[ESPAÇO DO LEITOR] - Iron Maiden – Paixão ou Loucura

Iron Maiden – Paixão ou Loucura

Por Eron Alves

Como eu já ouvi há algum tempo atrás, ninguém precisa de um livro de autoajuda, apenas ouvir Heavy Metal, e garanto por conhecimento de causa, que realmente tudo que os tais livros dizem ou querem dizer, uma boa banda Heavy poderá te dizer melhor e mais ao fundo dos sentimentos.
A Banda que sempre me ajudou nas minhas horas mais difíceis foi o Iron Maiden, eu conheci a banda em 2006 e desde então não me lembro de um só problema, ou alegria que não tenha sido compartilhada com os acordes do Maiden.

Meus amigos, é uma grande loucura se pensarmos que uma banda começou no final dos anos de 1970, atravessou os anos 1980 gloriosamente, quase acabou nos anos 1990 e chega ao Bravo Novo Mundo aos 2000 e ainda hoje quase 40 anos de estrada, e ainda é uma banda que se renova e, ao mesmo tempo mantém suas raízes.

Com as imagens da Somewhere Back in the Time Tour, ainda frescas em minha memória, posso garantir com toda a certeza, que duvido que uma banda tenha uma história tão fantástica e seja tão completa como o Maiden.



Com um vocalista frenético, que faz tudo ao mesmo tempo, que é bem sucedido em todas as suas novas empreitadas, com um baterista irreverentemente inteligente e habilidoso com as baquetas, com três tenores nas guitarras, que traduzem o que a mente efervescente, inteligentemente hábil com as palavras em traduzir filmes, historias, sonhos em relatórios musicais e muito bem construídos de Steve Harris, o Maiden acaba sendo muito mais do que uma banda, ela acaba sendo um marco em toda historia do Rock n’ Roll.

Muitos acreditam que os Beatles são a gênese do Rock n’ Roll, com seus cabelinhos tigela, influenciaram o mundo do rock, assim bandas contemporâneas como o The Who ou Bee Gees, apesarem de serem talentosos ao seu estilo, todas as imagens daquela época remetem ao estilo da Beatlemania.
Se os Beatles são a gênese, o Iron sem duvidas é a excelência, a banda que é assessorada pelo brilhante Rod Smallwood, fez com que a banda aliada com a mente brilhante dos envolvidos com o projeto, saíssem da pequena ilha da Inglaterra para ter êxito mundial.

Durante algum tempo eu analisei a história do Maiden, e todas as coisas de que ela é feita, ou seja, dos músicos e das pessoas que são efetivamente envolvidas com eles, além das pessoas que trabalham com a banda, o que a efetiva como dona de uma carreira gloriosa, os fãs.
No Flight 666 - The Film, além desta relação pessoal com a equipe técnica, o Maiden mostra o seu lado mais humano, melhor dizendo, seu lado fora dos palcos ou estúdios, mostra um pouco mais do que não estamos acostumados a ver com os integrantes.



Quem geralmente vemos fora dos palcos, é sempre o Nicko ou o Bruce, cada um com sua desenvoltura diante a mídia, Nicko sempre bem humorado e carismático, e Bruce pela sua capacidade de fascinar as pessoas com a maneira de falar e com suas críticas por vezes sarcásticas.

Menos comum, Dave Murray e Adrian Smith falar com as mídias, por vezes declarações rápidas ou em ocasiões muito especiais, mas raro ainda ver Janick Gers ou o famigerado patrão Steve Harris vir a publico dar declarações ou manifestações sobre alguma apresentação ou situação.
De fato o Iron Maiden, é sem duvidas uma banda que fala através das músicas, o que  Harris tem a dizer é feito através das suas linhas, tanto do baixo quanto de suas letras.

Digo a vocês caros amigos, é extremamente estranho ver que seus ídolos são como a  maioria dos mortais, sentem cansaço, angústias, desprazeres, riem, se embebedam, pegam resfriados, perdem  a voz, sentem amores, constituem uma prole, enfim vivem como a maioria de nós, mas é mais estranho ainda, que eles apesar de serem iguais a nós biologicamente, eles se diferem da maioria dos mortais pelo legado.

Um homem só alcançará a eternidade quando fizer algo para manter sua memória viva, e com maestria o Iron o fez com todos os seus integrantes da Prowler à When the Wild Wind Blows.

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