Jason Saulnier conduziu, em 27 de fevereiro de 2015, esta entrevista com Barry Purkis, também conhecido como Thunderstick, baterista que ficou conhecido com seu trabalho no SAMSON, mas que também tocou no IRON MAIDEN.
Tradução: Adriano Ribeiro para o Whiplash
Fonte: MUSIC LEGENDS INTERVIEWSTradução: Adriano Ribeiro para o Whiplash
Jason Saulnier: O que há de novo no mundo de Barry Purkis?
Barry Purkis: Obrigado por perguntar. "Diversidade" seria a palavra que melhor resume a minha vida atual. Eu estou envolvido em uma série de projetos locais com artistas jovens, uma das quais eu tenho orgulho de dizer que é a minha filha, a quem eu acompanho com interesse enquanto ela se desenvolve musicalmente. Eu estou envolvido com um estúdio local e também com criação de design para baterias. As minhas sessões para várias bandas, algumas das quais eu não posso falar no momento, pois ainda não anunciaram o meu envolvimento. Também estou remasterizando um álbum que nunca foi lançado, para lança-lo no final deste ano. Recentemente, estive em contato com um dos antigos guitarristas (da banda) Thunderstick, com vista a trabalharmos juntos novamente.
Jason Saulnier: Como foi a sensação de se reunir com os seus ex companheiros do Iron Maiden?
Barry Purkis: Para todos nós, estar no mesmo local após 37/38 anos foi intenso e emocionante e senti quase como se o tempo não tivesse passado. Experimentamos o prazer genuíno de nos encontrar e todos se mostraram interessados em cada uma de nossas carreiras. Tivemos muito sobre o que conversar e novas reuniões acontecerão.
Jason Saulnier: Você esteve na banda Samson, e alguns outros caras do Maiden também estiveram lá em momentos diferentes. Isso deve ter chamado a atenção dos fãs de Iron Maiden, que se interessaram em assistir aos shows e comprar os álbuns. Você se lembra de seus melhores momentos no palco com a banda?
Barry Purkis: O Samson e o Iron Maiden tiveram três integrantes em comum: eu, Clive e Bruce. Estou certo de que os fanáticos por Iron Maiden estão cientes de todas as histórias de interação entre as duas bandas. Então, sim, eu diria que as duas bandas se beneficiaram por associação. Quanto a saber se a atual formação do Iron Maiden concordaria... quem sabe?
Quanto aos melhores momentos no palco, são muitas as minhas performances favoritas com o Samson para mencionar. Houve momentos em que o teto da gaiola onde ficava minha bateria era puxado para baixo e eu simplesmente desaparecia no vazio, enquanto o resto da banda olhava com descrença! Ou quando a gaiola era puxada para cima do Paul Samson, ou quase mutilando a frente da platéia com quantidades inacreditavelmente grandes de material pirotécnico, ou... ou ... ou... zzzzzzzzz! Musicalmente, porém, todos os shows foram memoráveis!
Jason Saulnier: De onde surgiu a ideia da máscara? Deve ter sido difícil respirar enquanto tocava bateria, não?
Barry Purkis: Nos primeiros dias eu usava uma máscara de látex/borracha e, sim, era difícil de respirar! A idéia surgiu porque eu senti que a maioria dos bateristas eram um pouco sem rosto. É claro que haviam as exceções, como o adorável Keith Moon, mas esta foi uma época em que não havia MTV, DVDs, mídias sociais, etc. O máximo que um fã poderia querer seria um poster de seus artistas favoritos. Então por isso eu criei o baterista sem rosto perfeito. Neste momento, devo acrescentar, o Slipknot ainda frequentava o ensino fundamental.
Jason Saulnier: Quando você ia ao estúdio para as primeiras gravações com o Samson, você se lembra de todas as técnicas especiais que usou para gravar a bateria?
Barry Purkis: Eu sou um amante confesso do analógico, embora vivemos em uma era totalmente digital. Acredito que, com toda essa tecnologia em nossas mãos, ainda existem certos elementos de gravação analógica que não podem ser reproduzidos. Um exemplo de um "truque" analógico que utilizei foi para tornar o som da caixa mais encorpado.
Jason Saulnier: Na sua opinião, qual álbum seria essencial para alguém que ficasse em uma ilha deserta?
Barry Purkis: Esta é uma questão difícil de responder. Todo mundo escolheria algo que tem especial importância para si ou para sua própria vida. Assim, portanto, a minha escolha seria "Young and Rich", do The Tubes.
Jason Saulnier: Qual é a inspiração mais estranha que você já teve uma música?
Barry Purkis: Uma música da banda Thunderstick chamada "You Get Me in Pieces", que foi escrita a partir da perspectiva de uma das vítimas de Jack, o Estripador, como um lamento apaixonado... Um "50 Tons de Cinza" daquele tempo!
Jason Saulnier: Você apareceu em um grande número de álbuns ao longo dos anos. Quais são suas realizações que mais lhe dão orgulho?
Barry Purkis: Talvez não uma realização, mas eu acho que um dos meus momentos de maior orgulho foi quando, durante um intervalo dos ensaios da banda em um estúdio, um cara veio e perguntou quem era o baterista. Eu o reconheci- ele elogiou minha bateria e disse que a minha banda era ótima. A pessoa que fez a pergunta? Terry Bozzio! Engula essa!!
Barry Purkis é o ultimo da esq. para a direita.