Conheça o primeiro baixista do mundo que gravou todos os álbuns do Iron Maiden



Conheça o primeiro baixista do mundo a gravar todos os álbuns do Iron Maiden!!!

Com uma dedicação incrível e um amor pela música e pela obra do Iron Maiden, em especial de Steve Harris; Stéfano Ribas Brazolim deu vazão a sua criatividade e em seu perfil no Instagram e no YouTube gravou todos os álbuns do Iron Maiden compartilhando ensinamentos com os fãs de todo o mundo, se tornando o primeiro a fazer este tipo de registro.

Conheça mais sobre o baixista.

Entrevista O Mago dos Graves.

A) Se apresente e como teve início sua paixão por Iron Maiden? 

Meu nome é Stéfano Ribas Brazolim, educador físico, 34 anos, e comecei ouvir Iron Maiden com 9 anos por influência direta do meu pai. Era um domingo, e ele me mostrou a música FEAR OF THE DARK, e aquilo foi uma verdadeira tempestade dentro do pequeno Stéfano: as guitarras no começo, a parte calma com o início da voz, até que entra aquela parte explosiva do Riff principal de guitarra, que como na maioria das vezes, o baixo que desce e sobe as notas mudando a sensação da música, e mesmo sem saber disso na época, algo totalmente diferente de tudo que já havia escutado me chamou muita atenção. Os solos, a bateria, aquele click de metal (que na época não sabia que era do baixo), os poweracordes do Harris, as viradas absurdas da bateria, enfim, era pra mim, mesmo criança, um caminho sem volta!

B) O baixo sempre foi seu instrumento predileto?

Acredito que como todo roqueiro, no início, ainda mais bem novinho, todos querem tocar guitarra distorcida e fazer solos épicos. Comigo não foi diferente. O único detalhe foi quando eu percebi que, ao apertar o famoso botão "BASS BOOST" tanto no aparelho de som do meu pai, quanto no antigo "discman", a música parecia que ganhava vida de uma forma transcendental! Isso desde criança me marcou, como as frequências graves traziam vida à melodia. Com 28 anos decidi comprar um contrabaixo e começar minha jornada nas 4 cordas!

C) O que você mais aprendeu acompanhando a carreira de Steve Harris?

Logo que começamos ouvir Iron Maiden, a maioria de nós não sabia quem realmente era o líder, pelo menos não antes da internet. Então de cara, o que mais chamou atenção no Steve Harris são três coisas totalmente peculiares:

1) VELOCIDADE - mesmo hoje em dia assistindo vídeos em 4k as pessoas têm dúvidas se ele usa 2 ou 3 dedos, imagina na época das TVs de tubo e do VHS - o que realmente já define que não é normal o que ele faz.

2) COMPOSIÇÃO - na maioria das bandas de rock, quem compõe é o guitarrista e/ou o vocalista/frontman, e a música gira em torno de riffs de guitarra. No Iron Maiden, graças ao Steve Harris, a música gira ao redor da construção do contrabaixo e de melodias de guitarra (geralmente fazendo harmonias), o que definiu totalmente a expressão única da banda.

3) TIMBRE - o baixo do Steve Harris é distinto de qualquer outro, só ele tem aquele som! Geralmente no metal, para "cortar a mix", os baixistas se utilizam de baixos ativos, captadores humbucker de ponte, cordas Roundwound de Nickel ou Aço, e tocam com palheta. Steve Harris foi na contramão de tudo e todos, tocando um Precision (que tem por natureza um som "aveludado"/abafado), tocando com cordas Flatwound (que são naturalmente "opacas" e sem brilho) e ao invés da palheta, optou tocar com os dedos (muito menos ataque e brilho que a palheta). E mesmo com essa combinação inusitada no metal, conseguiu um brilho e um ataque muito específicos, que entregam uma pegada épica às músicas.

Isso tudo que comentei são dados técnicos, o que de cara chama mais atenção. Mas por baixo de tudo isso, o que mais podemos aprender com o Steve Harris é ACREDITAR EM SUA PRÓPRIA IDÉIA, ACONTEÇA O QUE ACONTECER, E ENRAIZAR O TRABALHO DURO COM PACIÊNCIA E PROFISSIONALISMO, LIDERANDO PELO EXEMPLO.

D) Pode falar de seu projeto de vídeos e músicas?

Eu sempre gostei de gravar vídeos pelo desafio que é - errar num show, a menos que alguém tenha gravado, passou. Num vídeo de cover, o instrumento está em evidência e um erro por menor que seja ficará lá para sempre! Além de que num show o clima é de festa; já quem assiste um vídeo em geral quer aprender, tirar alguma dúvida, então o senso crítico é muito maior. 

Porém, depois de um ano gravando vídeos curtos, decidi que não era o que eu gostava de fazer. Apesar do algoritmo e a própria geração atual não ter paciência de assistir um vídeo completo, e tudo ser imediato, 3 segundos já se rola o Feed, eu decidi que iria fazer o que realmente me faria feliz: gravar músicas completas. O desafio de um vídeo curto de 30 segundos jamais, nunca poderá ser comparado com tocar uma música completa. Lembrando que o Iron tem muitas músicas de 10, 11, 13, e até 18 minutos, o que torna o desafio monstruoso e põe a prova tanto a técnica de quem está tocando, quanto a concentração e a resistência à fadiga e à dor. Mesmo músicas mais simples, por exemplo da era Blaze, é necessário segurar powerchord com a mão esquerda praticamente a música inteira, e tratando-se de um Precision série vintage (como do patrão) com braço gordo, escala larga e cordas extremamente tensas como a dele próprio, algumas músicas vão além do que se imagina no sentido de dificuldade.

Quando comecei, queria gravar a década de ouro de Maiden, anos 80. Como já sabia a maioria das músicas, decidi me desafiar gravando os 7 primeiros álbuns no baixolão!

Quando terminei, a tentação de gravar anos 90 foi imensa, então retomei o Precision e gravei mais 4 álbuns. Aqui já comecei a ver grande diferença na técnica do Steve Harris, o que me motivou mais tarde a gravar o vídeo "Top 5 Técnicas de Steve Harris".

Ao término dos anos 80 e 90 foi inevitável ir aos anos 2000, aos outros 6 álbuns remanescentes com a formação atual do sexteto, e aí que complicou tudo, porque não sabia tocar praticamente nenhuma, e com a chegada do produtor novo Kevin Shirley e mais uma guitarra, além da mixagem diferente, a técnica de Steve Harris também se atualizou em alguns pontos, ficando mais difícil de ouvir exatamente as linhas e tirar de ouvido. Então procurando as músicas para aprender, percebi que muitas não tinham Cover de baixo no YouTube para referência. 

Foi aí, exatamente nesse ponto que percebi a grandeza (e a dificuldade) que estava diante de mim: eu seria o primeiro no mundo que completaria os 17 álbuns!

E) E podemos esperar mais novidades? Talvez abrangendo singles e Covers feitos pela banda?

Novidade é o que não faltará!!!

Eu dividi minha jornada em 3 temporadas:

Primeira temporada: Gravação dos 17 álbuns - 166 músicas.

Segunda temporada:

Revisitei todos os álbuns, todas as músicas e todas as frases mais difíceis, e gravei o "TOP 5 FRASES DE STEVE HARRIS DE CADA ÁLBUM", tudo pedagogicamente em ordem crescente de dificuldade. Alguns vídeos foram bem longos, pois músicas que tinham mais de uma frase eu contei como parte A e B, e também coloquei algumas menções honrosas e "especial faixa título". Fui o primeiro a fazer isto também, visto que seria impossível saber todas as frases e a dificuldade de cada uma sem ter tocado e aprendido a obra completa antes.

Terceira temporada:

Novamente pela primeira vez no mundo alguém se aprofundou no mundo Steve Harris e dissecou as 5 técnicas que ele utiliza com exemplos em níveis de dificuldade crescente, que tornam os vídeos bem interessantes de assistir, e também muito educativos para quem tem interesse de aprender Iron Maiden no baixo de verdade!

Pretendo continuar gravando alguns Covers que o Maiden fez e alguns Lados B muito desconhecidos, como Black Bart Blues por exemplo, e também as músicas do British Lion. 

No entando no momento estou envolvido em um projeto autoral de rock progressivo, e também estou retornando aos palcos com minha banda FEAR OF EDDIE - especializada em IRON MAIDEN LADOS B e músicas que nunca foram tocadas ao vivo, com inclusão de teclado ao vivo, baixolão, violões, etc. Ela já está com os ensaios a todo vapor, em breve todos poderão nos assistir ao vivo!

F) Deixe seu recado para os fãs e o agradecimento ao Patrão 

Comecei tocar baixo com 28 anos e Iron Maiden com 29 anos. Tenho 34. Nunca é tarde para aprender, seja música ou qualquer outra coisa na vida. Acredito que com força de vontade e trabalho, tudo é possível. O agradecimento eu dedico aos meus seguidores que me apoiaram, porque algumas músicas realmente foram muito, muito difíceis, principalmente as longas, como Empire Of The Clouds, e eu nunca aceitei cortes nos meus vídeos - apenas um take sem mover a câmera ou edições. E eles me motivaram a continuar, me dando força quando eu pensei em parar. Agradeço o apoio gigantesco do portal IMB - IRON MAIDEN BRASIL pela oportunidade de mostrar o meu trabalho. O rock é uma grande família e vocês fazem um trabalho excepcional nos unindo.

Ao Steve Harris, em uma palavra eu diria simplesmente: obrigado. Em uma frase diria: graças à sua idéia e a persistência no que você acreditou, muitas pessoas se inspiraram a tocar baixo, guitarra, bateria, cantar, compor, montar bandas, gravar vídeos, ouvir rock/metal, e através de tudo isso, muitas pessoas fizeram o inimaginável e conseguiram lutar contra depressão e vencer. Aonde remédios e médicos não puderam ir, a boa arte foi e fez seu trabalho com excelência: trouxe esperança, renovou as forças e mostrou que tudo é possível ao que crê - UP THE IRONS!

DEUS ABENÇOE TODOS!


Acesse a playlist: https://youtube.com/@omagodosgraves?feature=shared

Siga no Instagram: www.instagram.com/omagodosgraves




Sobre IMB

IMB

3 comments:

  1. "Conheça o primeiro baixista do mundo que gravou todos os álbuns do iron maiden" ué... mas já conheço, é o Steve Harris

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Seu comentário demonstra:

      1) Analfabetismo funcional - é implícito que o Harris é o criador da banda, principal compositor, portanto o primeiro a gravar tudo que ele mesmo fez;

      2) Dentre bilhões de pessoas no mundo, um brasileiro vai lá e faz o cover de tudo, detalhe por detalhe de 17 álbuns, 166 músicas; primeiro e único baixista no mundo que encarou a empreitada (você não tem o mínimo de idéia do esforço); e ao invés de fazer um comentário positivo, e enaltecer um conterrâneo e irmão do metal - o cara me lança uma de engraçadinho sabichão. Por causa de pessoas como você que o Rock está sumindo do Brasil, e cada vez mais outros estilos dominam a cena. Muita inveja dividindo o estilo e muito pouco trabalho para o Rock crescer. E quem vai lá e faz algo realmente relevante em nível mundial, ao invés de receber parabéns, vem babaca falar merda.

      Excluir