Iron Maiden, mais que uma banda.
Texto por: David Sabaté
Reconheço que, por motivos geracionais, entrei tarde no universo de Iron Maiden. Não foi tarde para mim, já que contava com apenas nove anos, embora fiz mediante ao ultimo de seus grandes álbuns ou clássicos sempre vivos: Seventh Son of A Seventh Son. Anteriormente tinha escutado Somewhere in Time e The Number of the Beast, sim, mas foi uma escuta rápida e me faltava elementos para que eu pudesse entendê-los e desfruta-los como se deve. Embora quando caiu em minhas mãos a fita cassete do álbum citado, tudo mudou.
Compre com desconto o novo álbum Senjutsu, em CD duplo e vinil triplo
As primeiras estrofes de Bruce Dickinson, com esses corte medieval, e o posterior crescendo a golpe de sintetizadores (era a primeira vez que eles utilizavam) abriram meus olhos ao um novo mundo. Neon Knights de Black Sabbath, em paralelo, e o Black Album do Metallica, dois anos depois, fariam o resto; mas a sensação da primeira vez com Iron Maiden ficou gravada em minha memoria de uma forma especial.
Desde então, meus gostos musicais foram crescendo e ampliando-se, claro, mas de uma forma ou outra, Iron Maiden sempre voltam; como acabam de fazer com The Book of Souls. Ou melhor, dizendo, sempre estiveram ali e nunca falharam. São como aquele reduto reconfortante que ao voltar quando as coisas vão mal; aquele exemplo de integridade que você lembra-se das coisas frequentemente é como são mais além dos altos e baixos e caprichos do entorno (chame mercado, moda ou duvidosos lideres de opinião)
Deixando de lado a experiência subjetiva e pessoal, a trajetória do Iron Maiden impõe respeito, não só pelas cifras e os rankings, que também existem. Para colocar só um exemplo, The Number of the Beast (1982) foi considerado o melhor disco britânico dos últimos 60 anos, passado a obra dos Beatles e de Pink Floyd, como publica este artículo de Iron Maiden na NME. Enquanto que este outro vicio, muito mais livre. (em sua linha), completamente a perfeição de meus argumentos.
Em qualquer caso, escutem, mais além da nostalgia adolescente do descobrimento e da épica aderida ao ADN de grande parte de suas musicas, supõe uma estimulante, entretida e gratificante experiência musical. As composições do Iron Maiden, desde o nervo de reminiscente punk de suas origens junto a Paul di Anno até as variações prog de seus últimos álbuns, escorrendo imaginação, frescor e qualidade compositiva reconhecida por qualquer companheiro de profissão.
De fato, são responsáveis do mais desenvolvimento do gênero, junto ao Judas Priest, perpetrado sob os cruciais New Wave of British Heavy Metal.
“Iron Maiden são responsáveis do maior desenvolvimento do gênero, junto a Judas Priest”
O livro El sonido de la bestia. A historia do heavy metal, de Ian Christe, descreve o momento assim: “Enquanto AC/CD e Black Sabbath seguiam sendo primitivos, obscuros e brilhantes, Def Leppard, Iron Maiden e Judas Priest converteram as harmonias de guitarra gêmeas em uma ciência aeroespacial, criando um vocabulário novo e gigantesco para o gênero”[1].
Isso não seria possível se houvessem sucumbido às pressões iniciais da indústria. “A primeira versão do Maiden tinha sido oferecido um contrato de gravação em 1976 se aceitou ‘voltar ao punk”, mas Harris e companhia mantiveram-se firmes, promovendo sem cessar sua própria carreira até que a indústria viu-se obrigada a prestar atenção “[2]. Um grande exemplo de integridade e perseverança.
Mesmo Chuck Klosterman, com seu discurso frequentemente de volta ao redor de tudo, reconhece entretenimento e interessante ensaio Fargo Rock City que, em seu momento, “Iron Maiden pareciam mais acreditáveis que a maioria de seus concorrentes coetâneos” e que “o grupo foi capaz de extrair um tremendo quilometragem a sua iconografia única” [3].
Tais declarações nos fazem lembrar que, se não fosse suficiente com as musicas, Iron Maiden são algo mais que musica. Iron Maiden são seus diretos espetaculares, únicos e teatrais no melhor e mais artesanal dos sentidos; seu mascote Eddie, vista com infinidade de formas e mutações em pôster, capas e merchandising; e são, com certeza, seus fieis e apaixonados seguidores, de veteranos aposentados com brilho em seus olhos adolescente com guitarra na costa ou pais de meia idade com seus filhos nos ombros vestindo orgulhosamente um boné ou camiseta da banda.
Em relação a suas capas, “Chuck D“, fundador do grupo de rap Public Enemy, de logotipo, capas e camisetas igualmente ícones, reconhece: “Toda essa ideia de álbum conceituais de Public Enemy na realidade começou a partir daquele produtor Hank Shocklee e eu ficamos assombrados pelo fato de que grupos como Iron Maiden poderiam implantar uma serie de conceitos nas capas de seus álbuns” [4].
Enquanto a gestação do popular Eddie, seu criador, Derek Riggs, lembra: “Desenhei cerca de um ano e meio antes de conhecer o Iron Maiden, durante o movimento do punk inglês nos finais dos anos setenta e princípios dos oitentas. Estava experimentando com a ideia de acrescentar simbolismo às imagens. Pensava na filosofia da época e na ideia de que a sociedade estava arruinando a juventude. Peguei essa ideia da juventude arruinada e encarnei no Eddie” Desenhado, a principio, para a capa de um álbum punk, o primeiro Eddie tinha o cabelo curto, laranja e arrepiado. “A banda me pediu que eu colocasse mais cabelo para que combinasse um pouco mais com a cena do heavy metal” [5], acrescenta Riggs.
Para conhecer mais opiniões qualificadas sobre a banda, recomendo ler este artigo sobre Iron Maiden do blog musical Tremors, publicado com motivo da ultima da Dama de Ferro a Barcelona, em maio de 2014; uma recopilação de opiniões e impressões sobre o grupo e o que representa para muitos de seus fãs, encabeçada pelo comentário de um servidor.
Tudo isso, nos últimos anos, figuras populares de toda qualidade e aparentemente a anos luz dos britânicos tem aparecido publicamente usando camisetas do Iron Maiden. Entre elas destaca o caso de Lady Gaga: declarada admiradora do heavy metal e elogiada pelo padrinho do shock rock Alice Cooper, seu caso parece algo distinto aos de Miley Cyrus ou Justin Bieber. De fato, em seu álbum Born This Way (2011) se entrevem influencias do hard rock y o AOR dos oitentas, e a diva do pop apareceu inúmeras vezes em fotos junto com seus ídolos do gênero.
“Se o metal não provoca em você essa esmagadora sensação de poder e não faz com seus pelos na nuca se arrepiem, talvez, nunca saberá”
Em outro extremo do espectro social, por alusões, não podemos esquecer-nos de todos aqueles que ainda hoje continuam proferindo autenticas aberrações sobre esta e outras bandas afins. (fruto de uma evidente e preconceituosa incultura musical); afirmações frequentes sustentadas por status míope acompanhado e pretendidamente por certa parte da imprensa musical.
Para eles parecem especialmente dedicada à frase com a que o sociólogo Sam ´Dunn encerra seu premiado documentário Metal: A Headbanger’s Journey: “Desde que tinha doze anos, tive que defender meu amor pelo heavy Metal contra quem os qualificaram de forma de musica ‘barata’. Minha resposta agora é que você sente ou não. Se o metal não provoca em você essa esmagadora sensação de poder e não faz com seus pelos na nuca se arrepiem, talvez, nunca saberá. Sabe o que é? Isso está bom. Porque, ao julgar pelos 40.000 metaleiros que me cercam, estamos bastante bem sem você”
Podemos acrescentar três palavras: Up The Irons!!!
Texto: David Sabaté (Cedido de su blog http://goliathisdead.com)
CD DUPLO - https://amzn.to/3Hpoxsj
VINIL TRIPLO - https://amzn.to/3chFXc8
As primeiras estrofes de Bruce Dickinson, com esses corte medieval, e o posterior crescendo a golpe de sintetizadores (era a primeira vez que eles utilizavam) abriram meus olhos ao um novo mundo. Neon Knights de Black Sabbath, em paralelo, e o Black Album do Metallica, dois anos depois, fariam o resto; mas a sensação da primeira vez com Iron Maiden ficou gravada em minha memoria de uma forma especial.
Desde então, meus gostos musicais foram crescendo e ampliando-se, claro, mas de uma forma ou outra, Iron Maiden sempre voltam; como acabam de fazer com The Book of Souls. Ou melhor, dizendo, sempre estiveram ali e nunca falharam. São como aquele reduto reconfortante que ao voltar quando as coisas vão mal; aquele exemplo de integridade que você lembra-se das coisas frequentemente é como são mais além dos altos e baixos e caprichos do entorno (chame mercado, moda ou duvidosos lideres de opinião)
Deixando de lado a experiência subjetiva e pessoal, a trajetória do Iron Maiden impõe respeito, não só pelas cifras e os rankings, que também existem. Para colocar só um exemplo, The Number of the Beast (1982) foi considerado o melhor disco britânico dos últimos 60 anos, passado a obra dos Beatles e de Pink Floyd, como publica este artículo de Iron Maiden na NME. Enquanto que este outro vicio, muito mais livre. (em sua linha), completamente a perfeição de meus argumentos.
Em qualquer caso, escutem, mais além da nostalgia adolescente do descobrimento e da épica aderida ao ADN de grande parte de suas musicas, supõe uma estimulante, entretida e gratificante experiência musical. As composições do Iron Maiden, desde o nervo de reminiscente punk de suas origens junto a Paul di Anno até as variações prog de seus últimos álbuns, escorrendo imaginação, frescor e qualidade compositiva reconhecida por qualquer companheiro de profissão.
De fato, são responsáveis do mais desenvolvimento do gênero, junto ao Judas Priest, perpetrado sob os cruciais New Wave of British Heavy Metal.
“Iron Maiden são responsáveis do maior desenvolvimento do gênero, junto a Judas Priest”
O livro El sonido de la bestia. A historia do heavy metal, de Ian Christe, descreve o momento assim: “Enquanto AC/CD e Black Sabbath seguiam sendo primitivos, obscuros e brilhantes, Def Leppard, Iron Maiden e Judas Priest converteram as harmonias de guitarra gêmeas em uma ciência aeroespacial, criando um vocabulário novo e gigantesco para o gênero”[1].
Isso não seria possível se houvessem sucumbido às pressões iniciais da indústria. “A primeira versão do Maiden tinha sido oferecido um contrato de gravação em 1976 se aceitou ‘voltar ao punk”, mas Harris e companhia mantiveram-se firmes, promovendo sem cessar sua própria carreira até que a indústria viu-se obrigada a prestar atenção “[2]. Um grande exemplo de integridade e perseverança.
Mesmo Chuck Klosterman, com seu discurso frequentemente de volta ao redor de tudo, reconhece entretenimento e interessante ensaio Fargo Rock City que, em seu momento, “Iron Maiden pareciam mais acreditáveis que a maioria de seus concorrentes coetâneos” e que “o grupo foi capaz de extrair um tremendo quilometragem a sua iconografia única” [3].
Tais declarações nos fazem lembrar que, se não fosse suficiente com as musicas, Iron Maiden são algo mais que musica. Iron Maiden são seus diretos espetaculares, únicos e teatrais no melhor e mais artesanal dos sentidos; seu mascote Eddie, vista com infinidade de formas e mutações em pôster, capas e merchandising; e são, com certeza, seus fieis e apaixonados seguidores, de veteranos aposentados com brilho em seus olhos adolescente com guitarra na costa ou pais de meia idade com seus filhos nos ombros vestindo orgulhosamente um boné ou camiseta da banda.
Em relação a suas capas, “Chuck D“, fundador do grupo de rap Public Enemy, de logotipo, capas e camisetas igualmente ícones, reconhece: “Toda essa ideia de álbum conceituais de Public Enemy na realidade começou a partir daquele produtor Hank Shocklee e eu ficamos assombrados pelo fato de que grupos como Iron Maiden poderiam implantar uma serie de conceitos nas capas de seus álbuns” [4].
Enquanto a gestação do popular Eddie, seu criador, Derek Riggs, lembra: “Desenhei cerca de um ano e meio antes de conhecer o Iron Maiden, durante o movimento do punk inglês nos finais dos anos setenta e princípios dos oitentas. Estava experimentando com a ideia de acrescentar simbolismo às imagens. Pensava na filosofia da época e na ideia de que a sociedade estava arruinando a juventude. Peguei essa ideia da juventude arruinada e encarnei no Eddie” Desenhado, a principio, para a capa de um álbum punk, o primeiro Eddie tinha o cabelo curto, laranja e arrepiado. “A banda me pediu que eu colocasse mais cabelo para que combinasse um pouco mais com a cena do heavy metal” [5], acrescenta Riggs.
Para conhecer mais opiniões qualificadas sobre a banda, recomendo ler este artigo sobre Iron Maiden do blog musical Tremors, publicado com motivo da ultima da Dama de Ferro a Barcelona, em maio de 2014; uma recopilação de opiniões e impressões sobre o grupo e o que representa para muitos de seus fãs, encabeçada pelo comentário de um servidor.
Tudo isso, nos últimos anos, figuras populares de toda qualidade e aparentemente a anos luz dos britânicos tem aparecido publicamente usando camisetas do Iron Maiden. Entre elas destaca o caso de Lady Gaga: declarada admiradora do heavy metal e elogiada pelo padrinho do shock rock Alice Cooper, seu caso parece algo distinto aos de Miley Cyrus ou Justin Bieber. De fato, em seu álbum Born This Way (2011) se entrevem influencias do hard rock y o AOR dos oitentas, e a diva do pop apareceu inúmeras vezes em fotos junto com seus ídolos do gênero.
“Se o metal não provoca em você essa esmagadora sensação de poder e não faz com seus pelos na nuca se arrepiem, talvez, nunca saberá”
Em outro extremo do espectro social, por alusões, não podemos esquecer-nos de todos aqueles que ainda hoje continuam proferindo autenticas aberrações sobre esta e outras bandas afins. (fruto de uma evidente e preconceituosa incultura musical); afirmações frequentes sustentadas por status míope acompanhado e pretendidamente por certa parte da imprensa musical.
Para eles parecem especialmente dedicada à frase com a que o sociólogo Sam ´Dunn encerra seu premiado documentário Metal: A Headbanger’s Journey: “Desde que tinha doze anos, tive que defender meu amor pelo heavy Metal contra quem os qualificaram de forma de musica ‘barata’. Minha resposta agora é que você sente ou não. Se o metal não provoca em você essa esmagadora sensação de poder e não faz com seus pelos na nuca se arrepiem, talvez, nunca saberá. Sabe o que é? Isso está bom. Porque, ao julgar pelos 40.000 metaleiros que me cercam, estamos bastante bem sem você”
Podemos acrescentar três palavras: Up The Irons!!!
Texto: David Sabaté (Cedido de su blog http://goliathisdead.com)
Texto excepcional!!! Parabéns
ResponderExcluir