Fonte: Iron Maiden Pub
Bruce, Tony Lee, Arthur Jung (mascarado) e Phil Adolfia
Após deixar a banda Speed (1977/78), Bruce Dickinson estava interessado em aprimorar seus conhecimentos e suas experiências musicais mas as oportunidades que se seguiram eram quase nulas . Querendo expandir seu repertório e em busca de uma nova banda, ele encontra um anúncio na influente revista musical inglesa Melody Maker, onde Bruce rapidamente se mostrou interessado. O anúncio que dizia : “Procura-se cantor para completar um projeto de gravação” fora logo respondido por Bruce, que nunca havia estado em um estúdio antes logo mandou uma fita com uma de suas gravações, anos mais tarde, em uma entrevista Bruce relatou : “Uivei, gritei, lati e apenas fiz barulhos.” Isso mostrava como seu humor sempre sádico já o acompanhava desde cedo. E o vocalista complementa “Falando nisso, se vocês acharem que o cantor é uma merda, há algumas comédias de John Cleese (do Monty Pythom) no outro lado da fita que vocês podem achar engraçadas.” Não deu outra, a fita foi retornada de volta a Bruce com os seguintes dizeres : ”Nós achamos sua voz realmente interessante. Venha ao estúdio.” E assim ele gravou uma música tanto quanto obscura, chamada Drácula.
Foi assim que Bruce Dickinson ajudou a formar o Shots. Além de Bruce, a banda contava com Tony Lee na guitarra, Arthur Jung no baixo, Phil Adolfia na bateria. Eles costumavam mesclar músicas própias e covers na soando bastante com o Deep Purple com Ian Gillan com algums elementos da furiosa música do Speed, mas com uma levada de Hard Rock.
Foi com o Shots, que Bruce descobriu que exista uma grande diferença entre ser apenas um vocalista e entre ser um ‘frontman’. Na mesma entrevista, Bruce também relata :
“Nós estávamos tocando em clubes para cinco pessoas e você está tentando fazer o seu trabalho e ninguém estava prestando atenção. Então entrei nessa de parar uma canção na metade e começar a provocar estes caras na platéia. Eu começava: ‘Ei, você! É, você! Você, seu gordão! Todo mundo olha para ele. Todo mundo está olhando para ele? Ok, qual é o seu nome? Você tem um nome?’ Apenas para provocar as pessoas e todo mundo de repente presta atenção, porque correm o risco de serem os próximos! Aí antes que o cara tenha chance de responder, nós começávamos a próxima música –só que agora todo mundo estava ouvindo. A primeira vez que fiz isso o dono do lugar veio e disse ‘Foi um grande show, caras! Vejo vocês na próxima semana!’ Então começamos a desenvolver isso nas apresentações. E foi a partir daí que passei a ser não apenas um cantor, mas um frontman também. Eu descobri que um monte de gente pode cantar mas peça a eles que subam no palco e segurem a platéia e eles não conseguirão. Eles não saberiam como. Então isso era um fato muito importante que descobri sobre este trabalho.” A partir daí, a banda começou a desenvolver toda essa ‘apresentação’, para cativar o público.
Mas a grande oportunidade de Bruce aconteceu quando um certo Barry Graham e um certo Paul Samson, foram assistir uma apresentação da banda em um pub chamado Prince Of Wales, em Gravesend, Kent.
Mas foi em outra ocasião que a coisa começou a desenrolar..
Barry e Paul estavam ‘visitando’ o pub novamente, foi quando Barry acabou se tornando uma vítimas das graças de Bruce. Impressionados como toda sua presença de palco, algumas semanas mais tarde eles retornam a outra apresentação do Shots, e Paul Samson convida Bruce a se unir à sua banda, que acabara de lançar o primeiro disco e tinha um contrato de gravação garantido. A banda se chamava Samson... Mas isso é uma outra história..
Dracula (P. Siviter/D. Siviter)
Bruce Dickinson - vocal
Phil Siviter - guitarra, baixo
Doug Siviter - bateria
Lone Wolf (B. Dickinson/B. Liesegang)
Bruce Dickinson - vocal
Bill Liesegang - guitarra
Arthur Jung - baixo
Phil Adolfia - bateria