Já uncle Paul 'Porca Madona' entrou no palco com sangue naqueles olhos azuis de inglês doido. Pra sorte do público contemplativo e comportado, o velho estava acompanhado pelo capeta.
Antes de entrar em ação, Paul seguiu o ritual costumeiro: falou bobagem no camarim, tomou algumas doses de Jack Daniels, bebericou cerveja e comeu quibe. Ouquei, show time!
O caminho até o palco incluía um lance íngreme e relativamente extenso de escadas.
Confiante, o tiozão subiu sem reclamar muito - e olha que o homem está sempre resmungando. E ele até teria razão em praguejar: precisou de esforço para superar o problema no joelho direito, estourado por um tiro da polícia nos EUA.
Com o cronograma atrasado em mais de uma hora, o ex-Iron Maiden revisitou os dois discos que gravou com o antigo conjunto e deu uma pincelada em seus outros projetos musicais.
Apesar de reclamar, antes da apresentação, que estava com a voz zoada, Paul fez sua melhor performance nesta primeira parte da tour.
Mandando uma brasa forte nos agudos e até arriscando passagens mais graves, The Beast cantou com alma clássicos da Donzela. ''Purgatory', 'Prowler', 'Wrathchild', 'Phantom of the Opera' 'Killers' e 'Rumning Free' foram alguns. Ele também homenageou Clive Burr em 'Remember Tomorrow', dedicou 'Children of Madness' aos fãs e xingou praticamente toda a família de alguém que se atreveu a pedir por 'The Trooper'.
De volta ao backstage, não abriu mão do tradicional momento reservado para recuperar as energias. Em seguida, como sempre faz, tirou foto e autografou itens de seus admiradores.
Antes de regressar ao hotel, Di'Anno pegou um quibe do camarim para jantar no quarto. E foi-se mais uma noite da nem tão glamourosa vida de um rockstar esquecido pelo mainstream.