Texto originalmente escrito por Gustavo Morais e Alexandre Temoteo para o Cifra Club News
Surgida em 1975, na Inglaterra, a banda Iron Maiden foi pioneira da New Wave of British Heavy Metal [ N.W.O.B.H.M. - Nova Onda do Heavy Metal Britânico, em tradução livre], movimento musical que serviu de resposta para a ascensão das bandas punks que estavam enterrando os ícones do hard rock. Além do Maiden, a N.W.O.B.H.M. apresentou pra turma da camisa preta gente do calibre de Def Leppard, Saxon, Judas Priest, entre outras lendas.
O texto de hoje é um dossiê sobre o Iron, um dos nomes mais importantes da música feita nos séculos XX e XXI. Com seus quase 45 anos ininterruptos de trajetória, o Maiden vem construindo um legado que é exemplo a ser seguido em várias frentes. Pra começar, a banda é formada por seis músicos detentores de alta capacidade técnica. Além disso, os caras também dão lições de empreendedorismo, inovação e cultura.
Para me ajudar a contar um pouco dessa história tão ímpar, convidei meu amigo Alexandre Temoteo, redator do Iron Maiden Brasil Notícias. Do lado de cá da Linha do Equador, trata-se da fonte mais bem informada sobre a banda. Ficou curioso para conhecer mais sobre a banda? Então, continue por aqui e confira o conteúdo que iremos te aplicar:
01. O significado de Iron Maiden
02. A música mais famosa do Iron
03. 5 Curiosidades incríveis sobre a banda
04. Eddie – as três melhores encarnações do mascote
05. Iron Maiden: todos os discos, do melhor para o pior
Se ajeite por aí e aproveite a sua épica jornada para desbravar um dos capítulos mais emblemáticos do metal.
O significado do nome Iron Maiden
O nome Iron Maiden [donzela de ferro, ao pé da letra] vem de um instrumento de tortura medieval usado para punir traidores, hereges e criminosos de todos os tipos. Era uma caixa de ferro, com o formato semelhante ao corpo de uma mulher, ou donzela.
Essa verdadeira máquina do terror aparece no filme O Homem da Máscara de Ferro, baseado na obra do romancista francês Alexandre Dumas. Na frente, duas portas se abriam para que o condenado entrasse de costas e recebesse o abraço da donzela.
Como não poderia ser diferente, a punição era bem dolorosa. Veja bem: do lado de dentro das duas portas havia alguns objetos de ferro, com as pontas afiadíssimas. Na hora em que as portas da caixa eram fechadas, os objetos metálicos lentamente começavam a abrir buracos nos órgãos vitais, até penetrar completamente no corpo do sentenciado.
Ah, não posso deixar de comentar que, ao menos lá no Reino Unido, Iron Maiden também é uma espécie de gíria para designar uma mulher exigente e severa.
A música mais famosa do Iron Maiden
Eis uma questão bastante subjetiva, ou seja, depende de qual perspectiva seguir para fazer essa análise. Pensando na frieza dos números, o ideal é analisar sob a ótica dos serviços de streaming. A seguir, você confere o ranking do Maiden nas principais plataformas e serviços de música.
Spotify: The Trooper - 128.612.993 plays
Youtube: The Trooper - 92.359.584 views
Youtube oficial da banda: The Number Of The Beast - 34.780.749 views
Cifra Club: Fear Of The Dark - 1.663.675 views
Letras.mus.br: Fear Of The Dark - 1.488.244 views
Com base na tabelinha acima, não tem como negar que The Trooper é a música mais famosa do Iron Maiden. Composta por Steve Harris, essa faixa faz parte do álbum Piece of Mind, de 1983.
Ah, e por falar em sucesso nas plataformas digitais, você ficou sabendo que o Brasil é o país que mais ouve Iron Maiden no YouTube? Além disso, segundo o Spotify, em território brasileiro, observou-se um aumento de 119% nos streamings das músicas do Iron. Esse up todo rolou durante o período do Rock in Rio 2019.
5 curiosidades incríveis sobre o Iron Maiden
Com quase 45 anos de carreira, o Iron Maiden deixou de ser uma banda e tornou-se uma instituição musical. E claro, tem uma linha do tempo recheada de fatos e eventos interessantes. Muitos deles já foram abordados em biografias oficiais, mas há tantos outros pouco conhecidos da grande maioria dos fãs. Então, resolvi trazer alguns desses casos um tanto obscuros.
1. Haviam outros “Iron Maiden” na época
Um deles inclusive é mencionado por Steve Harris, no DVD Early Days, na história do telefonema pedindo que o baixista trocasse o nome da banda por já existir uma homônima.
Iron Maiden de 1969 |
Ainda existia o power trio The Bolton Iron Maiden, que durou de 1970 a 1976. Nos Estados Unidos também existiu, nos 70′s, uma banda chamada The Iron Maidens, composta apenas por mulheres.
The Bolton Iron Maiden |
2. Paul Day era tão excelente vocalista quanto Bruce Dickinson
Não confundam! Não estou falando de Paul Di’Anno, mas sim de Paul Mario Day, vocalista do Iron Maiden entre 1975 e 1976. Segundo a história oficial, a fria presença de palco fez com Paul Day fosse demitido do posto. De acordo com Harris, “apesar de ser um vocalista competente, Day não tem energia ou carisma suficiente no palco”.
Contudo, dizer que Paul tinha uma boa voz é pouco para o talento do cara. Entre o final dos 70′s e meados dos dos 80′s, ele cantou nas bandas More, que inclusive chegou a abrir para o Maiden, Wildfire e Sweet.
Abaixo, Paul canta "Wrathchild", e nos dá uma noção de uma suposta realidade caso ele ainda fosse o vocalista do Maiden
3. Havia um segundo guitarrista no Soundhouse Tapes
Em 31 de dezembro de 1978, a banda entrou em estúdio para a gravação de sua primeira demo tape. De acordo com a história oficial, a formação foi Paul Di’Anno (vocais), Dave Murray (guitarras), Steve Harris (baixo) e Doug Sampson (bateria).
Mas anos depois foi comprovada a participação de um segundo guitarrista, um cara chamado Paul Cairns, no projeto. Na foto abaixo, você confere um raro registro dos cinco membros que gravaram a fita juntos.
Cairns não ficou na banda devido a descoberta de um problema na coluna, que o impossibilitava de tocar, mas a razão de Steve não mencioná-lo como parte do time que gravou a demo permanece um mistério.
Rara foto do Iron Maiden tirada de frente ao estúdio de gravação comprovando a presença de Paul Cairns (segundo da esquerda para a direita) na lendária demo tape. |
4. Bruce Dickinson foi contratado com Paul Di’Anno ainda na banda
Steve já estava de olhos e ouvidos em Bruce desde 1979, quando o Iron Maiden e o Samson [banda que Dickinson cantava antes de entrar pro Iron] tocaram na mesma noite no Music Machine Festival. Com os vacilos de Paul Di’Anno, que vivia sem voz ou de ressaca, os shows começaram a perder qualidade e a banda se viu na obrigação de ir atrás de um substituto.
O convite oficial rolou no dia 29 de agosto de 1981, logo após a apresentação do Samson, no Reading Festival. Nos bastidores, o empresário da banda, Rod Smallwood, se reuniu com Bruce Dickinson e formalizou o convite. Menos de uma semana depois daquele encontro, Bruce e o Iron Maiden começaram a trabalhar em estúdio. Isso tudo com Di’Anno ainda no posto de vocalista, haja vista que seu último show com a banda aconteceu em 10 de setembro, na Dinamarca.
Abaixo, um vídeo da apresentação onde no final Bruce recebeu o convite para fazer o teste no Iron Maiden.
Aqui, a demo gravada já com Bruce.
5. Brave New World tem heranças da era Blaze Bayley
Os retornos de Bruce Dickinson e Adrian Smith foram celebrados em 1999. O álbum Brave New World, o primeiro dessa nova era, foi lançado em 2000. O detalhe é que algumas músicas do disco são sobras de Virtual XI, inclusive com as “impressões digitais” do ex-vocalista Blaze Bayley.
De acordo com várias entrevistas do cantor, a faixa Blood Brothers foi coescrita por ele. Nomad, Dream Of Mirrors e The Mercenary também são dessa época.
Eddie – as três melhores encarnações do mascote
O Eddie é sem dúvidas o mais icônico mascote da história do Heavy Metal. Não é raro, por exemplo, encontrar pessoas que o conhecem, mas nunca ouviram sequer uma canção do Iron Maiden. Criado no final dos anos 70 pelo artista gráfico Derek Riggs, o monstrengo não precisou de muito tempo para conquistar sua enorme popularidade.
Sabemos que no Maiden nada é por acaso. Por isso, o departamento de marketing da banda sempre aproveitou a figura de Eddie para enviar mensagens e reflexões, fossem elas sutis ou não. Uma das mais legais pode ser interpretada como “insanidade”, “morte” e “ressurreição” da banda em uma trinca de ilustrações da primeira metade dos anos 80.
1. Insanidade – Piece Of Mind – 1983
Aqui vemos um Eddie acorrentado em uma camisa de força após ser submetido a uma lobotomia. Neste estágio, podemos interpretar que a banda alcançou um estado de “insanidade”.
Mas pera lá: trata-se de uma insanidade criativa, algo de positivo, haja vista que a sonoridade apresentada neste disco era inovadora. Contudo, era preciso ainda ilustrar a morte do passado...
2. Morte – Powerslave – 1984
É interessante notar que a “morte” de Eddie também foi ilustrada no último show da World Piece Of Tour, realizado em 18 de dezembro de 1983, em Dortmund, na Alemanha.
No final do show, quando terminava de tocar a música Iron Maiden, a banda encenou o assassinato do mascote em pleno palco. Em Powerslave, podemos ver o mascote sendo sepultado, que pode ser interpretado como a preparação para mais uma renovação do Maiden. Haja vista que a partir daquele momento, o Iron Maiden deixava de ser "mortal" e passava a ser uma "divindade"...
3. Ressurreição – Live After Death – 1985
De forma triunfante, imponente e indestrutível, Eddie se levanta de seu sepulcro! Com essa ressurreição, o mascote mostra quem dá as cartas do jogo.
Essa encarnação abre espaço para uma definitiva associação: daquele ponto em diante, o Iron Maiden seria uma das mais importantes bandas da história da música.
Bônus: um aviso da sonoridade que estava por vir?
O single "Run To The Hills" lançado em 1985, extraído de "Live After Death" traz uma versão interessante de Eddie, no alto de uma colina, tocando um órgão. Seria uma mensagem do que seria abordado na sonoridade do próximo álbum "Somewhere In Time"?
Iron Maiden: todos os discos, do melhor para o pior
Toda e qualquer publicação que envolve uma lista The Best é bastante complicada de se fazer. Ainda mais quando essa lista é sobre o Iron Maiden! “Contudo, o desafio me foi dado, e usando critérios musicais, resolvi me atrever”, explica Alexandre Temoteo, redator do Iron Maiden Brasil Notícias.
Gosto de lembrar que não sou dono da verdade, e claro e óbvio, os milhões e milhões de fãs da Donzela espalhados por aí possuem suas próprias listas. Musica é algo muito pessoal na verdade. Não importa eu lhe apresentar o melhor álbum do mundo se você estiver em um dia ruim. Não vai impactar.
Vamos lá: do “melhor” para o “pior”, juntamente com as estimativas de vendas mundiais. Ah, antes que eu me esqueça, este ranking não contempla coletâneas, álbuns ao vivo e bootlegs.
E por fim você decide onde o SENJUTSU entrará nessa lista!
01. Powerslave
Aqui percebe-se que a banda atingiu o ápice, musicalmente falando. Faixas como "Aces High", "2 Minutes To Midnight" ou a épica "Rime Of The Ancient Mariner" estão sem dúvidas em qualquer lista de hinos do Heavy Metal. Levando-se em conta o tempo bem pequeno que a banda teve para escrevê-lo, pois a turnê de "Piece Of Mind" termina em 18 de dezembro de 1983 e em janeiro de 1984 a banda já estava ensaiando, percebe-se ainda mais a grandiosidade de "Powerslave".
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 1984
Vendas: 4 milhões de cópias
02. The Number Of The Beast
Não é a toa que aqui temos o disco mais vendido da carreira da banda. Musicalmente falando a proposta musical não é muito diferente de "Killers", mas a entrada de Bruce Dickinson deu um salto quântico para a banda. A versatilidade vocal abriu novos horizontes, vide "Hallowed Be Thy Name", considerada por muitos fãs a melhor música do Iron Maiden.
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Clive Burr (bateria)
Ano de lançamento: 1982
Vendas: 6.5 milhões de cópias
03. Killers
"O canto do cisne" de Paul Di'Anno mostra uma evolução em relação ao 1º álbum. Embora 100% das músicas já vinham sido tocadas desde os anos 70, a entrada de Adrian Smith nas guitarras deu uma qualidade ímpar. Isso tudo com a excelente produção do lendário Martin Birch.
Formação:
Paul Di'Anno (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Clive Burr (bateria)
Ano de Lançamento: 1981
Vendas: 3.5 milhões de cópias
04. Somewhere In Time
Em 1986, o mundo do Heavy Metal estava ansioso para ver se o Iron Maiden sucederia "Powerslave" a altura. Mas a nova sonoridade carregada de guitarras sintetizadas fez muitos fãs torcerem o nariz. Contudo, "Somewhere In Time" trouxe a produção mais cara realizada pela banda até então, e se não bate de frente com seu antecessor, trouxe verdadeiros hinos, isso sem falar de "Alexander The Great", sonho de consumo de 11 em cada 10 fãs no que se diz respeito em a banda toca-la ao vivo. Foi o disco do Iron Maiden que mais vendeu no Brasil, apesar da estranheza inicial de todos.
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 1986
Vendas: 4.5 milhões de cópias.
05. The X Factor
Antes de mais nada, é preciso um detalhe antes de falar de "The X Factor". Esqueça dos clássicos dos 80's antes de ouvi-lo, pois comparações afetarão a audição. Cautelas devidamente tomadas, a verdade é que o disco de estreia de Blaze Bayley envelheceu muito bem, apesar da incrível e monstruosa estranheza inicial. Blaze sempre deixou claro que não era e nem seria um clone de Bruce Dickinson, e seus tons graves e o clima sombrio proporcionado pela produção se encaixaram bem, dando ao álbum a característica de ser o mais sombrio trabalho do Iron Maiden.
Formação:
Blaze Bayley (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 1995
Vendas: 1.2 milhão de cópias
06. Piece Of Mind
Aqui podemos definir como sendo o início da fase clássica da banda. A proposta musical de "Piece Of Mind" mostra um Iron Maiden bem mais ousado em relação aos seus antecessores. Boa parte dessa ousadia deu-se por alguns fatores. Ali consolidava-se uma das parcerias mais proliferas em termos de composição dentro da banda. A dupla Bruce Dickinson / Adrian Smith trouxe uma excelência que batia de frente com as composições de Steve Harris, vide "Flight Of Icarus". Outro fator se deve a entrada do baterista Nicko McBrain, que se não tinha a força e feeling de Clive Burr, esbanjava uma técnica ímpar.
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 1983
Vendas: 5 milhões de cópias
07. Brave New World
Em 1999 os pilares do mundo da música foram sacudidos. Eram anunciados após um conturbado período os retornos de Bruce Dickinson e Adrian Smith para a banda, tornando o Iron Maiden em um sexteto, haja vista que o guitarrista Janick Gers continuaria no grupo. E claro, um álbum seria lançado para celebrar a reunião no ano seguinte. "Brave New World" inaugura a atual fase do Iron Maiden trazendo tudo que a banda já tinha feito no passado, desde músicas diretas ("The Mercenary") como faixas progressivas ("Dream Of Mirrors") ou como épicas ("Nomad").
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Janick Gers (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 2000
Vendas: 2 milhões de cópias
08. Seventh Son Of A Seventh Son
Se "Piece Of Mind" foi o início da era clássica da banda, "Seventh Son Of A Seventh Son" pode ser considerado como o fim dessa fase, pois aqui temos o último trabalho com o guitarrista Adrian Smith. Com uma temática digna de um filme, temos um grande álbum conceitual mostrando o dilema do "sétimo filho" em lidar com seus problemas. Considerado por muitos fãs como o último grande álbum do Iron Maiden, "Seventh Son Of A Seventh Son" tem uma sonoridade que lembra "Somewhere In Time" no que se diz em relação ao uso de teclados, embora não tenha tido o mesmo impacto.
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de Lançamento: 1988
Vendas: 3.5 milhões de cópias
09. A Matter Of Life And Death
Se tem um trabalho que o Iron Maiden pode ser considerado "bastante progressivo", diria que é "A Matter Of Life And Death". Músicas longas ditam o tom do trabalho. Interessante notar que todas as faixas abordam temas ligados as guerras, contudo não se trata de um álbum conceitual. Apesar de terem músicas com uma média de duração na casa dos 5 ou 6 minutos, ele não se torna cansativo de ouvir.
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Janick Gers (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 2006
Vendas: 650 mil cópias
10. Iron Maiden
Considerado por alguns fãs como o melhor disco da banda, provavelmente haverá estranheza "Iron Maiden" ocupar a 10ª colocação. Mas quero deixar claro que em nada tira o desmérito dele. O trabalho traz músicas bem diretas e cruas, a exceção de "Phantom Of The Opera", que já impressiona hoje em dia com sua complexidade, imaginem naqueles tempo. Se tivesse tido uma produção melhor, talvez tivesse alcançado voos maiores.
Formação:
Paul Di'Anno (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Dennis Stratton (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
11. The Book Of Souls
Até agora em minha lista entraram álbuns que consigo ouvir todas as faixas. Contudo, agora entrarei em "casa de maribondo", pois os trabalhos daqui pra frente apresentam canções que quero distância. "The Book Of Souls" é o menos pior desse rol. Contudo, isso não tira o mérito, haja vista que diversas mídias especializadas o consideram o melhor trabalho do Iron Maiden após "Seventh Son...". Mas devo confessar que "When The River Runs Deep" e "The Great Unknow" não me descem. É um álbum que tem alguns detalhes que, propositalmente ou não, lembram "Powerslave", mas isso é papo para uma matéria futura...
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Janick Gers (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 2015
Vendas: 500 mil cópias
12. No Prayer For The Dying
O começo dos anos 90 trouxe um Iron Maiden apostando numa volta às raízes, com "No Prayer For The Dying". Aqui temos a estreia do guitarrista Janick Gers no lugar de Adrian Smith, que não concordava muito com a proposta de reviver a sonoridade do passado. Se dependesse dele, a banda daria um passo a frente no que foi feito em "Seventh Son Of A Seventh Son". Contudo, divergências na pré-produção culminaram na saída de Adrian. Dos álbuns produzidos por Martin Birch, sem dúvidas essa aqui é a pior.
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Janick Gers (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 1990
Vendas: 3 milhões de cópias
13. Dance Of Death
"Dance Of Death" sofre daquela velha sina de ter sido um álbum ansiosamente esperado, haja vista a curiosidade dos fãs em saber se ele seria superior ou igual a "Brave New World". Contudo, verdade seja dita. Apesar de ser um bom álbum, não manteve a qualidade de seu antecessor. A coisa começa pela capa, sendo uma das mais toscas da história da banda. Mas sim, há pontos históricos aqui. Pela primeira vez temos uma canção escrita por Nicko McBrain, mesmo que em parceria com Bruce Dickinson e Adrian Smith. Temos também "Face In The Sand", trazendo Nicko inovando com o uso de pedais duplos.
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Janick Gers (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 2003
Vendas: 1.5 milhão de cópias
14. Fear Of The Dark
Aqui tivemos um Iron Maiden tentando dar uma resposta no sentido de "ainda estamos vivos" em relação às criticas recebidas em "No Prayer For The Dying". A bem da verdade é que temos aqui músicas sensacionais como "Be Quick Or Be Dead" ou "Judas Be My Guide" e outras igualmente horríveis como "The Apparition" ou "Chains Of Misery". O clima azedou de vez na turnê de divulgação, com Bruce Dickinson anunciado que deixaria o grupo no final. Há relatos de shows em que o vocalista estava altamente desinteressado, praticamente "falando" nas músicas, ao invés de cantar.
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Janick Gers (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 1992
Vendas: 3 milhões de cópias
15. Virtual XI
Lembro-me que as coisas estavam tão feias nessa época, que somente soube que o Iron Maiden tinha lançado um sucessor para "The X Factor" semanas depois do lançamento oficial, através de um anúncio numa revista "Placar". Pois confesso que naquele ano de 1998 meu maior foco era a possibilidade do penta campeonato da seleção brasileira. Histórias futebolísticas a parte, a verdade é que "Virtual XI" ou salvaria a pele da banda ou afundaria de vez. O fato é que o disco não manteve pelo menos o clima de seu antecessor. Isso aliado a diversos problemas na turnê culminaram na demissão de Blaze Bayley. O curioso é que duas de minhas músicas favoritas da banda estão nesse álbum ("The Clansman" e "When Two Worlds Collide"). Adicione a elas "Futureal" e pode jogar o resto fora.
Formação:
Blaze Bayley (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Janick Gers (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 1998
Vendas: 700 mil cópias
16. The Final Frontier
Vamos ao último colocado. "The Final Frontier" meio que tentou pegar carona na vibe progressiva de seu antecessor "A Matter Of Life And Death". Acontece que as canções aqui deixam a audição demasiadamente cansativa. A capa também merece um destaque negativo, pois afirmo ser a única capa do Iron Maiden sem o Eddie, pois aquela criatura lá estampada pode ser qualquer coisa exceto nosso querido mascote. Meus únicos destaques vão para a faixa título, "The Talisman" e "When The Wild Wind Blows"...e olhe lá.
Formação:
Bruce Dickinson (vocais)
Dave Murray (guitarras)
Adrian Smith (guitarras)
Janick Gers (guitarras)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
Ano de lançamento: 2010
Vendas: 800 mil cópias
Fear of The Dark lá em baixo é sacanagem
ResponderExcluirEssa lista do melhor para o pior é opinião pessoal do redator.
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