A era Blaze Bayley: pesquisando os fatos
Texto Original por Jailton da Motta membro da IMBOrkut no seguinte tópico (clique aqui)
Quando o Bruce lançou o Accident of Birth retomando um som mais "pesado" e com a presença do Adrian na banda, claro que foi inevitavel as comparações entre esse álbum, a sonoridade e os rumos da ex banda. Não precisamos estender para ter a certeza que o álbum do Bruce agradou muito mais todos.
Nessas, perguntaram para o Harris o que ele achou do álbum ele disse que achou interessante, pois trazia uma sonoridade mais "heavy" que os antecessores e que ele especialmente gostou da faixa Man of Sorrows que fugia das últimas baladas usuais dos outros discos solos.
Um adendo: nesse período, o Kiss voltou com a formação original com as máscaras, o Purple vinha de turnês recentes com a volta do Gillan (e saida do Blackmore), e até mesmo o mais improvável ocorreu em meados 96/97 com o Ozzy voltando para o Sabbath. Por dedução era óbvio também começar imaginar o retorno do Bruce ao Maiden.Tudo seguia com naturalidade até que na turnê sul-americana do Bruce em 97 (novembro) foi a primeira vez que perguntaram com ênfase sobre essas questões envolvendo ele e a banda.
Outro adendo: Nesse período, Europa e Estados Unidos davam de ombros para o Maiden, então esse assunto mal entrava na pauta das grandes revistas. Preocupação essa época era falar do Prodigy e seu "cyber punk" salvando o rock e o Oasis como a nova maravilha do mundo....
Conforme a carreira solo do Bruce apesar de todas suas virtudes, mas comercialmente não ia muito além do público usual fã do Maiden, algumas entrevistas e participações na mídia foram agendadas pela Castle / raw power (a gravadora que lançou o disco na época) e tinha uma divisão nacional.Nessas foram feitas entrevistas para rádio e Folha de SP, uma participação ao vivo no Programa Livre do SBT (dando entrevistas junto do Scorpions tocando) e algumas revistas e programas de rádio do gênero.Com todas letras o Bruce falou que "não pensava em voltar para o Maiden etc etc, pois a banda pensava em fazer o mesmo tipo de som etc etc e dizia que o "heavy metal" seria como um vampiro que vive bebendo o mesmo sangue e ele estava disposto a procurar outras sonoridades..."
Entre outras coisas deixava nas entrelinhas os problemas de relacionamento com o Harris durante os anos com o Maiden, que agora ele tinha controle sobre o que fazia e dava alguma evasivas quando perguntavam sobre o Skunkworks e demais outros projetos solos com a própria banda do Accident of Birth que ficava meio óbvio que ele estava voltando sim para o estilo que o consagrou....
Nessas rolaram os shows no Brasil e América do Sul, uma nova geração de fãs teve chance de finalmente ver o Bruce (ao lado do Adrian) tocando clássicos do Maiden e todo mundo com aquele desejo quase um sonho de fã que um dia a banda voltasse aos palcos do jeito que era.
Passado os shows, nos primeiros meses de 1998 começou a divulgação da promotour do Virtual XI com a vinda do Dave e Janick para o Brasil e em seguida o Blaze logo quando o álbum tava pra ser lançado.
Refazedo quase o mesmo expediente da vinda do Bruce x Adrian poucos meses antes, boa parte da divulgação foi sobre comparações entre as duas bandas, as possibilidades de uma reunião etc.
Da parte do Maiden muito se falou sobre o clima que foi composto e divulgado o The X Factor e toda pressão que isso envolveu todos e que a proposta do Virtual XI era tentar fazer um álbum menos denso quanto a temática das músicas.
Deram muita ênfase nesse periodo ao processo de gravação digital em HD (uma novidade da época) e a parceria do Maiden com a empresa Cyber Dinamic, que entre coisas ia desenvolver o game Ed Hunter e remasterizar a discografia da banda.
Foi lançado o Virtual XI, o grande público, crítica e fãs, gostou menos ainda que seu antecessor e comparado as criticas positivas do Accident of Birth tava nítido que a pressão seria ainda maior sobre todos do Maiden.
Pouco antes da turnê inglesa, o Harris entrou em atrito com a Kerrang dizendo com todas letras que ele não dava a mínima sobre o que eles diziam ou induziam os fãs da banda (sobre esse mesmo assunto), o Maiden sempre foi uma banda dos fãs e enquanto os fãs tivessem indo aos shows ele não teria que fazer nada apenas para agradar os demais.
(volta no exemplo que muitas vezes esquecem quem é o dono da banda)
Veio a turnê do Virtual XI, um set list ainda mais baseado nas músicas recentes (uma tentativa frustrada de tocar algumas coisas mais antigas foi adiada), mas a vida ia seguindo.
Por outro fator temporal, esse período entre 1998 retomou com força o cenário para bandas hard/ metal com a derrocada do grunde após os últimos anos e bandas como Maiden, Helloween, Judas Priest (que voltava a cena com o Ripper nos vocais), passava a ter aos poucos maiores públicos (mesmo com as mesmas críticas que todos já sabemos).Na perna norte-americana da tour, diversos shows foram cancelados, ora citado por falta de público (e isso em locais menores), ora por um suposto problema vocal no Blaze com um fenômeno chamado "garganta de vegas" que é um predisposição as cordas vocais a uma inflamação por um tipo de poeira fina do verão norte-americano (???)
Muita gente duvidou dessa hipotese e a turnê seguiu com shows no Japão, festivais na europa e a perna sul-americana da turnê no final do ano de 1998.Nesse meio tempo, o Bruce finalizava o Chemical Wedding que desde as primeiras divulgações, recebia ainda melhores críticas que o antecessor e principalmente mais que o Virtual XI.(para muitos fãs, até hoje o Maiden não conseguiu ainda produzir álbuns desde o retorno com tamanha qualidade e diferença nas composições)
No final de semana do Monsters of Rock 98, em setembro, aproveitando que a grande parte da mídia especializada estava no Brasil acompanhando o evento, o Bruce fez uma promotour, inclusive distribuindo autografos de graça no shopping Eldorado em SP - o Slayer poucos dias antes fez o mesmo.(o público compareceu em peso e provavelmente nunca mais veremos o vocalista tão solicito e amistoso com todos fãs quanto aquela noite de terça 29 de setembro).
Nessas o disco saiu, as criticas ainda mais positivas, todos ainda mais querendo a volta do Bruce a banda, mas boa parte dos shows solo não teve bom público na Europa, chegando a ter menos público que o Angra em Paris - show esse que o próprio Bruce subiu no palco com os brasileiros.
Temos então, uma grande carreira solo que recebia muitas críticas positivas, fãs ávidos pelo retorno ao Maiden, Maiden aos trancos e barrancos com o Blaze a fidelidade dos fãs e shows solo que não recebiam nem 2000 pessoas?
Precisa ser tão ingenuo pra imaginar o que aconteceria cedo ou tarde?
Não deu outra, quando o Maiden veio para a América do Sul em dezembro de 1998, a situação beirava o imaginável que cedo ou tarde o Blaze sairia da banda.
Para ajudar o show do Chile foi cancelado por um problema diplomático na época entre a Inglaterra ter dado asilo político ao Augusto Pinochet (ex-presidente / militar / ditador), e a banda acabou por cancelando o show em Santiago (com 35 mil ingressos vendidos).
No show do Rio no Metropolitan (e os amigos cariocas que estavam presentes da comunidade podem confirmar ou desmentir), foi uma daquelas noites que nada deu certo pra banda.
Um calor infernal, o Metropolitan apinhado de gente, sabe-se lá porque o ar condicionado da casa estava desligado, o Blaze - todos sabem que normalmente quando estava "bem" já sofria sérias limitações - imagina então numa noite mais fraca ainda e nessas, jogaram um sapato no Janick - que ficou muito puto inclusive gesticulando para onde veio o mesmo - e juntanto tudo isso, pela única vez na história da banda, não tivemos um bis no show.
Tocaram Iron Maiden, a banda agradeceu e se retirou do palco, o público exausto - e descontente com a performance da banda - também não pediu o bis com ênfase e a banda encerrou assim o show.
Reporters e fãs que viram a banda no camarim citaram que o Blaze estava visivelmente estagnado, mal se mexia ou falava algo, apenas ao lado da - na época - noiva, a brasileira Beatriz.
Mais problemas no show que seria em Campinas - SP: Montaram uma estrutura muito pequena no estádio Brinco de Ouro, com pouca segurança e proteção nas grades da pista e nessas virou um caos. O show foi também cancelado por motivos de segurança e houve tumulto e quebra-quebra.O show do dia seguinte seria em SP e aquela manhã de sábado, dia 05 de dezembro começou com o SP TV da globo mostrando a "fúria e ódio dos metaleiros satanistas" em Campinas.
Uma cena marcante disso, foi a imagem de um fã apontado o peito aberto e pedindo pra um policial do choque disparar a bala de borracha, que ele enfrentava tudo pelo "poder do heavy metal"! (que blz!)Pra ajudar, torraram o saco da produção da banda pedindo explicações sobre o que fariam com o show cancelado em campinas (deram como sugestão usar os mesmos ingressos no Anhembi) e caiu um dilúvio, mas um chuva tão forte aquela tarde em SP, que por pouco o show do Anhembi também não foi utilizado.Montaram um palco rídiculo em tamanho para o evento dos 13 anos da Rádio 89 FM, tanto que a bateria do Uli Kush do Helloween e o kit do Nicko ficaram em cima do palco enquanto o Raimundos tocava. Resumindo: quem frequenta shows e foi neste viu que muita coisa estava errada.
O show do Maiden aconteceu com todos os problemas citados e os ânimos do público muito divididos quanto ao Blaze - muita gente saiu dali dizendo que seria a ultima vez que veria o Maiden se algo não mudasse.
E no domingo, dia seguinte, rolou o show no Skol Rock em Curitiba, que sem precisar falar muito, o show em si aconteceu de forma até normal sem grandes percalços.
Minutos antes do show do Helloween ao vivo para MTV, o Dave e Blaze deram uma entrevista para a Soninha (ex VJ e vereadora) e aparentemente tudo estava normal. Falaram sobre o set que tocariam (as perguntas de sempre), se viram alguma banda das participantes do festival etc, o básico do básico.
Em seguida na mesma entrevista ao vivo, o Raimundos também falou no backstage e o Rodolfo ainda brincou dizendo que viu que o Blaze tava mais magro que no show do Monsters em 96 (citando o episodio que ele pediu o cd da banda etc).
De forma bem superficial o Canisso disse que depois dos problemas que tiveram no show de SP, em Curitiba tudo ia muito bem e inclusive era o lugar que a banda mais gostava de tocar etc.Por fim, o Maiden fechou a turnê sul-americana na Argentina na versão genérica do Monsters of Rock de lá, e apesar da forte chuva pela tarde, o show rolou também na medida do possível de forma normal, inclsuive com o publico agitando bem mais que a maioria como é caracteristicas dos shows lá.
Agora sim, vem pontos interessantes desse show que pressupõe que algo mudaria:
O Blaze antes de The Clansman começa falar com a platéia e diz que aquele seria o último show da turnê do Virtual XI - que já aponta que os tais shows cancelados da turnê norte-americana não seriam com ele.Tudo bem, podemos pensar "ele falou isso se referindo a parte 1998 da turnê", mas então pq tem tanto cuidado em filmar parte do show com uma handcam pessoal?Quem ouve o boot de áudio ou assiste o dvd em video, fica a exata noção que ele sabia que ali seria o último show dele frente a banda, pois entre outras frases ele diz "que é o último show etc", pede pra platéia fazer o coro de Sanctuary pela última vez para ele registrar etc pois ele queria deixar aquilo registrado para ele e quem sabe colocar no web site.
Normalmente foi bem diferente do que ocorre em todos shows final de turnê...
O show termina da maneira de sempre, aparentemente também o clima da banda no palco estava o mesmo de sempre e o Harris e Nicko jogam inclusive suas próprias camisetas para a platéia (algo raro).O próprio Blaze fica um tempo maior no palco jogando as munhequeiras (diversas que sequer usou) e a última imagem que temos é da banda saindo do palco, vestindo os roupões e o próprio Blaze saindo do palco com uma toalha sobre a cabeça (provavelmente pra cobrir a calvice).
Tal qual temos a imagem nos extras do DVD do Rock in Rio, a banda após o show foi para uma festa particular entre os membros da banda, equipe etc e até "driblaram" a mídia especializada, indo para um clube / restaurante que uns falam que era de música eletrônica, outros que era boate enfim...nunca deram com 100% de certeza o nome do local (nem os fãs argentinos citam isso de forma concreta).
Nessas, uma equipe de reportagem da Rock Brigade que foi fazer a cobertura do Monsters argentino (principalmente porque o Angra tocou e a banda era empresariada pelo dono da revista), pegou algumas informações como boatos - ou souberam de forma concreta - que o Blaze sairia da banda após aquele show.
E nessas cravaram na edição de janeiro de 1999 que o Blaze tava fora da banda e o Bruce voltaria. Tanto que essa noticia saiu naquelas primeiras páginas de "news" - que fechava o editorial da revista por último.
Nas matérias dos shows, a revista fez uma matéria pequena sobre a passagem da banda pelo Brasil e o que aconteceu nos shows de SP, Rio e Curitiba e nitidamente a matéria era crítica quanto aos shows. Chegavam ao absurdo de citar que "era um sonho distante ver a banda tocando músicas como rime of ancient mariner, aces high etc".
Nitidamente uma matéria sem nenhum fundamento jornalistico e na base daquilo que qualquer fã tinha em mente. E nessas foi sendo construido a rede de boatos sobre o que aconteceu na Argentina.Jogaram o BO do "furo" no Andi Deris e caras do Helloween - que anos mais tarde em 2003 ou 2004 - cobraram com todas letras essa noticia falando com todas letras que a revista mentiu quanto a isso e citando o repórter, enfim, lavagem de roupa suja total de muita coisa referente ao Helloween (e saida do Grapow e Uli Kush) mas também jogando no ventilador essa história sobre o Blaze que foi muito cobrada lá fora também.
O que a revista fez? Vistas grossas, que se reservava no direito de preservar fontes e jogou pra debaixo do tapete a noticia.
Mas voltando ainda a 1999, jogaram o BO do "furo" primeiro nos caras do Helloween, depois nos caras do Raimundos, com a famosa história do avião que o Blaze não olhava pra cara do Steve - mal depois foram perguntar pros caras do Raimundo se isso era verdade ou não, pois a banda explodiu na grande mídia pouco tempo depois com o tal cd só no forevis e não ia perder tempo falando do Maiden - e depois citaram até o exemplo da van que os caras do Maiden iam em vans separadas.
Algo também totalmente infundado pois é expediente até usual da banda diversas vezes, inclusive também citado em 2004 quando a banda se dirigia pro Pacaembu em SP.
E por último lançaram essa versão do Janick falando que não aguentava mais tocar com o Blaze etc, pq ele "errava muito", logo quem?
Ou seja, a Rock Brigade não tinha fonte e criou um furo jornalistico que por acaso óbvio, acabou se concretizando.
Na época infelizmente o acesso a net era bem restrito ao grande público, mas rolou uma reclamação geral das outras mídias, sobre a veracidade e fontes dessa notícia, pois em nenhum lugar do mundo tinham esses fatos, saiu apenas aqui na imprensa brasileira e no programa Backstage o Vitão Bonesso também repassou todas essas informações da maneira que foi citado aqui.
Fato que a noticia não se concretizou e também não desmentiram a "barriga" jornalistica. Os fãs na sua abraçaram a parte que mais interessava, que o Blaze possivelmente sairia da banda mesmo.Primeiro sinal concreto que algo mudaria, foi quando o Bruce cancelou diversas datas da turnê do Chemical Wedding lá fora, deixando apenas confirmados o show em Sp dia 21 de abril na Via Funchal (show este que teve depois uma data extra e mais algumas datas em Vinhedo, Curitiba e acho que RJ se não me engano).
Tava mais que óbvio que alguma novidade grande tava sendo preparada e não deu outra, no site oficial do Maiden pra surpresa de todos, o home tinha aquela foto dos 6 integrantes juntos e a saida do Blaze.Nessas uma entrevista com o Neal Kay foi feita e pela primeira vez de forma oficial a banda falava de tudo que aconteceu desde o final do ano de 1998.Entre outras coisas, citava sim todo desgaste, atrito, comparações etc que houveram nesses últimos anos entre as partes envolvidas e que chegou um momento que o ideal foi unir forças e pensar porque não dar uma chance para tudo aquilo acontecer.
Citaram que a saida do Blaze ocorreria de forma amistosa, sem grandes atritos (o mesmo logo de cara também foi muito respeitoso e cordial com todas partes, agradecendo os anos, a chance de viajar o mundo e todas experiências que teve). que continuaria com uma carreira solo e montaria uma nova banda - e seria agenciado pela Sanctuary do Rod etc.
Falaram sobre a não saida do Janick por tudo que acrescentou a banda desde 1990 e a chance de fazer coisas novas como 3 guitarristas e nessas REALMENTE CONFIRMARAM QUE ELE FOI FUNDAMENTAL para a aproximação entre as partes, pois num show no Earls court em Londres do Uriah Heep estavam o Harris e o Bruce e foi uma chance de quebrar o gelo, culminando na tal reunião final para volta.
É bom citar todos esses detalhes, senão uma inverdade dita muitas vezes se torna uma verdade e foi isso que ocorreu nesse caso da fábrica de boatos da Rock Brigade nesses primeiros meses de 1999.
A volta do Bruce e Adrian - saída do Blaze - nada mais foi que um acerto lógico do que seria mais interessante para todas partes envolvidas, todos sairam ganhando (financeiramente principalmente) e o ponto crucial era saber lidar as arestas que trouxeram os desgastes dos últimos anos.
O Harris nunca abriu mão de ser o lider de todas decisões e o Bruce também é muito genioso quanto a sua participação no que faz dentro da banda, então, o ponto chave foi acordar todas essas situações.
Nunca foi confirmado oficialmente, mas citam que existe sim um contrato sobre a participação de cada um nesse retorno e as consequencias por qualquer quebra indevida entre as partes. O que sinceramente não acredito mas também não duvido.
Fato é que para felicidade de todo mundo que gosta da banda, retornaram, estão ai até hoje mais de 12 anos, só alegria pra todo mundo, mas que esse papo do Janick chutando balde, helloween, raimundos isso aí é uma grande lenda criada em torno da volta.
Antes tarde do que nunca, colocar as coisas nos seus devidos lugares senão essa historia ai fica muito mal contada.O ideal é justamente isso, ter uma visão mais séria e concreta do que aconteceu..
Muitas coisas faltaram por exemplo sobre a conversa pessoal entre o Harris e Bruce sobre o retorno, que o Harris perguntou se ele realmente qria voltar ou se seria apenas um breve retorno e o Bruce disse com ênfase:
"quero tocar pra 20 mil pessoas toda noite, não apenas 2 mil.....envolve muito dinheiro nesse retorno, mas não é o fator primordial etc"
Muito sobre o que prometeram - e não cumpriram - com o Blaze no acordo com a Sanctuary etc.
Enfim, o papo rende nessa pré-Páscoa
Saudações gerais!
Que foda! ou fã do Blaze hj mas não sabia de tudo que ele passou no iron.
ResponderExcluirUma aula e tanto!
Obrigado Jailton pelo texto!
Agora sim um colaborador que sabe do que fala!
ResponderExcluirLucasss
Só acrescentando que estou vendo AGORA mesmo o show e Blaze sempre se refere como ultimo show.
ResponderExcluirOo
Nota-se que acima de tudo até o final ele procurou fazer o melhor. Do contrário como teria cabeça para segurar tudo o que lhe era comparado?
Melhor POST no site sobre a historia do Blaze.
ResponderExcluirConheço o Canisso desde moleque antes dele se mudar e ele falava abertamente sobre como o Iron Maiden naqueles anos possuia um clima X no backstage e Y em cima do palco e assim que o show terminava era um silencio assustador de todos da banda e Staff.
Ainda queria ver o Bruce Dickinson com a cabeleira!!!
ResponderExcluirbem interessante esse post, informativo e esclarecedor...
ResponderExcluirSó uma pequena correção, o show em Campinas foi cancelado devido a chuva que caiu no local, isso acabou molhando os equipamentos e tudo mais... Na época, ainda no Brasil o Steve escreveu um texto sobre isso no site oficial da banda e a metalhead publicou, eu tenho a revista em que saiu o texto e transcrevi pro meu flog do MAIDEN a um tempo atrás, quem quiser dar uma olhada nas palavras do próprio Harris sobre tudo, ó o link:
http://www.flogao.com.br/journeyman/57699733
Do mais, muito bom post! Vlw pessoal
Ótima matéria!! Lembro que na época, fim dos anos 90, eu era um assíduo comprador da Brigade, e eu não tinha nem computador quanto mais internet em casa. Mas foi uma grande e grata surpresa a volta do Bruce e Adrian no Maiden. Eu lembro que em 96 um amigo meu me falou "cara o Bruce ainda vai voltar pro Maiden você vai ver..." Eu não acreditei que isso fosse acontecer mas o sonho virou realidade!!
ResponderExcluirExcelente matéria! Fui ao show do Iron no RJ em 98 e foi um destastre ... o do Bruce em 99 no Rio (assim como o de 97) foram sensacionais !!
ResponderExcluirnesta época citada pelo colaborador
ResponderExcluirno Brasil mais de 80% do mercado era da rock brigade. A Revista Metal head que era mais barata porém de péssima qualidade vendia pouco porém se sustentava com as revistas especiais de bandas, com letras, posters...
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O que se levava como VERDADE era o que a BRIGADE publicava. e isso explica bem o pq de tantas lendas urbanas.
Quando não se tem concorrencia e vc é unico em um determinado negocio vc até inventa noticias e fontes.
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Tempos depois veio a Roadie Crew e ai a Brigade faliu.
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Parabéns pelo site meus amigos.
Ivo Colares - 52 anos
Headbanger e pai da pequena cecilia de 3 anos!
Sobre o Show de Campinas - Iron Maiden – Virtual XI Tour
ResponderExcluirLocal: Brinco de Ouro da Princesa – Campinas – SP
Data: 04/12/1998 (sexta-feira)
Público: 12.000 pessoas
Com Harris, Murray , Gers, Nicko e Blaze Bayley.
Depois de Europa, América do Norte, Europa (novamente) passando pelo Reino Unido e depois Japão o Virtual XI Word Tour chegava finalmente à América do Sul e depois de se apresentar no Metropolitan no Rio de Janeiro iria se apresentar em Campinas, pela primeira vez um gigante do heavy metal iria se apresentar na cidade, tudo parecia que ia bem até que no final da tarde fortes chuvas começaram a castigar o público que se aglomerava em frente aos portões do Estádio, depois de muita pressão os portões foram abertos e alguns fãs nem entregaram os ingressos tamanho era o tumulto na entrada, nem o portão que dava acesso ao gramado estava aberto e a galera começou a escalar o fosso para chegar ao gramado, nessa escalada acabei perdendo um broche do Rock in Rio, chegando ao gramado ainda havia poucas pessoas, mas com a abertura dos outros portões o público aumentava rápido, como a chuva diminuía mas não cessava alguns caras usavam umas madeirites para fazer uma cabana e uma ponte improvisada sobre o fosso ligava o gramado com as arquibancadas cobertas, como o show não começava resolvi usar a ponte e esperar nas arquibancadas cobertas, chegando lá molhado com frio e com fome começaram a surgir rumores de que o show seria cancelado, logo depois alguns caras começaram a sair e pegar seus ingressos de volta, me apressei em sair e peguei um ingresso, logo depois os poucos caras que devolviam os ingressos foram cercados por fãs e o cara perdeu o controle da situação e enquanto alguns caras pegavam vários ingressos outros ficavam sem pegar nenhum, para complicar mais os ingressos eram tipo um "fly" e muitos estavam rasgados e desmanchando por causa da chuva, já fora do Estádio subindo a avenida Monte Castelo comecei a ouvir as bombas de efeito moral lançadas pelo Pelotão de Choque da PM que foi chamado para evacuar o Estádio, pensei em voltar mas acabei indo embora, só fiquei sabendo dos estragos no dia seguinte. Depois disseram que o show havia sido apenas adiado e que Iron Maiden voltaria depois dos shows em São Paulo, Curitiba, Santiago no Chile (onde o show foi cancelado devido a tensões políticas entre a Grã Bretanha e o Chile por causa da detenção de Pinochet no Reino Unido) e Buenos Aires na Argentina, mas depois por falta de data e local os organizadores oficiaram o cancelamento e começaram a devolver o dinheiro, filas enormes começaram a se formar, como eu estava de férias fui no 1.o dia de manhã e lá pela hora do almoço consegui reaver o dinheiro, justo na hora que as filas aumentaram muito pois muitos aproveitaram a hora do almoço no serviço para tentar reaver o dinheiro, as filas continuaram por mais dois dias, mais acho que muitas pessoas acabaram ficando no prejuízo.