[ OPINIÃO ] - A banda tem razão no episódio da maconha?

 


No último dia 21 de setembro, o Iron Maiden ganhou as manchetes devido a uma interrupção durante o show ocorrido naquele dia. O motivo? Alguns fãs estavam fumando maconha bem próximo ao palco.

O intuito aqui não é fazer qualquer julgamento. Só que as redes sociais foram bombardeadas de julgamentos. Li e vi pessoas criticando a banda. Por conta disso, decidi trazer, de forma didática, um estudo que dá toda a razão para a banda.

Vale lembrar que os integrantes da banda já passaram da casa dos 60 anos, e não mais possuem a saúde de outros tempos. Portanto, eles têm toda a razão em reclamarem se perceberem que suas integridades físicas estão em perigo. Não é conservadorismo. É cuidado com a saúde.

O estudo que segue abaixo foi publicado pelo portal Medical News Today, e traz de forma bem clara, direta e objetiva as razões para o ocorrido.

Exposição à fumaça de maconha (fumo passivo) está relacionada à diminuição das funções dos vasos sanguíneos

Um novo estudo feito por pesquisadores do departamento de cardiologia da Universidade da Califórnia (UCLA) em São Francisco afirma que a exposição à fumaça de maconha de terceiros pode ser tão prejudicial à saúde quanto a exposição à fumaça passiva de cigarro. Em ratos de laboratório expostos à fumaça passiva de maconha por 30 minutos, o funcionamento de seus vasos sanguíneos foi reduzido em 70%. A equipe de pesquisadores, que inclui o renomado autor Matthew Springer, professor associado de medicina do departamento de cardiologia da Universidade da Califórnia, irá apresentar os resultados completos deste estudo na American Heart Association’s Scientific Sessions (Sessões científicas da Associação americana de cardiologia) de 2014 em Chicago, Ilinóis. “A maioria das pessoas sabe que o fumo passivo de cigarro é prejudicial à saúde”, observa Springer, “porém muitos não se dão conta de que o fumo passivo de maconha também pode ser nocivo”. Conforme os estudos, os pesquisadores demonstraram os efeitos do fumo passivo de maconha em ratos de laboratório, ao expor os animais à fumaça utilizando uma máquina adaptada de fumaça para cigarros. A equipe utilizou uma máquina de ultrassom de alta resolução para medir o funcionamento dos vasos sanguíneos dos ratos 10 minutos antes e 40 minutos depois da exposição. Após serem expostos à fumaça de maconha por 30 minutos, os pesquisadores verificaram que a função dos vasos sanguíneos dos ratos foi reduzida em 70%. A equipe então expôs os ratos a uma fumaça de maconha especial que não continha Tetraidrocanabinol (THC) – a substância ativa da droga. Eles descobriram que 30 minutos de exposição a esta fumaça também reduziu a função dos vasos sanguíneos dos ratos, indicando que estes efeitos não estão apenas relacionados ao Tetraidrocanabinol. Como forma de comparação, os pesquisadores avaliaram os efeitos da exposição passiva à fumaça de maconha livre de THC ao ar puro. Os ratos não demonstraram alteração alguma das funções de seus vasos sanguíneos quando expostos ao ar puro. Os pesquisadores ressaltaram que, enquanto o fumo passivo de tabaco comprovadamente reduz a função dos vasos sanguíneos, para esta substância o efeito geralmente desaparece por volta de 40 minutos após à exposição. Entretanto, o estudo demonstrou que a função dos vasos sanguíneos de ratos expostos à fumaça de maconha não retornaram ao normal mesmo após contados 40 minutos. “Não existe nenhuma razão pela qual se deva acreditar que a fumaça de maconha é menos prejudicial que a fumaça de cigarros.” A equipe de pesquisadores acredita que os resultados encontrados são alarmantes. O comprometimento dos vasos sanguíneos pode aumentar os riscos de ataque cardíaco e arteriosclerose – uma das causadoras principais das doenças do coração.

Parece algo obvio, mas os fatos precisam ser mostrados.


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Alexandre Temoteo

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