Diário de Rod Smallwood Parte X: Rod em Sydney II

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Rod em Sydney II

Diário do Rod - 10 de fevereiro

"Acordei por volta de 11h00, tomei banho, café da manhã e então, direto para o laptop. Amanhã terei uma folga da turnê por alguns dias, para mergulhar no recife de Great Barrier em Cairns. Vou perder Brisbane e Yokohama, mas estarei de volta para o show de Tóquio. Eu mereço um pouco de descanso! Mais sobre isso brevemente. Como estarei fora tento me atualizar com o máximo que posso para que não tenha que fazer muitas coisas nos próximos dias. Então me sentei para uma longa sessão de atualização com este diário (como provavelmente devem ter percebido), alguns rascunhos de press releases sobre a turnê, o sucesso do DVD "Live After Death" (e vocês devem ficar contentes em saber que ele está em primeiro lugar ou pelo menos no “top 3” na maior parte do mundo... apesar de eu já ter dito que realmente é um ótimo pacote!). Também organizei os compromissos com a imprensa para as próximas datas e resolvi coisas pendentes. Acho que resolvi tudo muito bem e me atualizei sobre tudo, e até consigo estar escrevendo isto na manhã seguinte - são apenas 10h00 e estou no avião para Cairns.

Fui para o show às 19h30 com o Nicko, um pouco mais tarde do que o usual, já que precisava do tempo para terminar meu trabalho. Comi um pouco no buffet e então me encontrei com Scot e Sam para falar sobre nosso documentário e me certificar de que eles estavam tendo o acesso que necessitavam e tudo estava bem, no que diz respeito a conseguirem todas as imagens que precisavam. Eles estiveram fora fazendo algumas entrevistas naquela tarde com Steve na Opera House e com Janick na Harbour Bridge (Ponte do Porto) e disseram que a banda estava sendo bastante cooperativa. Isso é importante para que tenhamos o documentário íntimo e profundo sobre a turnê, que estamos querendo fazer, mas Sam e Scot, ambos fãs de metal inteligentes e apaixonados, estão sendo aceitos pela banda como parte do time por seu sentimento em relação a isso tudo ser real, algo que muitos outros profissionais não teriam. Scot e Sam já demonstraram sua paixão e comprometimento com o heavy metal com dois documentários - o premiado "Metal: a Headbanger's Story" e "Global Metal", a ser lançado em breve - e sempre senti que a banda em pouco tempo iria gostar e confiar neles e felizmente, parece que isso aconteceu. Ambos parecem estar contentes com o conteúdo do que têm conseguido e na hora que chegarmos à loucura da turnê na América Latina com suas grandes platéias e empolgação ainda maior tudo estará ainda melhor.

O segundo show na Acer Arena foi bom - tivemos 9 mil pessoas, então tocamos para quase 23 mil em Sydney, um resultado nada mal e 16 mil a mais do que quando tocamos aqui na última vez, em 1993!

Essas arenas modernas são desenhadas para que se possa cobrir o espaço de acordo com o tamanho do público e, sendo assim, com 9 mil pessoas o lugar parecida lotado, e a vibração do show não foi diminuída. Na verdade eu dei uma escapa logo após que entraram no palco para que pudesse receber uma massagem do massagista do Bruce, e foi muito boa. Mas vi o bis e o público me pareceu e soou como estivesse se divertindo muito! E me disseram que toda a pirotecnia funcionou bem e que o som estava bom. Então duas ótimas noites em Sydney, obrigado a todos os fãs por aí. Espero que tenham se divertido tanto quanto nós em estar nessa cidade (e arena) fantástica.

Toda a banda saiu rapidamente após o show e eu fui com Bruce, que disse que foi um bom show com uma platéia muito boa. Ele esteve o dia todo em um show aéreo com um amigo, e pôde voar num Dragonfly e ver alguns Spitfires, então ele estava muito bem humorado! Alguns caras da banda iriam voltar para o bar irlandês o qual Janick e Dave foram na noite anterior. Eles disseram que estava demais e que havia muitas TVs passando esporte, então eles iriam lá outra vez esta noite para ver o jogo do Manchester United e tomar mais cervejas com os fãs. O resto voltou para o espetacular bar do hotel. Fiquei para uma bebida por uma hora e me despedi de Paul Dainty e outros de sua equipe e também de Pat Cash, que estava lá conosco. Ele é um velho amigo do Steve e do Adrian. Quando viemos para Austrália na primeira vez, na turnê do "The Number of the Beast" em 82, ele era campeão do Wimbledon Junior e um grande fã do Maiden. Então marcaram uma partida, com Steve fazendo dupla com Pat, e eu joguei com seu técnico, cujo nome acho que era Ian Barker. Acho que perdemos. Quando Pat se mudou para o Reino Unido, Adrian em particular o via bastante, e ocasionalmente, jogava bastante com ele. Adrian é realmente um bom jogador de tênis e jogou com Pat novamente enquanto estávamos em Melbourne.

Não fiquei muito tempo no bar já que teria que acordar às 7h00 da manhã, então fui para o quarto por volta da meia-noite para fazer as malas - gosto de fazer isso na noite anterior - e dormir cedo. Mas eu não poderia resistir, poderia? Vocês devem se lembrar dos meus diários de Bangalore que eu tenho a Sky Slingbox para que eu possa assistir esportes e no ano passado em Bangalore eu assisti os três jogos de rúgbi da Six Nations. Aqui funciona muito bem e estava passando Itália x Inglaterra na BBC - que pega na Slingbox, é claro - às 1h30 da manhã. Eu não poderia deixar de assistir, poderia?? O primeiro tempo foi bom, mas o segundo foi terrível. Felizmente, conseguimos uma vitória apertada. Perdi o jogo do País de Gales, já que estávamos voando de Mumbai para Perth, mas eu o tinha gravado na Slingbox. Mas quando eu vi o resultado no meu Blackberry ao pousarmos em Perth, não me preocupei em assistir - seria doloroso demais! E o críquete na Nova Zelândia não estava indo muito bem, com uma grande derrota no primeiro jogo em que perdemos por 50 overs! No final de tudo, fui dormir às 3h30 da manhã bem puto com essa péssima exibição! Mesmo assim, dormi.

Rod”

Tradução: Alexandre Cardoso
Revisão: Cristiane McBrain

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