[ PAUL DIANNO 2023 ] - Segundo show, Recife

Texto por Pedro Galvão, revisão por Thiago Pimentel e Gustavo Queiroz


 O segundo show da turnê ‘The Beast Is Back’ – nesse sábado (28), em Recife – do ex-vocalista do Iron Maiden, Paul Di Anno, estava cercado de baixas expectativas por parte do público. Os comentários negativos sobre o show realizado em Fortaleza, na sexta-feira (27), deixaram a dúvida: será que a banda que acompanha Di’anno – e, inclusive, o próprio vocalista – teria um desempenho melhor? Apesar de, ao primeiro olhar, a casa de shows Estelita parecer ter uma infraestrutura adequada, o palco – muito baixo – atrapalha (consideremos que Di’Anno é cadeirante) e o local não possui capacidade para muitas pessoas.

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Conforme esperado, para os primeiros pagantes que chegaram no Estelita, as apresentações marcadas para 19h45 (Eletric Gypsy), 20h30 (Noturnall) e 21h30 (Paul Di Anno), não ocorreram no horário previsto. Os mineiros do Eletric Gypsy, por volta de 21h30, subiram no palco e fizeram um ótimo show de abertura. A proposta musical do quarteto transita entre o Hard Rock Oitentista, com pitadas de Heavy Metal e Rock n’ Roll tradicional. Destaque para o vocalista que mostrou um ótimo carisma com o público, além de uma excelente performance, no geral, da banda – com destaque para o cover de Heaven & Hell (Black Sabbath) e composições próprias como Shoot ‘em Down e The Devil Made me do It. 

Próximo das 23h, a banda paulista Noturnall inicia seu repertório com músicas do álbum recém-lançado, Cosmic Rendemption. A banda liderada por Thiago Bianchi (ex-Shaman), propõe um Power Metal moderno com passagens mais pesadas e até alguns riffs de Groove Metal, além de afinações baixas. E muito virtuosismo. Thiago Bianchi entre uma faixa e outra discursava para o público e, num desses momentos, falou que o que tinha acontecido em Fortaleza deu mais instiga aos músicos banda e a equipe técnica para ter o melhor desempenho possível aqui, em Recife. No geral, qualidade do som da banda paulista ficou um pouco atrás, o volume dos instrumentos aumentou de uma forma que prejudicou uma melhor audição das músicas executadas.

Exatamente às 0h30 o público começa a ouvir a gravação de ‘The Ides of March’. Com a banda já presente no palco, composta pelo guitarrista Nolas, da Eletric Gypsy, e pelos instrumentistas do Noturnall Saulo Xakol (baixo), Henrique Pucci (bateria) e Léo Mancini (guitarra), apenas aguardando a acomodação de Paul Di Anno, que tem utilizado cadeiras de rodas para se locomover devido a complicações de saúde que começaram em 2016. Se no show de Fortaleza/CE o cantor inglês tinha dado conta de apenas 5 faixas, sem incluir as instrumentais, em Recife/PE, Paul só deixou o palco restando apenas duas músicas para completar o repertório, segundo informação da própria equipe técnica. Se a performance da banda de apoio tinha deixado à desejar um dia antes, houve uma melhora considerável no desempenho dos músicos. Só os mais atentos perceberam pequenas falhas na execução de algumas músicas. Nada que alguns ensaios e mais shows durante a turnê não resolvam.

Paul cantou os clássicos dos álbuns ‘Iron Maiden’ e ‘Killers’ dentro de suas capacidades. O ex-integrante punk da maior banda de Heavy Metal do mundo continua contrariando os mais preocupados com seu estado de saúde. Fumando um cigarro durante a apresentação, o inglês curtiu bastante as passagens instrumentais, parecia feliz, mesmo diante das dificuldades. Fica uma impressão que Di Anno tem essa essência, selvagem, subversiva, e que sem os palcos o pior poderia acontecer. 

Por fim, a sensação do público recifense foi de satisfação. Para uma apresentação que tinha se iniciado cercada de dúvidas, inclusive com boatos de que Paul Di’anno viajou para a capital pernambucana de carro (aproximadamente 12 horas de estrada), ter ouvido clássicos como ‘Wrathchild’, ‘Purgatory’, ‘Murders in the Rue Morgue’, ‘Remember Tomorrow’, ‘Genghis Khan’, ‘Phantom of the Opera’ e ‘Running Free’ pela voz original deixa uma impressão que a turnê de 31 datas pode sim acontecer na íntegra.

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