[ PAUL DIANNO 2023 ] - Como foi o primeiro show da Tour pelo Brasil

Texto por Alexandre Temoteo


 27 de janeiro de 2023  Fortaleza/CE certamente é um dia que entrou pra memória afetiva desse que vos escreve. Afinal de contas, foi meu retorno aos palcos, desde 2019, onde no mesmo local, a casa de shows Armazém, testemunhei o ótimo show do Stratovarius. Mais especial ainda pelo motivo de rever Paul DiAnno, idolo de minha adolescência, e também o responsável de meu primeiro show internacional, em 31 de outubro de 1997. Contudo, uma série de fatores desencadeados em série fizeram com que meu sentimento para com a apresentação de Paul me causasse um sentimento incomum. O pior show que assisti em minha vida, mas que não fiquei indignado em um só instante. Tentarei explicar isso nas linhas a seguir.

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Nossa equipe chegou ao local por volta das 17hs, onde a previsão inicial era de abertura dos portões às 18hs, o começo dos trabalhos às 19hs, para que culminasse para que o show de Paul fosse às 21:30, pois hoje, 28 de janeiro, ele tem um show em Recife, e todos sabemos da problemática de saúde que o envolve e todos os fãs que o acompanham nesses 4 últimos anos em luta constante pela sua recuperação de saúde física e mental sabem disto. E aqui vem a consciência de que não teríamos um Paul 100% ( a voz em especial já não é mais a mesma a anos!) mas que os fãs adorariam não o ver remando contra uma maré... E aqui começa as coisas estranhas. O palco não estava montado em sua totalidade, e pasmem, não houve uma passagem de som. Por questões éticas, não vou citar nomes, mas encontro um membro do staff de Paul bem mal de saúde, por conta da questão climática, com muita dor de cabeça, onde foi necessário nosso time providenciar água, analgésicos e rotear nossa internet com ele, a fim de se comunicar com os outros membros no hotel. Tudo isso, pois não havia sequer um responsável da produção ali, logo cedo.

Depois de mais de uma hora de atraso, os shows começam, e não vou me aprofundar muito. Vou me conter em dizer que a Electric Gypsy mostrou ser uma excelente surpresa e revelação. Os quatro jovens músicos de Belo Horizonte despejaram um vibrante Hard Rock oitentista com riffs bem cativantes, ótima presença de palco e uma apresentação energética. Sem dúvidas nenhuma, foi o melhor show da noite. Já a Noturnall, bem, devo confessar que tenho minhas ressalvas para com o grupo, mas vou resumir que eles deram bem conta do recado, despejando clássicos de sua carreira, bem como faixas do recém lançado CD. Destacar que foi no show deles que os problemas no som começaram, e ficariam mais sérios a seguir.

23hs, e os indícios que o show de Paul comecariam aparecem. Enquanto "The Ides of March" era tocada na baertura, uma verdadeira operação era feita ao lado do palco, para a entrada de Paul, haja vista sua condição de cadeirante, ou seja, faltou essa visão básica do problema para a produção resolver com antecedência. "Wrathchild" começa e os sérios problemas de som aparecem aqui com força, a ponto de Paul pedir para parar no meio da música, a fim de qua aumentasse seu volume. E aqui um susto. Ao falar, Paul estava literalmente sem voz, por conta da extrema mudança climática que sofreu. Mesmo assim, ele pede desculpas ao público, bem como a ajuda dos fãs para cantar as músicas junto com ele. "Sanctuary" vem em seguida com os mesmos problemas de som, ao ponto de no final, o próprio Thiago Bianchi subir no palco, e pedir compreensão dos fãs e alguns minutos para tentar resolver o problema. Profundamente envergonhado com a situação, Paul pede desculpas várias vezes, a ponto de prometer voltar ano que vem para fazer um show decente. "Purgatory", minha música favorita da época, chega para minha emoção, mas naquela altura, mesmo com uma leve melhora no som, Paul estava praticamente sem voz. "Drifter" vem na sequencia, e aqui devemos louvar algo. Mesmo com todos os problemas tecnicos e de voz, Paul demonstra uma força de vontade incrível, bem como respeito para com os ali presentes. "Remember Tomorrow" chega como uma espécie de alívio para a voz de Paul, haja vista o andamento lento e cadenciado, mas foi aqui que as "gotas d'água" para o termino antecipado acontecesse. Em uma clara falta de ensaio da banda, composta por membros das duas bandas de abertura, os andamentos finais da canção saem completamente errados, levando Paul a cantar fora do tempo, e deixando-o extremamente indignado.

Paul então anuncia que "Genghis Khan" viria para que ele tivesse uma pausa, e nela, mais erros de andamento acontecessem. A ponto de quando Paul anunciar "Killers", dizer que era a última música da noite, justamente pela falta de entrosamento da banda. E eis que a derradeira "gota d'água" foi novamente erros no final da canção, onde Paul nem terminou a música, pediu para deixar o palco, antes de detonar os músicos ali, na frente de todos.

No fim, o meet and greet foi feito, o que mostra o total respeito de Paul para com os fãs. Contudo, esse primeiro capítulo da turnê, a qual é consenso que não chega ao fim, foi pra esquecer por completo, mas deixando bem claro que Paul não é culpado de nada.

Long Live the Beast!!!

Registrando também nosso agradecimento a Ana Paula Romeiro pelo profissionalismo e credenciamento bem como a produtora Estética Torta. 

E iremos continuar na cobertura dos demais shows da tour. 

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IMB

3 comments:

  1. Paul não é culpado de nada? Estava todo mundo lá por causa dele, pq não chegou com alguns dias de antecedência? Pq não ensaiou com a banda antes? Pq não foi mais cedo passar o som? Pq mesmo com a garganta lascada insiste em fumar entre uma música e outra? A importância dele para o heavy metal está marcado pra todo o sempre e é inquestionável mas eu esperava mais profissionalismo.

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    1. Difícil discordar de você, que descreveu com perfeição um comportamento antiprofissional.

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  2. Quanto à saúde, estranho, pois ele fez shows com o Gus G na Grécia apenas um mês atrás, e correu tudo bem.

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