre conseguindo mais fãs. Achamos isso muito inspirador, é parte da motivação para continuarmos”, garante o músico que se apresenta hoje em Brasília. “É uma cidade moderna, não é? Achei os prédios fantásticos, estou ansioso para voltar.”


O que você acha das bandas cover de Iron? Uma delas, de Los Angeles (EUA), é formada só por mulheres, The Iron Maidens…
Eu acho ótimo, sabe. É lisonjeiro. Eu ouvi falar das Iron Maidens, claro. Eu já toquei com uma banda cover do Iron na Inglaterra. Acho que toquei 2 minutes do midnight com eles. Foi um pouco bizarro… mas foi legal.


E por falar em cover, vocês já pensaram em lançar um disco de covers, com músicas de bandas que os influenciaram?
Um tempo atrás na nossa história discográfica, toda vez que lançávamos um single colocávamos no lado b uma gravação nossa tocando alguma banda que nos influenciou… Free, Montrose, Jethro Tull… Imagino que deva existir um disco compilando esses lados b. Dez ou 15 covers que gravamos.


Muitos fãs reclamam dos discos mais recentes da banda. Como isso afeta você?
Eu realmente não sei. Não ouvi reclamações. Claro que cada fã tem o seu disco favorito. Somos humanos, fazemos o que fazemos e tentamos fazer o melhor. Cometemos erros algumas vezes.


O que faz o Iron Maiden continuar na estrada?
Estamos sempre conseguindo mais fãs, especialmente jovens fãs. Achamos isso muito inspirador, é parte da motivação para continuarmos. Isso e o fato de irmos para lugares muito diferentes e lotarmos estádios. Enquanto isso acontecer, continuaremos tocando.


Como nasce um disco da banda?
Marcamos umas datas para a gravação do disco e uns dois meses antes começamos a escrever, ensaiar as músicas. Nos reunimos na casa de alguém para fazer isso. Depois, ensaiamos durante umas duas semanas para deixar a maioria das coisas preparada. Finalizamos algumas músicas no estúdio, é o caso de When the wild wind blows (faixa que encerra o disco The final frontier). Mas a maioria das coisas já está está pronta na hora da gravação.


Qual o principal desafio para você na hora de fazer um novo disco?
Tento escrever boas canções, riffs interessantes, músicas inspiradas. Algumas vezes, você consegue, outras não. Tento fazer algo que as pessoas se lembrem, entende? Quando faço um solo, gosto de botar muita melodia nele, nada tão complicado. Não sou de nenhuma forma um virtuoso.


O disco The final frontier é a fronteira final para o Iron Maiden? Pensam em aposentadoria?
Muitas pessoas perguntam isso por conta da palavra final no título do disco. Mas a ideia não é essa. Não é nossa intenção que esse seja o nosso último álbum. Lançaremos um disco no futuro, mas no momento estamos concentrados nesta turnê. Não, não é o último disco.


Como vocês escolhem as músicas dos shows?
Algumas músicas nós tocamos em todos os shows. Fear of the dark, por exemplo, uma canção que tocamos sempre nos últimos 15 anos… Mas é difícil selecionar o repertório a partir do momento em que você tem cada vez mais músicas para escolher. É impossível agradar a todos. Então tentamos fazer o que achamos que é certo. Temos um set list desta turnê, as pessoas já sabem o que vamos tocar, não há surpresa. Tocaremos cinco músicas do disco novo, coisas antigas… Hallowed by thy name, The trooper… e algumas coisas dos anos 2000 também.


Vocês pretendem sair em turnê para divulgar a recém-lançada coletânea From fear to eternity?
Eu acho que não. Esse álbum é só para as pessoas começarem a conhecer a banda.


Você se lembra da passagem da banda por Brasília, em 2009?
É uma cidade moderna, não é? Passamos apenas um dia aí, então eu não vi muita coisa. Mas achei os prédios fantásticos, estou ansioso para voltar.


O terremoto no Japão forçou o cancelamento dos shows que vocês fariam no país. Como foi estar lá nesse momento?
Foi aterrorizante. Nosso avião pousou e ficamos duas horas no solo antes de sabermos o que fazer. Quando chegamos ao hotel e assistimos ao noticiário é que entendemos o que estava acontecendo. Infelizmente, tivemos que cancelar o nosso show e sair no dia seguinte. O prédio onde deveríamos tocar não estava seguro. Mas vamos voltar lá, é sempre um lugar muito bom para tocar.


Paul D’iano, ex-vocalista do Iron, foi preso recentemente sob a acusação de fraudar a Previdência Social na Inglaterra.Você ainda tem contato com ele?
Eu não vejo Paul há uns 20 anos, não tenho muito contato com ele. Acho uma pena o que aconteceu. Provavelmente há pessoas fazendo coisas piores do que o Paul fez. Acho que estão tentando usá-lo como um exemplo, já que ele é conhecido. Desejo o melhor para Paul


Fonte: Correio Braziliense

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