Diário de Rod Smallwood Parte VI: Rod em Melbourne

Leia os diários anteriores AQUI

*


"Rod em Melbourne

Diário de Rod, 6 de Fevereiro de 2008

Dormir? O que é isso? Sem chance. Fiquei deitado na cama até a 1h00 da manhã, a cabeça zumbindo com idéias (esperem e vejam o que acontecerá logo no The Fórum, em Los Angeles!!), então levantei e liguei o meu confiável laptop. É claro, Melbourne está 11 horas a frente de Londres, então lá ainda estavam no período da tarde; os e-mails britânicos estavam voando, então tive que dar conta daquilo e preparar um rascunho do “press release” sobre o início da turnê (que finalmente colocaremos online aqui na terça ou quarta). Eu gostaria de ter feito o diário do dia 5 de fevereiro, mas não consegui, precisa cuidar de muitas outras coisas. Estou incrivelmente ocupado agora, e graças a Deus eu tenho um ótimo time com Val, Dave e Mary para lidar eficientemente com tudo isso, senão certamente eu perderia o controle. Sem mencionar, é claro, meu parceiro Andy, que ainda está na estrada conosco (a maior viagem da vida dele, deve ser o avião!!) e Peter, o contador do Maiden.

Mas não estou me queixando da carga de trabalho, tudo está indo tão incrivelmente bem que um grande interesse internacional está sendo gerado, o que é refletido na incrível venda de ingressos em todos os lugares, especialmente na América Latina. Eu sempre posso tratar de coisas positivas sobre o Maiden e Eddie, mesmo que leve a noite toda para fazer corretamente e ter as idéias fluindo!!

Ao meio-dia eu tentei tirar uma soneca e finalmente consegui. Então o telefone tocou! Era Dave Pattenden ligando pra eu ir ao estúdio em Kensington – isto é, Kensington Melbourne. Estávamos preparando uma pequena introdução para o set e Dave estava editando a primeira versão com imagens de Mumbai e Perth. Então eu tomei banho e me enfiei dentro de um táxi. Ao rever o vídeo, eu achei que definitivamente iria funcionar, mas precisava de algumas mudanças e imagens adicionais. Então Dave prosseguiu com aquilo, embora isso levaria mais um dia e nós não estaríamos prontos para usá-lo no primeiro show em Melbourne.

De volta ao hotel por um tempo e então às 6h00, fui para o show, com Bruce. O Rod Laver Arena é um local magnífico.

Eu disse antes o quanto estamos empolgados por tocar em grandes arenas esportivas e estádios e esse é um deles, a casa do Australian Open. Eu conseguia vê-lo da janela do meu quarto de hotel (que tinha uma magnífica visão de Melbourne) rodeado por quadras de tênis. É um prédio redondo, então na frente do palco você sente que todo aquele público está realmente perto de você. Essa foi a primeira de 2 noites de sucesso de bilheteria, 11 mil pessoas. Então eram 22 mil nos vendo em Melbourne, um lugar que não visitávamos há 15 anos, embora nós certamente quiséssemos – mas vamos falar mais sobre isso depois.

O público estava totalmente empolgado e tão alto quanto qualquer lugar, o show foi muito bom, exceto por eu ter sentido que o som não estava não tão bom quanto deveria. Falei com Doug e os caras do som e alguns da banda depois, mas nossa equipe já tinha percebido que o palco estava se comportando como um alto-falante grave, porque as distâncias entre as estruturas eram um pouco maiores que o habitual, o que deu ao palco uma leve “flexibilidade”; então nossos retornos, que ficam no palco, o faziam ressoar, causando um pesado efeito de graves. Isso obstruiu as passagens do vocal e conseqüentemente o som não foi como o esperado. A equipe me assegurou que eles poderiam tomar conta disso e não haveria necessidade de fazer uma passagem de som – e no dia seguinte eu descobri que eles estavam certos. Mas eu acho que fui o único que percebi isso, porque a recepção foi fantástica. A banda está ficando afiada neste terceiro show e o show em si está começando a ficar espetacular com as luzes de Rob ficando mais e mais artísticas a cada show, pois ele vai introduzindo pequenos toques clássicos aqui e ali, e há também os fogos, com várias explosões nos momentos certos.

Bruce e Nicko ficaram no local do show mais um pouco, e o resto deu uma corrida para tomar um banho e ir para o bar. Conversei um pouco com eles e então voltei com Barry Drinkwater. Passei no hotel e estava chovendo pra caramba (verão Australiano??!), e nós se perdemos ao tentar achar o bar (Irlandês, é claro) – Bridie O’Reillys. Estávamos encharcados, mas finalmente chegamos.

Eu não confiarei no senso de direção de Barry novamente, embora este também não seja um dos meus pontos fortes, pergunte aos meus filhos!!

O bar estava cheio de fãs e vários membros de bandas, e tinha uma ótima atmosfera. Os fãs não acreditavam que a banda tinha vindo um por um caminhando do hotel, sem nenhum segurança!! Eu acho que nunca, nenhuma outra banda desse nível faria aquilo e eu acho que somos loucos, mas os caras querem manter as coisas o mais “normal” possível, não é essa a palavra exata, mas você pode me entender. E de qualquer maneira há sempre muitos fãs ao nosso redor para nos dar mais proteção que poderíamos precisar. De qualquer maneira a equipe chegou logo depois de nós -- eles adoram quando há dois shows na mesma cidade, já que eles conseguem chegar ao bar bem cedo também!

Então outra noite longa, mas eu tomei umas cervejas, então consegui dormir!!

- Rod"


Tradução: Maísa
Revisão: Cristiane McBrain

Sobre Anônimo

Anônimo

0 comments:

Postar um comentário