Fatos, curiosidades e registros do álbum que fez aniversário
Em tempos de internet, mal se podia acreditar que algo perpetuasse tanto
como a visibilidade e o acesso às músicas feitas há tanto tempo atrás. Se não
fossem as plataformas de streamings, a possibilidade de downloads, as redes
sociais e as plataformas de vídeos, como seria ouvir e falar de música de
outros tempos? Alguns consideram que não mudaria muito. Você compraria o álbum
que quer, e ouviria em casa. Mas será que estariam com tão bom acesso em lojas?
Será que não seriam objetos raros e caros demais? Será que você ia poder conhecer
tantas pessoas que amam essa mesma música, e haverá melhor método para eternizar
aquele momento dos shows, como é possível em Pages e Grupos de fãs? Por isso
temos que agradecer à internet, as redes sociais e o grande mundo conectado,
que hoje cabe na palma de uma mão.
Se formos falar da época de Soundhouse Tapes, o EP mais famoso da banda,
hoje é considerado um dos discos mais raros e mais caros de se ter, mas não ia
ser ainda pior se não pudéssemos ouví-lo nunca? Ah internet! Que ajuda.
Mas hoje vamos falar de KILLERS,
o segundo álbum da banda Iron Maiden, gravado entre novembro de 1980 –
janeiro de 1981, e lançado em 2 de fevereiro de 1981 pela EMI.
O bar que a banda tocou no inicio da carreira, Ruskin Arms, é retratado por Riggs na capa
O Killers foi a experiência bem sucedida de Steve Harris, depois do primeiro disco de mesmo nome da banda e que deixa um pouco a desejar. O que houve foi evolução! Não que seja menos importante, mas no segundo trabalho até o Eddie andou com mais atitude, com uma postura mais altiva e demonstrando claramente que a banda se aprimorou!
Chegava à banda o incrível e incomparável Adrian Smith
com seus acordes originais e uma capacidade genuína de talento como
guitarrista. Também era o debut de Martin Birch como produtor com uma qualidade
de inicio questionável, embora fosse ainda a estar muitos anos com a banda, e
ter melhorado bastante seu potencial.
Vindos da semente fecunda do New Wave Of British Heavy Metal, mas com
uma veia punk correndo das veias, o Iron Maiden vinha para se tornar uma banda
com mais “couro”, que tocava mais rápido, contudo não era mais tão possível
consumir bebidas e drogas como as antigas Led Zeppelin, Deep Purple,... E esse
último fato, foi fatal para o fim da carreira de Paul Di´Anno e Clive Burr.
Como temas sombrios de músicas como "Drifter" e "Murders
in the Rue Morgue", viajamos no tempo. Mesmo sem saber que a banda podia
evoluir ainda mais, nos defrontamos com grandes composições ao longo do disco...
O duo de guitarras de Dave Murray e Adrian Smith ressoam lindamente
enquanto trazem a composição de Steve Harris (baixista e compositor principal)
à vida. Harris é uma espécie de visionário, já que ele mais ou menos escreveu
tudo nesse álbum, incluindo as letras, e ao longo dos anos ele forneceu a
motivação, foco e estabilidade para a banda através das várias mudanças de line
up.
Paul exerce sua habilidade em cantar ao extremo e realmente é o
vocalista de punk metal original. Sua voz inconfundível e seus gritos tornam
este disco como um registro permanente de suas características e as gravações
que temos privilégios de ter acesso hoje pela internet, demonstram claramente
que o real começo da banda fora do estúdio, em shows, que aos poucos foram
surgindo por ai, dessa época. Mais uma vez, viva a internet!
- · O álbum abre com um instrumental, The Ides Of March. Killers também é o único álbum do Iron Maiden que contém duas faixas instrumentais, sendo a segunda a rápida Genghis Khan.
- · Wrathchild é a uma das músicas que se tornaram um clássico!
- · Killers é um titulo de música e álbum, e é a que mais se aproxima à postura e energia punk. Essa faixa já era conhecida dos fãs por ter sido o tema de um único lançamento (lado B), assim como o título que encerra o álbum, Drifter.
- · Na verdade, a maioria das faixas deste álbum foi composta há muito tempo por Steve Harris, principalmente antes do primeiro álbum. Steve é, além disso, quase o único compositor deste álbum, Paul Di'Anno sendo co-creditado apenas no título de mesmo nome.
- · Os títulos lançados em singles como Women in Uniform ( também o primeiro video clip da banda), Twilight Zone, Invasion, não entraram no disco.
·
- A capa que Riggs desenhou para o single Purgatory na verdade iria se revelar no álbum The Number Of The Beast. Quando Riggs apresentou o projeto para os membros da banda, foi rapidamente decidido que era bonito demais para adornar um single e foi reservado para ilustrar o próximo álbum. Como resultado, a capa do Purgatory é metade do rosto de Eddie misturado com o do diabo que será encontrado no ano seguinte na capa de The Number Of The Beast.
- · Killers finalmente seria bem recebido após muitos shows do grupo ao redor do mundo. A primeira longa turnê do Iron Maiden (seis meses) que será lembrada por um máximo de quatro faixas, o Maiden Japan (referindo-se ao Made In Japan do Deep Purple). Permanece até hoje o último testemunho (e o único oficial ao vivo) com Paul Di'Anno cantando. Este foi dispensado apenas no final da turnê.
- · A relativa baixa de vendas de Killers levou o grupo a se superar e a chegada do novo cantor, Bruce Dickinson, mudou significativamente o rumo da banda.
killers 1981
01
- The Ides Of March - 00:01
02
- Wrathchild - 01:47
03
- Murders In The Rue Morgue - 04:38
04
- Another Life - 08:54
05
- Genghis Khan - 12:17
06
- Innocent Exile - 15:19
07
- Killers - 19:09
08
- Prodigal Son - 24:09
09
- Purgatory - 30:18
10
- Twilight Zone - 33:36
Steve - baixo, Eddie, Adrian -Guitarra, Paul Di´Anno - vocal, Dave Murray - Guitarra, Clive Burr- bateria
A faixa "Killers" somente foi B-Side de Single em 1989 (Infinite Dreams)...
ResponderExcluir"Women in Uniform" nunca foi single de Killers, pois foi lançado em 1980...
Corrijam isto... Pega mal...
Completando: "Killers" foi lançada oficialmente antes do album via o video "Live at the Rainbow", com outra letra...
Excluir