[NEWS] - METAL HAMMER - REVIEW THE FINAL FRONTIER

O repórter Dom Lawson, da Metal Hammer, publicou sua resenha faixa à faixa do novo álbum do Iron Maiden, “The Final Frontier”. Confira abaixo a tradução na íntegra da resenha, com exclusividade no IMPRENSA ROCKER:

Em algum lugar entre as sombrias e ameaçadoras estórias de guerra do “A Matter of Life and Death” e as bombásticas badaladas progressivas do “Brave New World”, entretanto com uma vasta quantidade de novas idéias em boa medida, “The Final Frontier” é absolutamente tão forte quanto os três últimos álbuns do Maiden. A diferença entre este e seus predecessores é que estas canções repetidamente levam as lendas do Metal britânico a território desconhecido. Este é um álbum exigente, mas que a maioria dos fãs do Maiden irão adorar.

SATELLITE 15…THE FINAL FRONTIER
A esta altura, Todo mundo já ouviu a faixa título do álbum, e é uma direta e infecciosa chapa de um muscular Hard Rock, que parece destinada a abrir os shows do Maiden num futuro próximo… mas é a primeira parte desta faixa bipolar que irá nocautear os fãs. Um desorientado redemoinho de distorção, brutos bumbos duplos e vocais espectrais, “Satellite 15” é sem dúvida uma das coisas mais estranhas que a banda já gravou. É pesada, não convencional e completamente inesperada.

EL DORADO
As opiniões parecem estar divididas sobre se “El Dorado” é simplesmente uma sólida e direta canção do Maiden, ou algo genuinamente especial. De fato, é um pouco dos dois; um forte e violento épico de sete minutos com um refrão contagiante e algumas viradas e voltas executadas habilmente, tudo feito sob encomenda para ser uma absoluta tempestade ao vivo.

MOTHER OF MERCY
Uma sombria e ameaçadora canção que facilmente poderia ter estado no “A Matter of Life and Death”, esta é um daqueles arquétipos de hinos sobre os horrores da guerra que o Maiden faz tão bem. Começa com uma exausta introdução progressiva – talvez uma pitada do Jehtro Tull tão amado por Steve Harris – antes de se metamorfosear num chocante galope lento, não muito diferente de “Stranger in a Strange Land” (do “Somewhere in Time), mas com uma vibração muito mais sinistra. “Sick of all the killing and the reek of the death…”, canta Bruce nesta altura.

COMING HOME
Uma balada bombástica, de levanter os esqueiros acesos, mas com uma diferença: “Coming Home” casa um gigante refrão – daqueles em que todos cantam junto – com alguns sutis riffs progressivos e arranjo tipicamente aventureiro. Inegavelmente sentimental, esta é claramente um canção de Bruce Dickinson, e ele canta sobre retornar para casa e ver as luzes da pista enquanto seu avião desce à Terra. Não são muitas as bandas que poderiam fazer uma faixa desta sem acionar o alarme de piegas. O Maiden o faz brilhantemente. Um clássico instantâneo ao vivo.

THE ALCHEMIST
Indiscutivelmente a faixa mais à moda antiga do album, esta explosão de velocidade, energia e irrestíveis harmonias de guitarra a la Thin Lizzy teria nitidamente servido no “Fear of The Dark” e sabiamente preenche todos os requisitos para agradar os fanáticos. Interessantemente, ela tem o mesmo título de uma canção do clássico solo de Bruce Dickinson, “Chemmical Wedding”. As duas canções são completamente diferentes, entretanto.

ISLE OF AVALON
Possivelmente o melhor material do “The Final Frontier” e certamente uma das mais fortes canções que o Maiden produziu em anos, “Isle of Avalon” leva a banda a um território melódico não familiar, com alguns tempos não convencionais e alguns desvios progressivos adicionados ao intenso frescor impregnado ao longo de seus nove minutos de duração, e um simples e enorme refrão que será traduzido extremamente bem ao vivo. Existe uma vaga lembrança de “Paschendale” (do “Dance of Death”) e um ou dois acenos ao “Somewhere in Time”.

STARBLIND
Outra canção que é cheia de supresas, apesar do inequívoco som do Maiden, esta é outro épico que transborda grandes riffs, melodias e sutis toques de textura. Quase psicodélica em certas partes, “Starblind” possui uma genuína sensação de “outro mundo”, particularmente durante seu intrigante meio, que apresenta uma levada bluesy sobre um maduro e suntuoso trabalho de guitarras dos “los tres amigos”.

THE TALISMAN
Outra canção que caberia no “A Matter of Life and Death”, “The Talisman” é sombria e complexa, mas também flui lindamente, ampliando-se de sua introdução folky num poderoso riff principal e num refrão seriamente explosivo, com Bruce berrando do alto de seus não descartáveis pulmões. Apesar de ter nove minutos, parece que só durou metade deste tempo.

THE MAN WHO WOULD BE KING
Uma estranha e inquietante introdução leva a sombrios e esmagadores acordes antes deste extenso épico mudar de direção e seguir num suberbo e cativante riff e em mais um grande refrão. Como em muitas canções no “The Final Frontier”, “The Man Who Would Be King” raramente faz exatamente o que você espera, e ainda assim tudo faz sentido quando sua desconexa introdução cheia de harmonia gentilmente se desfaz.

WHEN THE WILD WIND BLOWS
Baseada na estória em quadrinhos de mesmo título, do autor Raymond Brigg, que fala sobre um ataque nuclear na Inglaterra, a última faixa do 15º álbum do Maiden é tão desoladora e sem propósito quanto o tema parece demandar, e ainda assim ela é tão fascinante musicalmente e corajosa liricamente quanto qualquer coisa que a banda já gravou. Camadas densas e descompromissadas, esta canção exige alguns ouvidas para ser internalizada, mas possui uma quantidade insana de atmosferas e incontáveis toques de inspiradas melodias. Um final deslumbrante.

fonte:imprensa rocker

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