IRON MAIDEN: A relação com o Futebol


Quando o assunto é futebol & rock´n roll o Iron Maiden tem destaque garantido. Fanáticos por futebol, seus integrantes não só torcem pela sua seleção e times locais, como também praticam o esporte sempre que podem. (Além de vender as já conhecidas e disputadíssimas camisetas de futebol da banda no site oficial)
O exemplo clássico é o baixista Steve Harris, que é conhecido no mundo da música como um dos melhores baixistas de heavy metal da história, porém, o que nem todos sabem é que ele tem grandes habilidades com os membros inferiores também, os pés!
Steve sempre foi uma figura ligada ao futebol. Desde criança ele já demonstrava um grande interesse pelo esporte mais popular do mundo. Tinha como ídolos craques da grande geração campeã inglesa como George Best, Bobby Moore e Geoff Hurst, mas sua paixão maior era (e é) pelo time do East End, bairro onde nasceu, chamado West Ham United.
O “Hammers”, como é freqüentemente chamado o time, é pouco conhecido internacionalmente e com certa freqüência aparece jogando a segunda divisão da liga inglesa, mas revelou grandes craques que foram campeões em 1966 pela Inglaterra. O time também é conhecido em função do filme Hooligans lançado em 2005, e que conta com Elijah Wood (o Frodo de Senhor dos Anéis) em seu elenco.
Durante a década de 70 o baixista do Iron Maiden não só cantava “I'm forever blowing bubbles” (música clássica da torcida dos hammers) como também se dedicava a treinar para a peneira do West Ham.
Steve treinava tanto que chegava a brincar sozinho caso não houvesse ninguém para treinar consigo, até latinhas velhas serviam de bola para ele. Certa vez quando tinha nove anos e um colega o levou para ver uma partida do West Ham no seu estádio. Steve lembra desta ocasião na biografia oficial da banda: “Você podia ir de ônibus até lá. E lá fomos nós, por nossa própria conta - sem adultos – e então o vimos bater o Newcastle por 4 a 3. E foi então que aconteceu, fiquei louco, um fã completo dos Hammers! Meu pai e meu avô eram torcedores do Leyton Orient (outro time local do East End) e eles não gostaram nem um pouco quando ficaram sabendo. Mas meu pai estava sempre fora de casa a trabalho e eles nunca realmente me levaram a um jogo, então é culpa deles eu virado fã do West Ham. Eu tinha a camisa oficial do time e tudo mais.”
Steve ainda não tinha a música em sua vida, e seus principais passa tempos eram os desenhos e as partidas de tênis, além do futebol, claro. Mas conforme os anos foram passando o futebol foi virando uma atividade mais séria e Steve entrava para o time da sua escola, Leyton High, e logo depois para um time amador chamado Beaumont Youth. “Eu jogava bem em qualquer posição, exceto meio de campo e goleiro. E isso apenas porque eu era muito baixo. Eu podia correr muito bem com a bola dominada. Nós tínhamos um bom time em Beaumont. Dos doze caras que jogavam no primeiro time sete ou oito viraram profissionais de vários clubes. Nós jogamos contra o Orient Youth uma vez e os derrotamos por 5 a 1! Meu pai e meu tio vieram ver a partida. Eu marquei dois dos gols e meu pai ficou muito contente. Foi nesse ponto que pensei na possibilidade de me tornar profissional.” – lembra Steve Harris.
De fato ele era muito bom com com a bola nos pés e poderia se tornar um profissional da bola e, quem sabe, até vencer uma Copa do Mundo. Suas habilidades eram tão boas que chamou a atenção de vários olheiros do East End. Um deles, Wally St. Pier, fez o convite mais aguardado de toda sua infância: treinar no time juvenil do West Ham. Ele lembra do fato narrando da seguinte maneira: “Eu tinha apenas 14 anos e não podia acreditar naquilo! O diretor do clube chegou até mim e me contou. Eu estava nas nuvens! Quando eu fui pela primeira vez ao West Ham eu estava me borrando todo, para ser honesto”.
Mas a vida de jogador não era fácil como muitos pensavam e logo Steve Harris caiu na real como ele mesmo lembra:
 “O ponto focal de ser um jogador profissional é que você tem que ser incrivelmente dedicado. É algo assim como se tornar um monge, e isso é muito difícil quando você tem apenas 14 ou 15 anos. Você está na idade em que todos os seus amigos começam a sair e se divertir e você sabe que você simplesmente não pode. Eu queria muito sair, encontrar com as meninas, tomar uns goles e me divertir com meu colegas. Eu estava treinando todos os dias da semana – duas vezes por semana no West Ham, uma vez pelo time da escola, então tinha os domingos. No único dia em que eu não estava treinando era época dos jogos da escola e isso também era futebol. E ainda por cima tinha três jogos todos os finais de semana. Era inacreditável, eu estava tão em forma que não dá para crer. Mas você não percebe isso na época”. Assim, Steve concluiu que precisaria escolher entre a dedicação total ao futebol ou partir para outra.
Steve foi da terra ao céu e voltou em pouco tempo, experimentou o gostinho do sucesso como jogador juvenil de seu time de coração, mas preferiu voltar a sua vida normal porque não se achava tão dedicado ao ponto de passar por tudo aquilo. A solução encontrada por ele foi abraçar de vez o mundo da música, e hoje, os fãs do Iron Maiden comemoram sua escolha como um golaço em final de campeonato.
Logo Steve começou a deixar o cabelo crescer, como era moda entre roqueiros da época. Não sem que tenha causado certos acidentes de percurso. “No futebol as pessoas costumavam me chamar Georgie Best por causa do meu cabelo ser tão longo. Mas isso não tinha nada a ver com George Best, era mais por causa do Chris Squire (baixista do Yes). Meu cabelo nunca tinha sido um problema até eu me juntar a um clube de tênis, quando eu tinha uns 16 anos. E na hora esse cara veio e me disse: ‘Oh, seu cabelo é um pouco cumprido, não é?’
E eu me virei e disse: ‘Olha, antes de começarmos, nem meu pai me diz para eu cortar o meu cabelo, então eu não tenho que dar satisfações a você.’
Ele me disse: ‘Bem, não é necessário ser desse jeito.’ E eu disse: ‘Bem, não fique me falando sobre o meu cabelo.’ Me levantei, fui embora e foi isso – eu não joguei tênis por um bom tempo depois disso. Eu não sei se coisa assim ia acontecer no futebol, com esse código de como se vestir que eles te impõe quando você assina um contrato profissional. Mas eu tinha essa coisa, naquele tempo, sobre não cortar o meu cabelo. Era apenas (uma questão de) princípio.” – relembra Steve.
Daí pra frente sua vida mudou, e como sabemos, ele fundou uma das maiores bandas do mundo, pela qual já lançou 13 discos, muitos deles de grande sucesso, e ainda se prepara para lançar mais um, após a Copa do Mundo este ano.Mas como o objetivo deste artigo não é falar sobre a carreira musical de Harris, mas sim de sua paixão pela bola, voltemos ao foco principal.
Mesmo depois de fundar o Iron Maiden, Steve Harris não abandonou seu fanatismo pelo futebol, pelo contrário, ele trouxe essa paixão para dentro da banda. Além de usar camisas de clubes de futebol no palco e carregar o escudo do West Ham em seu baixo, existem muitos outros fatos que ligam Steve Harris e o Iron Maiden ao futebol, como por exemplo, a música Weekend Warrior.
Esta música, lançada em 92 no álbum Fear Of The Dark, é uma pequena lembrança de como o futebol também pode ser cruel, e não só alegre. Sua letra fala a respeito dos torcedores brigões, que na Inglaterra são conhecidos como Hooligans.

Outro fato a se destacar é que a banda sempre que sai em turnê marca jogos de futebol por onde quer que esteja. Recentemente em uma visita a Noruega, Steve & cia jogaram contra um combinado de ex-jogadores profissionais noruegueses. Perderam! Mas isso é só um detalhe.
Desde o início de carreira, o Iron Maiden participa de jogos amistosos e até chegou a participar de um campeonato entre bandas, nos moldes do MTV Rock Gol.
A paixão de Steve Harris parece ultrapassar as fronteiras do baixo, e atinge outros instrumentos. Nicko McBrain, baterista, é um dos que entraram na onda do futebol. Incentivado por Steve e Janick (outro fanático) ele se juntou ao coro de torcedores do West Ham algumas vezes, e atualmente é figurinha freqüente nos jogos da Donzela.
Apesar de não ter a mesma empolgação que Steve e Janick, outros integrantes do Maiden também se aventuram nos gramados em jogos amistosos. É caso de Adrian Smith e Dave Murray, que preferem participar apenas pela brincadeira e admitem: são dois pernas-de-pau!
O time composto por membros e equipe técnica do Iron Maiden é tão famoso que até tem camisa personalizada, com direito a logotipo com a cara de Eddie e tudo mais.
As camisas de futebol da banda são vendidas no site oficial pelo preço de 50,00 libras, algo em torno de 209,00 reais (preço e câmbio de junho de 2006). Seu tecido é o mesmo utilizado em camisas de futebol profissional e suas cores tem variado ao longo dos anos, já foi azul, branca, teve detalhes em vermelho, branco e agora chama atenção pela cor cinza. 
O time composto por membros e equipe técnica do Iron Maiden é tão famoso que até tem camisa personalizada, com direito a logotipo com a cara de Eddie e tudo mais.
As camisas de futebol da banda são vendidas no site oficial pelo preço de 50,00 libras, algo em torno de 209,00 reais (preço e câmbio de junho de 2006). Seu tecido é o mesmo utilizado em camisas de futebol profissional e suas cores tem variado ao longo dos anos, já foi azul, branca, teve detalhes em vermelho, branco e agora chama atenção pela cor cinza.
De todos os integrantes, antigos e atuais, Bruce Dickinson é o que menos gosta de futebol, aliás, o baixinho diz que odeia o esporte e que seu forte é mesmo a esgrima. Mas mesmo Bruce não escapa de ser lembrado quando o assunto é futebol. Ele foi um dos que vestiram a camisa da nossa seleção em passagens recentes pelo país, além disso, durante a famosa passagem da banda pelo Rock In Rio em 2001, Bruce visitou um clube carioca para praticar esgrima, e este clube nada mais é do que o mais popular clube de futebol do país e um dos mais conhecidos do mundo: Flamengo! A influência do futebol na vida de Steve, e conseqüentemente na do Iron Maiden, não para por aqui. Podemos lembrar do logotipo criado em homenagem aos 10 anos de banda que continha uma bola de futebol entre as palavras “Up The Irons”, ou também do símbolo usado para representar os “easter eggs” (conteúdo escondido) no DVD Early Days, que é o mesmo símbolo existente no brasão do West Ham. Se o futebol é uma caixinha de surpresas, a música é uma caixinha de som, e sempre que o assunto for futebol &; rock´n roll o Iron Maiden certamente será uma da bandas mais lembradas.
Fonte: ironmaidenbrasil.com Fotos do West Ham Stadium por Juliane Khenaifes

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