ANIVERSÁRIO DE 10 ANOS!
Lançamento: 16/08/2010
Certo dia estava pensando, porque eu tinha um certo “preconceito”
com o álbum The Final Frontier do Iron Maiden lançado em 2010. Mas podia ser um
monte de coisas. Esses primeiros anos que iniciaram essa década foram épocas difíceis
na minha vida pessoal e eu estava tão azeda e no fundo do poço que era incapaz
de aceitar ouvi-los em pleno auge de lançamento. Maiden sempre fora para mim, toda força e
alegria, mas só depois de me erguer, que resolvi ouvi-lo algum tempo depois.
Mas porque
não aceitar ou entender "The Final Frontier", já que até aquele momento, com exceção de
algumas músicas da era Blaze, todos os álbuns tinham me encantado?
Podia ser
porque o estilo já havia me deixado conformado em AMOLAD (A Matter of life and Death) acreditando ser uma
extensão apenas, ou até mesmo porque a voz de BRUCE já era diferente demais e
mais um monte de desculpas esfarrapadas.
Foi então que eu enfrentei todos esses bloqueios e resolvi
abraçar TFF (The Final Frontier) e ouvi-lo com toda coragem de quem precisava aceitar um Iron Maiden
moderno e contemporâneo, mas que nunca havia perdido seu tradicionalismo. Eu precisava conhecer, entender e criticá-lo que seja, mas com um olhar bem mais amplo. Botei
os fones de ouvido e deixei rolar. Passaram-se alguns anos e eu me recordo que de cara me apaixonei por Coming Home, uma
letra e uma melodia que me levava para “casa” e começava a fazer parte de mim
outra vez...
Mas vamos voltar ao inicio do CD, Satellite 15 – The Final
Frontier abre muito bem este álbum que conversa bem com seu antecessor no quesito dos triunfos dos combatentes de guerra para apresentar um novo tipo de
soldado: Aquele que finalmente acorda do pesadelo.
Teria a temática desse álbum
se intencionado a abordar o que é o fim da batalha para um combatente? Será
mesmo o fim de uma jornada de terror para um soldado ou inicio de outra consigo
mesmo? O que fica na culpa daqueles que são atingidos por nossos erros e
acertos? O que é que fizemos na guerra do dia a dia que nos traga paz, ou o que
traga culpa e arrependimento? Estariam eles falando de si mesmo?
Afinal existe uma linha fina entre a personalidade
da banda e os seus temas abordados!
Pode se dizer que esse álbum era uma espécie de preparação aos fãs para um possível desgaste da banda, trazendo até a
possibilidade de um fim, que ainda bem não chegou a acontecer. Depois dos insistentes temas de guerras e batalhas do antigo trabalho de 4 anos antes; The Final
Frontier apresentou um Iron Maiden "intergalático" que não está cansado e cinquentão com carga demais na
vida. O próprio simbolismo do Eddie no espaço é algo assim como "chegar no topo". Por que não?
Não é atoa que as letras falam de temas adultos demais, como
arrependimento, o reencontro com si mesmo, o resultado do “orgulho”, e todo
aquele sentido estranho de por exemplo; vencer uma batalha derrotando o outro
(as vezes de forma vil) e voltar para casa , dando de cara consigo mesmo, sua família
e porque não: Sua idade avançada e sua fragilidade. Tudo isso em incriveis e enormes acordes de metal progressivo; uma cauda que se estende desde Brave New World.
Mas eis que o produtor Rod se viu diante de uma grande
projeção de seu trabalho e de seus músicos favoritos e o single EL DORADO é
aclamado pela crítica ganhando até um Grammy. Os rapazes estão proibidos de
parar e dentro da turnê do The Final Frontier, (que veio ao BRASIL), eis que surge Em VIVO! Enlouquecendo milhares
de latinos no Estádio Nacional do Chile em 2011, com lançamento do DVD no ano
seguinte.
É ...não tem jeito. Pode não ter sido os melhores anos da minha vida,
mas deles era um dos mais surpreendentes e eles cresciam cada vez mais para os jovens e se perpetuavam
para os antigos.
No auge da sua maturidade e de uma suposta “aposentadoria”
a obrigação de prosseguir se tornava latente e até hoje
com a graça de Deus e o que quer que seja, eles lançaram anos depois o The Book of Souls
e nossa paixão, nossa vontade de não acordar deste sonho quer se prolongar
enquanto houver longevidade, sentido, coragem e fãs!
Conheça as 7 curiosidades deste álbum:
1- O álbum teve um enorme sucesso de vendas em vários países superando vários discos da carreira, alcançou números expressivos no Brasil e no Exterior, em épocas em que se existem streamings, downloads e similares.
2-O Eddie futurista e guerreiro da capa foi feito pelo ilustrador: Melvyn Grant, também responsável pelas capas de Fear of The Dark, Virtual XI.
3- Na canção "Coming Home" é citado o termo "To Albion´s land..."
Albion era o nome dado pelo Romanos antigos à INGLATERRA. Reforçando o nacionalismo dos caras...mas expressão veio a partir de um escritor que citava essa, a terra onde se diz uma coisa, e se faz outra.
4-Na canção "The Alchemist" é citado o verso " Know me, the Magus I am Dr. Dee and this is my house" - Dr Dee ou John Dee era uma éspecie de Leonardo Da Vinci inglês, um jovem intelectual com multiplas formações mas que se dedicou a ciência e MAGIA.
5- Em "Isle of Avalon" é conhecido por muitos em literatura e cinema que a chamada ilha sagrada (e mágica) de Avalon, onde houve a lenda do Rei Arthur e a espada Excalibur, a passagem de José de Arimatéia e o local onde supostamente estariam reliquias da igreja como Santo Graal.
6- Já em " Starblind" consta o termo "Leaving damacles still hanging ...over all their promised trust" Damacles é uma expressão mais conhecida por nós como "por um fio". Leia essa incrivel história completa AQUI
7- A " When the wild wind blows" que é a canção mais longa do disco, é a único com composição exclusiva atribuída ao Big Boss, Steve Harris.
Parabéns pelo reconhecimento após sete anos; quando foi lançado, TFF e alguns começaram a jogar pedras,postei em algum comentário que era birra de fã mal acostumado e que logo veríamos que tínhamos mais um clássico para nos orgulhamos. Bingo! Espero todos os fãs tenham chegado a essa conluioso, porque eu me apaixonei de cara!
ResponderExcluirObrigada Miriam. Sim há bastante rejeiçao para quem não se aprofunda e não percebe a riqueza da evolução da banda com este álbum. Grata pelo seu comentário! abraços
ExcluirMuito bom . 😉
ResponderExcluirCurti demais este álbum quando foi lançado. Sempre o ouço para relembrar o quanto 2010 foi um ano bom para mim. Maiden na vida da gente é assim: se estamos contentes, faz parte disso como celebração; se estamos entristecidos com alguma situação ou várias, as músicas da banda nos auxiliam.
ResponderExcluirUp The Iron's!
Curti demais este álbum quando foi lançado. Sempre o ouço para relembrar o quanto 2010 foi um ano bom para mim. Maiden na vida da gente é assim: se estamos contentes, faz parte disso como celebração; se estamos entristecidos com alguma situação ou várias, as músicas da banda nos auxiliam.
ResponderExcluirUp The Iron's!