Iron Maiden: Análise de "Wasted Years".


Por: Gabriele Moura para o portal Roadie Metal.

“Wasted Years” é a segunda faixa do álbum “Somewhere In Time”, lançado em 1986 pelo Iron Maiden. Hoje em dia o trabalho é um grande clássico pelo caráter experimental e ampla utilização de guitarras e contrabaixo sintetizadores e, certamente, “Wasted Years” é uma das músicas mais populares dos britânicos.

A faixa inicia: “Desde a costa do ouro, através dos sete mares; eu estou viajando, bem longe; mas agora parece que sou um estranho para mim mesmo; e todas as coisas que algumas vezes fiz; não era eu, mas outro alguém”. Ele está em uma viagem, mas durante o percurso ele perdeu sua identidade, não se reconhece mais, não reconhece os próprios atos.

“Eu fecho meus olhos e lembro-me de casa; outra cidade se passa na noite; não é engraçado?; você nunca sente falta até perder; e meu coração está lá e ficará até o dia em que eu morrer”. Neste momento da canção, ele sente falta do que deixou para trás, mesmo sabendo que sua essência sempre ali permanecerá, pois é onde mora seu coração e isso é o mais importante. Também aborda um grande clichê, “você nunca sente falta até perder”. Mesmo sendo clichê, essa pequena frase expressa à realidade, pois os seres humanos têm o péssimo hábito de dar valor às coisas somente quando as perdem.

E chega ao refrão: “Então entenda; não perca seu tempo sempre procurando pelos seus anos perdidos; encare… resista; e entenda que você vive nos anos dourados”. Mesmo sentindo falta do que deixou, ele sabe que é perda de tempo ficar lamentando, porque o tempo não volta. Devemos superar e aprender a conviver com nosso passado, e claro, aproveitar o presente para que não nos arrependamos depois.

A penúltima estrofe deixa mais clara a razão do sofrimento do rapaz: “Tempo demais em minhas mãos; eu te tenho em minha mente; não consigo aliviar esta dor tão facilmente; quando você não consegue achar as palavras para dizer, é difícil atravessar um novo dia; e isso me faz querer chorar e erguer minhas mãos para o céu”. Ele sente falta de uma paixão que ficou no passado. Sente muita falta dela e não sabe transformar essa dor em palavras, por isso chora e pede para ela voltar, mas no fundo sabe que não adiantará, pois o tempo não volta e o que resta a ele agora é aceitar isso e tocar a vida, viver os anos dourados que ainda nem sabe que são dourados!





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